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Por que estamos todos esgotados | Aviso de Byung-Chul Han ao mundo

Foto do escritor: JohnJohn

Imagine um mundo onde você pode ser qualquer coisa: um CEO, um influencer, um artista ou até mesmo um astronauta. Parece incrível, não é? Mas e se eu te disser que essa liberdade aparente está nos transformando em nossos próprios carcereiros? Bem-vindo à Sociedade do Cansaço.




Byung-Chul Han afirmou: "A sociedade do cansaço é uma sociedade de autoexploração. Somos ao mesmo tempo exploradores e explorados, perpetradores e vítimas. (...) A tirania da positividade nos obriga a sermos felizes, produtivos e bem-sucedidos o tempo todo. Mas essa pressão constante nos esgota e nos afasta da verdadeira felicidade."

Hoje, somos incentivados a nos tornar a melhor versão de nós mesmos. Basta trabalhar duro, seguir os conselhos de gurus como Gary Vee e esmagar o jogo. Mas o que acontece quando essa busca incessante por conquistas se transforma em uma armadilha? O filósofo Byung-Chul Han tem uma resposta perturbadora: estamos nos tornando nossos próprios tiranos, explorando-nos até o limite.

Han alerta que nossa sociedade capitalista está nos levando ao esgotamento coletivo, ao narcisismo e à hiperatenção. Em seu livro A Sociedade do Cansaço, ele explora como a pressão para sermos produtivos, felizes e bem-sucedidos o tempo todo está nos destruindo. A liberdade que tanto celebramos é, na verdade, uma prisão invisível.

Neste texto, vamos mergulhar no aviso urgente de Byung-Chul Han e explorar como a busca incessante por conquistas está nos esgotando, como a multitarefa e a hiperatenção estão fragmentando nossas mentes e como podemos resistir a essa tirania da positividade. No final, você terá ferramentas para encontrar equilíbrio em um mundo que parece nunca parar.

Mas antes de começarmos, se você gosta de conteúdos que transformam a maneira como vemos o mundo, não se esqueça de curtir este vídeo, se inscrever no canal e ativar o sininho para não perder as próximas reflexões. 

E se eu te dissesse que a liberdade que tanto buscamos pode ser a maior armadilha da nossa era? Vivemos em um mundo onde podemos ser o que quisermos: CEOs, influencers, empreendedores, artistas. Mas, enquanto corremos atrás desses sonhos, algo estranho acontece: nos tornamos nossos próprios tiranos. E o pior? Nem percebemos que estamos nos esgotando até que é tarde demais.

João, um jovem de 30 anos que decidiu seguir o sonho de ser seu próprio chefe. Ele largou o emprego estável, abriu uma startup e mergulhou de cabeça no mundo do 'hustle culture'. Trabalha 14 horas por dia, faz cursos de produtividade, medita, malha, posta nas redes sociais e, claro, nunca para. João acredita que está no controle, que está construindo o futuro dos seus sonhos. Mas, aos poucos, ele começa a perceber que algo está errado. A exaustão bate, a ansiedade cresce, e a sensação de que nunca é o suficiente o consome. João não está sozinho. Ele é o retrato de uma geração que trocou a obediência às regras externas pela autoexploração sem limites.

Byung-Chul Han, o filósofo que nos alerta sobre essa armadilha, chama isso de "sociedade do cansaço". Ele diz que, enquanto no passado éramos controlados por patrões, regras e punições, hoje somos nós que nos chicoteamos para sermos melhores, mais rápidos, mais produtivos. A motivação interna, que parece tão nobre, se transforma em uma prisão invisível. E o pior? Celebramos isso. Compartilhamos frases motivacionais, nos orgulhamos da nossa capacidade de multitarefa e nos comparamos incessantemente nas redes sociais. Mas, como Han nos lembra: "A hiperatenção fragmentada nos reduz a um comportamento animalesco, onde a sobrevivência substitui a contemplação."

Byung-Chul Han, afirma que: “A negatividade — o tédio, a espera, a reflexão — é essencial para recuperarmos nossa humanidade. Sem ela, nos perdemos no excesso de positividade. (...) A economia capitalista absolutiza a sobrevivência. Não está preocupada com a boa vida, mas com a maximização das funções vitais. A saúde tornou-se a nova deusa."

E você? Já se pegou preso nesse ciclo de autoexploração? Quantas vezes você se cobrou por não ser produtivo o suficiente, por não alcançar aquela meta impossível? Deixe nos comentários: o que você está disposto a abandonar para encontrar um pouco de paz?

A verdade é que não estamos mais vivendo; estamos apenas sobrevivendo. E o mais irônico é que fazemos isso voluntariamente. Ninguém está nos obrigando a trabalhar até tarde, a checar e-mails no fim de semana, a correr atrás de likes e seguidores. Nós mesmos criamos essa pressão. E, como Han nos lembra, "a depressão e o esgotamento são o preço que pagamos por essa liberdade ilusória".

Coisas que evitamos a todo custo, mas que são essenciais para recuperarmos nossa humanidade. "A negatividade é o antídoto para o excesso de positividade que nos consome", ele diz. Desligue o celular, respire fundo e permita-se não fazer nada por alguns minutos. 

Somos prisioneiros de nós mesmos. Na sociedade de realizações, não basta existir; você precisa alcançar. E, quando falhamos, a culpa é só nossa. Mas será que essa pressão constante para sermos melhores não está nos destruindo por dentro?

Estamos orgulhosos de nossa exagerada "produtividade", mas algo está errado. A exaustão física e mental se acumula, a ansiedade toma conta, e a sensação de que nunca somos bons o suficiente nos persegue. Pense nas fábricas do século XX, as pessoas trabalhavam bastante, entretanto, havia um horário em que o trabalho começava e se encerrava. O expediente era cumprido e seus avós estavam livres para retornar para a casa, ligar a televisão, conversar com a família, orientar os filhos sobre valores, os finais de semana era sagrado para os pais descansar, desligar-se do trabalho. Mas e hoje? Criticamos tanto os nossos pais, lutamos tanto por qualidade no trabalho, nos orgulhamos de sermos extremamente multitarefas, trocamos a obediência às regras externas pela autoexploração sem limites. Agora o trabalho invade nossa vida, ele está nos grupos do whatsapp da empresa, está nas ideias que pensamos para serem apresentadas na folga, está no nosso posicionamento nas redes sociais. Está no incessante estudo para subir na carreira. Estamos o tempo todo dedicados a obter sucesso. Somos chefes de nós mesmos, tiranos, impiedosos com o tempo dedicado à ser o melhor. 

Byung-Chul Han, diz que, enquanto no passado éramos controlados por patrões, regras e punições, hoje somos nós que nos chicoteamos para sermos melhores, mais rápidos, mais produtivos. A motivação interna, que parece tão nobre, se transforma em uma prisão invisível. E o pior? Celebramos isso. Compartilhamos frases motivacionais, nos orgulhamos da nossa capacidade de abraçar o mundo e nos comparamos incessantemente nas redes sociais. Mas, como Han nos lembra: "O sujeito exausto e depressivo da realização se desgasta em uma corrida desenfreada que corre contra si mesmo. Ele está cansado, exausto por si mesmo e em guerra consigo mesmo."

A verdade é que não estamos mais vivendo; estamos apenas sobrevivendo. E o mais irônico é que fazemos isso voluntariamente. Ninguém está nos obrigando a trabalhar até tarde, a checar e-mails no fim de semana, a correr atrás de likes e seguidores. Nós mesmos criamos essa pressão. E, como Han nos lembra, "a depressão e o esgotamento são o preço que pagamos por essa liberdade ilusória".

Você já se perguntou por que, em um mundo cheio de tecnologia e conexão, nos sentimos cada vez mais desconectados de nós mesmos? A resposta pode estar em uma palavra: hiperatenção. Estamos tão ocupados reagindo a estímulos que perdemos a capacidade de pensar profundamente. E o pior? Celebramos isso como se fosse um sinal de gratidão e merecimento. 

Acordamos, já checamos o celular: e-mails, mensagens, investimentos, rendimentos, avisos do trabalho, notícias. No trabalho, alternamos entre reuniões, relatórios e conversas no WhatsApp. À noite, assistimos uma série enquanto rolamos o Instagram e ficamos em alerta com as notificações dos grupos, entre eles o da própria empresa. Um amigo manda mensagem perguntando sobre algo que precisa fazer na empresa, e largamos nossa vida para resolver algo que poderia ser resolvido no outro dia sem problemas. 

Nos orgulhamos de sempre estarmos disponíveis, mas, no fundo, sentimos que nunca estamos realmente presentes em nada. Nossa atenção está sempre dividida, e mal conseguimos nos lembrar do que fizemos na semana passada. Não perebemos, mas estamos presos em um ciclo de hiperatenção, onde a sobrevivência substitui a contemplação.

Não estamos criando nada novo ou original; estamos apenas reproduzindo e acelerando o que já existe. E, como Han nos lembra, "A vita contemplativa é uma resistência ao excesso de estímulos. É um processo ativo de proteção de nossas mentes contra a tirania da positividade. (...) Nas redes sociais, a função dos 'amigos' é principalmente aumentar o narcisismo, concedendo atenção ao ego exibido como uma mercadoria.

A verdade é que a sociedade de realizações nos vendeu uma mentira. A liberdade de ser o que quisermos, de fazer o que quisermos, parece maravilhosa no papel. Mas, na prática, ela se transforma em uma prisão invisível. "a liberdade pela qual lutamos é ilusória. Não somos livres; somos prisioneiros de nossas próprias expectativas e da pressão para realizar.", assim alertou Han.

E se eu te dissesse que a chave para uma vida plena não está em fazer mais, mas em ser mais? Em um mundo que nos pressiona a ser produtivos, saudáveis e bem-sucedidos, perdemos de vista o que realmente importa: viver. Byung-Chul Han nos convida a repensar essa corrida desenfreada e a redescobrir a essência da vida.

Imagine que você sempre seguiu as regras da sociedade de realizações. Trabalha em uma grande empresa, faz exercícios regularmente, mantém uma dieta equilibrada e posta nas redes sociais sobre suas conquistas. Por fora, parece ter tudo sob controle. Por dentro, se sente vazio. Apesar de todas as suas conquistas, não consegue se lembrar da última vez que se sentiu verdadeiramente feliz. Você pode não está sozinho. Esse é o retrato de uma geração que trocou a "boa vida" por métricas de desempenho e funções vitais. Seu celular monitora seu bem-estar, seu relógio monitora seus batimentos, sono, passos, calorias, quantas vezes fez atividade física, seus aplicativos estão lotados de item que ajudam na produtividade, você já não consegue se concentrar na série, pois necessita rolar a tela do celular no instagram, há sempre algo mais urgente acontecendo no mundo lá fora, e você não pode perder nenhuma informação. É preciso saber o que o Trump disse, como está o conflito em Israel, que novo robô o japão lançou, qual a próxima revolução tecnológica, qual a memecoin do momento. É tanto coisa inútil que direciona nossa vida, que estamos presos dentro de nós mesmos, escravos de uma fila de coaches da felicidade, de formular, regras. 

É isso que chamamos de "sociedade do cansaço". Uma sociedade que no passado éramos controlados por patrões, regras e punições, mas que hoje somos nós que nos chicoteamos para sermos melhores, mais rápidos, mais produtivos. Porque você acha que grandes corporações criam espaços de conforto na empresa? Porque quem trabalha no google, por exemplo, dedica mais horas ao trabalho, do que quem trabalha em uma empresa tradicional? Porque voluntariamente, essas pessoas estão imersivas na cultura da empresa de metas e mais metas financeiras, e se a empresa é mais confortável do que sua casa, porque você precisa ir para casa? Se alguém estende voluntariamente suas horas na empresa, você não quer ficar para trás, logo compete para ver que se dedica mais.  A motivação interna, que parece tão nobre, se transforma em uma prisão invisível. E, como Han nos lembra, "a depressão e o esgotamento são o preço que pagamos por essa liberdade ilusória".

Tudo parece maravilhoso no papel, mas o impacto na saúde mental das pessoas é inegável. Queremos sermos alguém em uma semana, que demoraríamos uma vida para chegar a ser. 

Mas nem tudo está perdido. A reflexão sobre nossos hábitos e a filosofia são caminhos importantes para compreendermos o quão estamos afundando nessa lama toda. E o que estamos dispostos a pagar. 

Se você gostou dessa reflexão, compartilhe com alguém que precisa ouvir isso. Porque, no fim das contas, a verdadeira liberdade não está em fazer mais, mas em ser mais.


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