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Procrastinação: O que os Estóicos Sabiam e Você Precisa Aprender

Você já se pegou querendo mudar sua vida, cheio de planos e sonhos, mas preso no mesmo lugar, como se algo invisível o segurasse? Procrastinação. Esse inimigo silencioso rouba nosso tempo, nossa energia, e nos deixa com a sensação amarga de que poderíamos ser mais, fazer mais, viver mais.


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Mas o que está por trás desse ciclo vicioso? Por que sabemos o que fazer, mas não conseguimos agir? Enquanto a maioria oferece soluções rápidas — técnicas, atalhos, aplicativos — poucos param para investigar a raiz do problema.

E se eu dissesse que um grupo de filósofos antigos, há mais de dois mil anos, já tinha respostas para essa luta? Os estóicos enxergavam a procrastinação como algo muito mais profundo do que preguiça: para eles, era um reflexo de nossas escolhas internas, nossos medos e a forma como lidamos com o tempo.

Vamos explorar como essa sabedoria pode não apenas ajudá-lo a vencer a procrastinação, mas transformar sua vida. Porque, no fundo, não se trata apenas de fazer mais, mas de viver melhor. Vamos juntos?


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Precisamos compreender a Raiz da Procrastinação Segundo o Estoicismo



Você já se perguntou por que, mesmo sabendo o que precisa ser feito, ainda escolhe o caminho mais fácil, adiando suas obrigações? Não se engane: a procrastinação não é só um problema de organização ou falta de motivação. É algo muito mais profundo, algo que os filósofos gregos já chamavam de akrasia, ou seja, a fraqueza de vontade.

Imagine um homem que precisa cuidar da família, pagar as contas e melhorar sua saúde. Ele sabe que deve economizar, fazer exercícios e dedicar tempo de qualidade aos filhos, mas, em vez disso, acaba gastando horas nas redes sociais ou adiando para "amanhã". Esse conflito interno não é preguiça, é um embate entre a razão — que sabe o que é certo — e o desejo imediato, que busca conforto e prazer.

Os estóicos, como Sêneca e Marco Aurélio, enxergavam isso de forma brutalmente honesta. Para eles, procrastinar era ceder ao que está fora do nosso controle: preguiça, medo ou distrações externas. Eles acreditavam que a raiz da procrastinação não está no mundo lá fora, mas dentro de nós, na forma como escolhemos agir diante das dificuldades.

Sêneca, em sua carta Sobre a Brevidade da Vida, afirmou: "Enquanto perdemos tempo hesitando e adiando, a vida corre." Para ele, cada momento gasto adiando o que importa é um pedaço da nossa vida que nunca mais voltará. E aqui está o ponto crucial: a procrastinação não é apenas inércia; é uma falha no nosso controle interno.

Pense em quantas vezes você adiou começar a economizar dinheiro, abrir aquele negócio ou melhorar sua saúde. O problema não era o "como", mas o "por quê". Para os estóicos, procrastinar é resultado de uma mente que não está disciplinada, que escolhe conforto em vez de virtude.

Agora, se você está se sentindo atacado, respire fundo. Os estóicos também não eram perfeitos. Eles sabiam que a natureza humana tende a evitar o desconforto. É por isso que nos ensinavam a fazer o que deve ser feito, mesmo que isso vá contra nossos instintos. Marco Aurélio dizia: "Ao amanhecer, quando tiver dificuldade para sair da cama, diga a si mesmo: ‘Eu devo trabalhar como um ser humano. Por que estou insatisfeito se vou fazer o que fui feito para fazer?’”

A diferença entre o estoico e o procrastinador comum não é a ausência de dificuldades, mas a resposta que cada um dá a elas. Enquanto o procrastinador se rende, o estoico escolhe agir.


Fique atento a Importância do Controle Interno.

Você precisa resolver um problema na prefeitura da sua cidade. Você reclamar, ficar irritado e se estressar, mas a única coisa que controla de verdade é o quanto pode ficar na fila e esperar. Esse exemplo simples reflete uma das lições mais poderosas do estoicismo: a distinção entre o que está sob nosso controle e o que não está.

Epicteto, um dos grandes mestres estóicos, resumiu isso de forma clara: “Algumas coisas estão sob nosso controle, enquanto outras não.” O que pensamos, sentimos e fazemos está em nossas mãos. Já o que os outros fazem, o estado da economia ou o clima, não está.

A procrastinação é o resultado de ignorar essa distinção. Quando adiamos uma tarefa, muitas vezes é porque estamos evitando um desconforto que julgamos maior do que nossa capacidade de enfrentá-lo. Por exemplo, você sabe que precisa cuidar da sua saúde. Sente o peso da barriga crescendo e o médico já deu o aviso sobre os riscos do sedentarismo. Mas, na hora de calçar o tênis e sair para a caminhada, escolhe o sofá, achando que o cansaço do dia ou a falta de tempo são justificativas.

O estoicismo nos chama a responsabilidade. Não é o sofá que nos faz procrastinar, mas a nossa decisão de evitar o desconforto. Para Epicteto, essa escolha é um desvio do nosso verdadeiro papel na vida: viver de acordo com a razão e fazer o que deve ser feito.

Agora, pergunte a si mesmo: o que realmente importa na sua vida? Se você procrastina no trabalho, por que está evitando dar o seu melhor? Medo de errar? Falta de paixão pelo que faz? Seja honesto, porque esse é o primeiro passo para alinhar suas ações ao que importa de verdade.

Pense em um exemplo simples: o homem que trabalha duro para sustentar sua família. Ele pode ter um chefe difícil, um salário apertado e um dia exaustivo. Ainda assim, levanta cedo e enfrenta a batalha porque sabe que está cumprindo o que ele acredita ser sua missão: prover e proteger os seus. Isso é controle interno. Ele não deixa que o desconforto ou as circunstâncias externas determinem suas ações.

Quando você procrastina, está permitindo que fatores externos — cansaço, medo, distrações — ditem como vive sua vida. Mas lembre-se: esses fatores são passageiros. A responsabilidade pelo que você faz ou deixa de fazer é sempre sua.

Sêneca dizia: “A vida é longa o suficiente, se você souber usá-la.” Usar a vida significa agir de acordo com seus valores e prioridades, enfrentando o desconforto pelo que vale a pena. Isso pode ser tão simples quanto começar a economizar para o futuro, passar mais tempo com os filhos ou, finalmente, iniciar aquele projeto que você sabe que fará diferença na sua vida.

Não se trata de ser perfeito, mas de ser consciente. Controle interno é sobre agir hoje, porque você sabe que o amanhã pode não vir. É sobre vencer a procrastinação, não para provar algo a alguém, mas para honrar quem você escolhe ser.

Enfrente a Inércia com Virtude.


Pense por um momento. Você chega em casa depois de um dia exaustivo de trabalho. O sofá e o celular chamam, mas no fundo, você sabe que há algo mais importante para fazer. Pode ser uma tarefa do trabalho, organizar suas finanças ou até algo simples como preparar uma refeição saudável para sua família. No entanto, a inércia — aquela vontade de ficar parado — parece mais forte do que você.

A boa notícia é que essa batalha não é só sua. É humana. Os estóicos entendiam que vencer essa inércia exige algo essencial: a virtude da coragem. Não é a coragem de enfrentar grandes perigos, como em um campo de batalha, mas a coragem do dia a dia, de fazer o que é certo mesmo quando é desconfortável.

Sêneca dizia: “A dificuldade fortalece a mente, assim como o trabalho duro fortalece o corpo.” Encarar tarefas desagradáveis é uma forma de treino. Cada vez que você supera a inércia, está moldando sua alma e fortalecendo seu caráter.

Considere um exemplo simples: acordar cedo para treinar. Para muitos homens, especialmente aqueles que trabalham longas horas e têm uma rotina apertada, o treino pode parecer mais um fardo. Mas a disciplina de levantar e fazer, mesmo quando o corpo pede mais sono, é um exercício de virtude. A disciplina, uma das principais virtudes estóicas, é a ferramenta que mantém você no caminho, mesmo quando as emoções ou as circunstâncias dizem o contrário.

Disciplina não é sobre perfeição, mas consistência. Pense em um agricultor. Ele não planta hoje esperando colher amanhã. Ele planta, cuida e confia no processo, sabendo que os resultados virão com o tempo. A mesma lógica se aplica à luta contra a procrastinação: cada ação, por menor que pareça, é um tijolo que constrói algo maior.

Muitos brasileiros enfrentam empregos que nem sempre trazem satisfação imediata. Ainda assim, honram suas responsabilidades, porque reconhecem que o trabalho não é só uma forma de sustento, mas também uma forma de contribuir para algo maior: a segurança e o futuro da família. Essa visão é estoica. Não se trata apenas do que você faz, mas de como você encara o que faz.

Os estóicos também acreditavam que a ação é essencial para a alma. Como disse Marco Aurélio: “Pare de se debater como se você tivesse mil anos para viver. A urgência está aqui e agora.” Procrastinar é adiar a própria vida. Agir é viver.

A coragem e a disciplina são virtudes porque nos fazem enfrentar o desconforto pelo que realmente importa. Cada vez que você age, mesmo contra a inércia, está fortalecendo a si mesmo e criando um exemplo. E isso tem um impacto que vai além de você. Pense nos seus filhos, amigos ou colegas. Cada vez que você escolhe a ação em vez da paralisia, você mostra que é possível superar, que o homem comum pode se tornar extraordinário pela força de suas escolhas.

O desconforto é passageiro, mas o valor da virtude é eterno. Coragem e disciplina não são luxos, mas necessidades para quem quer viver uma vida com propósito. E cada passo que você dá, cada tarefa que você enfrenta, é um treino que molda não apenas o que você faz, mas quem você é.

Para estoicismo a luneta do tempo é frágil e sagaz. 


Pense em como você passa o seu dia. Quantas vezes você já se pegou pensando: "Depois eu faço"? Pode ser o relatório que ficou para amanhã, a visita ao médico que você adia há meses ou até aquela conversa importante com um amigo ou familiar que continua sendo empurrada para "a hora certa". Mas qual é o preço disso?

Sêneca, em sua obra “Sobre a Brevidade da Vida”, nos dá um alerta contundente: “Não é que temos pouco tempo, mas que perdemos muito dele.” Essa frase é um golpe direto para quem vive procrastinando. O estoicismo nos ensina que o tempo é o bem mais valioso que temos, e cada segundo desperdiçado é um pedaço da vida que nunca voltará.

A procrastinação é uma traição ao presente. É como se estivéssemos vivendo na ilusão de que o amanhã está garantido, quando, na verdade, o único momento que realmente possuímos é o agora. Negligenciar o presente é negligenciar a própria vida.

Vamos trazer isso para o cotidiano. Muitos homens da classe média brasileira, ocupados com a rotina de trabalho e responsabilidades familiares, caem na armadilha de adiar pequenos projetos ou mudanças importantes, como cuidar da saúde, investir na carreira ou passar tempo de qualidade com os filhos. E o motivo geralmente é o mesmo: “Eu faço isso depois.” Mas o depois tem um custo. O que adiamos hoje vira peso acumulado amanhã.

Um homem que constantemente adia sua saúde. Ele sabe que precisa se alimentar melhor, que precisa se exercitar, mas sempre encontra desculpas: o cansaço, a falta de tempo ou o estresse do trabalho. Passam-se anos, e o que era procrastinação vira uma doença. E nesse momento ele percebe que o tempo que ele achava que tinha não está mais disponível.

Os estóicos veem a procrastinação como um desperdício de vida. E o viver, para eles, não era apenas respirar, mas estar consciente de como usamos nosso tempo. Cada escolha conta. Cada momento é uma oportunidade de agir com propósito e fazer valer a sua existência.

Aqui está a verdade dura e necessária: quando procrastinamos, não estamos apenas adiando tarefas; estamos adiando a nossa vida. A procrastinação é a falsa promessa de que teremos tempo de sobra para fazer tudo mais tarde. Mas o tempo é finito. Você já viu alguém no leito de morte se arrepender de ter agido rápido demais? Não. O arrependimento é sempre pelo que ficou por fazer.

O tempo perdido não pode ser recuperado. Ele é um recurso irreparável. Portanto, na próxima vez que sentir a tentação de procrastinar, pergunte a si mesmo: “Se eu não fizer isso agora, o que estou realmente adiando? Minha tarefa ou minha própria vida?”


Mas quais as Técnicas Estoicas para Superar a Procrastinação?

Superar a procrastinação exige mais do que apenas ferramentas modernas; requer uma mudança profunda na mentalidade. 

Uma dessas práticas é a visualização negativa, uma técnica simples, mas poderosa. Imagine o pior cenário caso continue adiando suas responsabilidades. Por exemplo, um homem que procrastina em cuidar das finanças pode se ver afundado em dívidas e estresse familiar. Essa reflexão não é para gerar pessimismo, mas para trazer clareza sobre as consequências da procrastinação. Como Epicteto aconselhava, devemos enfrentar a realidade: “Não busque que os eventos ocorram como você deseja, mas deseje que eles ocorram como devem acontecer, e sua vida será tranquila.”

Outra ferramenta prática é a diarização estóica, que consiste em planejar seu dia com intencionalidade. Para os estóicos, cada dia é uma nova chance de agir com virtude. Em vez de ser consumido por listas infinitas de tarefas, priorize o que realmente importa. Pergunte a si mesmo: “Essa tarefa reflete meus valores e objetivos?” Essa prática pode ser adaptada com um momento matinal de reflexão e um momento noturno para revisar o que foi realizado, como Marco Aurélio fazia: “Ao acordar, lembre-se de que o dia trará trabalho a ser feito. Ao deitar, pergunte: o que fiz que mereceu esse dia?”

Isso é importante, um grande aliado contra a procrastinação é a realização de uma agenda de tarefas no dia anterior. Deixar tudo anotado faz com que nosso cérebro sinta-se satisfeito com a realização de cada item da lista, e ainda evita sobrecarregar sua mente com mais coisas para decidir, economiza tempo. 

Escrever seu dia numa folha também ajuda que possa fazer uma avaliação do que fez ou deixou de fazer e permite um diálogo interno sobre o dia que se passou e os ajustes necessários. 

Ainda, adote este princípio para sua vida. Não preciso deixar para depois, vou começar agora. Marco Aurélio dizia: “Se é possível fazer algo, faça-o imediatamente.” Não há momento ideal; há apenas o agora. Comece pequeno, se necessário, mas comece. Se há algo que precisa ser feito, dar o primeiro passo é o ato mais poderoso que você pode tomar. Se procrastinar em ir à academia, experimente apenas colocar o tênis e sair de casa. É incrível como uma pequena ação gera o impulso necessário para continuar.

Hoje, as técnicas modernas de produtividade estão em alta. Métodos como a regra dos dois minutos — que sugere começar qualquer tarefa que levar menos de dois minutos — ou a ideia de reduzir expectativas para evitar a paralisia, são úteis. No entanto, essas soluções muitas vezes tratam o sintoma, e não a causa.

O estoicismo vai além. Ele não busca atalhos ou hacks rápidos. Em vez disso, oferece uma transformação interior. Enquanto as abordagens modernas sugerem estratégias externas, como lembretes e temporizadores, os estóicos trabalham diretamente na mente e na alma.

Por exemplo, imagine um homem procrastinando para iniciar um projeto importante no trabalho. A regra dos dois minutos pode ajudá-lo a começar, mas não resolve o medo subjacente de fracassar ou a falta de clareza sobre o propósito do projeto. O estoicismo o encoraja a olhar para dentro e perguntar: “Por que estou hesitando? Estou com medo de algo que não posso controlar? Estou adiando por preguiça ou falta de virtude?”

Essa diferença é crucial. As soluções modernas oferecem ferramentas úteis, mas temporárias. O estoicismo ensina a viver de maneira intencional e alinhada aos próprios valores, eliminando a procrastinação como efeito colateral de uma vida bem vivida.

Como Epicteto dizia, “Não espere por um momento específico para melhorar sua vida. A mudança começa dentro de você, e pode começar agora.”

Tudo está na sua forma de ver as coisas e saber diferenciá-las. A  filosofia estóica reflete a dureza da vida dos romanos do século III antes de Cristo. É uma rigidez de estrutura do pensamento que leva o homem a aceitar as adversidades e compreender os eventos a sua volta, direcionando o comportamento do homem para o que é natural e essencial à sobrevivência, despindo-se das coisas acessórias e inatas ao homem. Quando se precisa sobreviver, não há preguiça ou excitação, apenas o dever de agir. O homem moderno procrastina, porque tem sua sobrevivência confortável e praticamente garantida, e portanto, sucumbe sua mente ao prazer momentâneo e irracional. 

A procrastinação é mais do que um simples atraso nas tarefas. É um espelho que reflete nossas fraquezas internas, nossa dificuldade em lidar com o desconforto e, muitas vezes, uma desconexão entre nossas ações e nossos valores. Superá-la vai além de "ser produtivo" — trata-se de viver uma vida alinhada com virtudes como coragem, disciplina e compromisso com o presente.

Ao longo deste vídeo, exploramos como a procrastinação é, na verdade, um chamado para refletir sobre o que realmente importa. Ela nos convida a revisar nossos objetivos, repensar a maneira como gastamos nosso tempo e, acima de tudo, fortalecer nossa vontade. Como Marco Aurélio escreveu: “Não perca tempo discutindo como deveria ser um homem bom. Seja um.”

O estoicismo nos desafia a agir agora, não porque seja fácil, mas porque é necessário. Ao aplicar práticas como a visualização negativa, o planejamento diário e o princípio de começar agora, você pode transformar sua vida, um pequeno passo de cada vez.

Reflita sobre o que você pode fazer hoje para começar a viver com mais propósito. Qual é o primeiro passo que você pode dar agora mesmo para alinhar suas ações aos seus valores? Não adie mais. Comece.





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