Você já se perguntou o que realmente significa ser um homem? Não apenas de acordo com a cultura popular, mas segundo a perspectiva mais profunda, ou seja, segundo os ensinamentos mais antigos do mundo? Richard D. Phillips, em seu livro aclamado, revela um chamado profundo para todos nós, homens, sobre o que significa viver com propósito e integridade.
Neste vídeo especial, vamos descobrir os segredos da verdadeira masculinidade. Vamos mergulhar na ideia de que ser um homem não é apenas sobre força física ou sucesso material, mas sobre liderar com coragem, proteger com dedicação e servir com amor.
No Dia dos Pais, celebramos aqueles que moldam nossas vidas e nos mostram o que significa viver com propósito. Junte-se a nós enquanto exploramos como aplicar os princípios de Phillips em nossa vida diária, e como isso pode transformar não apenas nossa relação com nossos filhos, mas também a nossa própria jornada como homens. Porque ser um homem verdadeiro não é apenas uma questão de genes, mas de escolhas e valores.
Segundo Richard, vivemos dias de muita confusão sobre o que significa ser homem. A perda de referencial de uma verdadeira masculinidade deixou toda uma sociedade perdida. A confusão, por incrível que pareça, criou uma oportunidade para o ressurgimento da verdade sobre o que é ser homem, por isso, o autor buscou construir um sólido fundamento bíblico da masculinidade projetada pelas antigas escrituras da humanidade, e que pode ser aplicado por todos independente de sua religião, pois o conceito e a sabedoria é universal.
Confrontando a confusão generalizada em nossa cultura, Rick Phillips expõe o mandato bíblico para o homem trabalhar e cuidar do mundo ao redor.
Podemos perceber que segundo a bíblia, Deus começa a pintar sua imagem de masculinidade em Gênesis 1, passagem em que lemos sobre a criação do homem à imagem de Deus. Ele continua a trabalhar em seu retrato em Gênesis 2, que nos diz que Deus plantou um jardim no Éden e colocou o homem ali para cultivá-lo e guardá-lo.
De fato, a necessidade e o valor do trabalho são presumidos em toda a Bíblia, é um dever religioso e moral segundo ela. O homem nasceu para se redimir através do trabalho.
Eclesiastes disse: “Eis o que eu vi: boa e bela coisa é comer e beber e gozar cada um do bem de todo o seu trabalho, com que se afadigou debaixo do sol, durante os poucos dias da vida que Deus lhe deu; porque esta é a sua porção”.
No Novo Testamento, Paulo nos exorta: “se alguém não quer trabalhar, também não coma” (2Ts 3.10). Além disso, trabalharemos na nova terra.
Mas essa imagem vai além do trabalho. Quando Deus colocou Adão no jardim para trabalhar, deu-lhe Eva como auxiliadora idônea. Então, o homem foi feito para trabalhar e, de maneira geral, para se casar, pois a feminilidade completa o homem, a família dá-lhe um propósito em direção a Deus.
Portanto, o homem trabalhador humilde, aquele que labuta fielmente em seu ofício, nutrindo e pastoreando sua esposa, bem como buscando criar seus filhos na disciplina e instrução do Senhor, conforma-se à figura divina de um homem de verdade.
Um ideal, que segundo a autor, podemos estar perdendo, ou seja, estamos nos afastando de uma masculinidade cristã forte, bíblica e confiante. Estamos nos acostumando com o discurso unitarista de que nós devemos entrar em contato com nosso “lado feminino”, e outro ainda mais perigoso, de que ser homem é estar sozinho, em separado da compreensão sobre a importância da mulher na construção de um família, no individualismo de se deixar envolver por prazeres e vícios materialistas.
Esse tipo de tolice cultural resultou em muitos homens compreendendo mal o que significa ser um homem piedoso, um marido amoroso, um bom pai e um amigo fiel.
Todas as perguntas sobre as intenções de Deus para homens e mulheres têm suas respostas em Gênesis 2.
Nunca entenderemos o que significa ser homem — solteiro ou casado — sem estudar este capítulo de importância vital. Gênesis 2 nos diz quatro coisas essenciais sobre o homem: quem ele é; onde está; o que é; e como deve cumprir sua vocação.
Quem somos? Criaturas espirituais. Deus formou o homem de maneira especial: Deus criou o homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente. Observe que Adão e Eva, foram as únicas criaturas que ele fez com esse cuidado manual.
Portanto, Deus teria formado o homem do pó, moldando-nos com cuidado paternal.
Segundo, Deus soprou no homem seu próprio sopro — o sopro da vida eterna.
Deus fez o homem para ser diferente. Não somos apenas mais um tipo de criatura entre muitas. Homens e mulheres são criaturas espirituais.
Onde Deus nos colocou? Aliança versus a falácia de Coração Selvagem. O próximo versículo, Gênesis 2.8, nos dá informações importantes que são facilmente ignoradas.
Deus plantou um jardim no Éden, na direção do Oriente, e pôs nele o homem que havia formado. O jardim do Éden é descrito na Bíblia como um pequeno canto do mundo originalmente criado que Deus tornou rico e belo. Adão foi colocado no jardim, juntamente com Eva, com o seguinte mandamento: “Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra”.
O jardim é o lugar no qual Deus se relaciona de maneira pactual com sua criatura humana, e onde Deus leva o homem a relacionamentos e obrigações pactuais.
Adão deveria inserir-se na obra de criação de Deus, a começar pelo jardim, que ele deveria cultivar e trabalhar, a fim de que a glória de Deus crescesse e se espalhasse, e para que o conhecimento de Deus se estendesse por todo o cosmos.
Deus colocou o homem no jardim, no mundo dos relacionamentos e deveres pactuais, e era ali que ele deveria receber e praticar sua identidade dada por Deus.
Adão foi colocado no jardim para ser seu senhor e servo. Adão deveria glorificar a Deus ao se dedicar a frutificar em nome de Deus, começando no jardim e estendendo-se por toda a criação. Ele deveria ser o senhor e o guardião do reino criado por Deus.
Como obedecemos a Deus?
Cultivar e guardar. É a base da masculinidade saudável. Homens covardes agridem, destrói, oprimem os mais fracos, são inconvenientes à sociedade. Enquanto homens fortes, cumprem seu dever sem reclamar e faz do mundo um lugar melhor. É em Genesis que temos a definição da masculinidade, dois verbos fundamentais que se desdobram em uma série de valores. Cultivar e guardar.
Cultivar é trabalhar para fazer com que as coisas cresçam. Significa nutrir, cultivar, cuidar, construir, orientar e governar.
Guardar é proteger e sustentar o progresso já alcançado, vai além, como defender, proteger, vigiar, cuidar e manter.
A dádiva de Deus para os homens é aprender a servir através do trabalho e exercer a liderança,
A masculinidade moderna e pós-moderna apresenta problemas sérios e isso reflete na convivência da sociedade: homens se comportando como meninos para sempre, servindo a si mesmos em nome da autodescoberta. (Podemos imaginar alguém como Ronald Reagan ou Winston Churchill falando sobre sair em uma busca por seu eu masculino? Eles estavam ocupados demais mudando o mundo, agindo e liderando.)
Este é o Mandato Masculino: que sejamos homens espirituais colocados em relacionamentos definidos por Deus no mundo real, como senhores e servos sob Deus, para dar o fruto de Deus ao servir e liderar.
A visão de masculinidade do capitão Brittles pode ser resumida em três palavras: “Nunca se desculpe”! Isso é parte do que prega o cinema norteamericano e que consumimos, como resultado, os primeiros vinte e poucos anos dos jovens de hoje se moldam um pouco mais arrogantes do que precisavam ser.
"Nunca se desculpe" pode parecer uma ótima fala na teoria, mas, na prática, pode aliar-se à natureza pecaminosa de um homem para torná-lo autoritário e arrogante.
Observe que isso não se ajusta aos dois mandamentos da bíblia para o homem: “cultivar” e “guardar”. Juntas, essas duas palavras servem como um resumo do mandato da Bíblia para o comportamento masculino.
O que exatamente essas duas palavras significam?
“Cultivar”. Essa é uma palavra extremamente comum no Antigo Testamento, e pode aparecer como um verbo ou um substantivo. Como verbo, geralmente significa “trabalhar”, “servir”, “cultivar” ou “realizar atos de adoração”. Como substantivo, costuma indicar “servo”, “oficial” ou “adorador”. Seu trabalho torna os seres vivos mais fortes, belos e exuberantes. Enquanto trabalha, ele é capaz de contemplar e ver que realizou coisas boas.
Os homens devem ser plantadores, construtores e cultivadores.
Devemos investir nosso tempo, nossas energias, nossas ideias e nossas paixões em trazer coisas boas à existência. Um homem fiel, portanto, é aquele que se dedica a cultivar, construir e criar.
Os dedos de um homem devem estar acostumados a trabalhar no solo do coração humano — o coração daqueles a quem ele serve e ama — para que ele consiga realizar parte do trabalho mais valioso e importante desta vida.
Fomos ensinados que as mulheres são as principais nutridoras, enquanto os homens devem ser “fortes e silenciosos”. Mas a Bíblia chama os homens a serem cultivadores.
Um marido é chamado a nutrir sua esposa emocional e espiritualmente. Esse não é um ato secundário de seu chamado como marido, mas é fundamental e central para seu chamado masculino no casamento. Da mesma forma, um pai é chamado a ter o propósito de lavrar e nutrir o coração de seus filhos.
O Verbo Guardar significa: proteger como um cavaleiro. A outra metade do Mandato Masculino é encontrada na palavra guardar. Aqui, o significado básico é “proteger” ou “defender”. Isso está contido em outra palavra hebraica comum, shamar, traduzida por termos como “vigiar”, “guardar”, “proteger”, “tomar sob custódia”.
Com frequência, o Senhor afirma que guarda e protege aqueles que confiam nele. De fato, shamar é a ideia por trás da poderosa imagem bíblica do Senhor como uma torre ou uma grande fortaleza.
Assim, devemos vigiar e guardar tudo que o Senhor colocou sob nossos cuidados.
Um homem não deve apenas empunhar o arado, mas também carregar a espada. Como senhor abaixo de Deus no jardim, Adão não deveria apenas torná-lo frutífero, mas também mantê-lo seguro.
Nosso mandato básico como homens cristãos é cultivar, construir e desenvolver (tanto coisas como pessoas), mas também servir de guarda, para que as pessoas e as coisas fiquem em segurança — para que o fruto do cultivo e da nutrição seja preservado. Ser homem é pôr-se de pé e ser contado quando há perigo ou algum mal. Deus não deseja que os homens fiquem parados e deixem que danos ocorram, ou que a iniquidade avance. Pelo contrário, somos chamados a manter os outros seguros em todas as relações pactuais em que entramos.
Na sociedade, devemos assumir nosso lugar como homens que se levantam contra o mal e defendem a nação da ameaça do perigo.
A vocação sagrada do homem para o trabalho é um mandamento. Em várias passagens vemos recriminações em relação a homens folgados e preguiçosos. Ninguém respeita um homem que não trabalha. É simples assim. Tudo bem se um homem for burro, feio ou até um pouco desagradável, desde que trabalhe duro. Mas nada é pior que um cara que não trabalha. Considere o desprezo a que o apóstolo Paulo relega um homem preguiçoso: “se alguém não quer trabalhar, também não coma”. O cristianismo não diz: “Bem, se ele não trabalhar, nós apenas lhe daremos o que ele precisa”. Não! Paulo diz: “Deixe-o passar fome até ele começar a trabalhar”.
Os homens são feitos por Deus para trabalhar. Os homens têm o dever de trabalhar. Os homens gostam de trabalhar e se sentem muito bem quando trabalham duro.
Não estou tentando romantizar o trabalho. Quando o homem comeu a fruta proibida, ele tomou uma decisão, e como consequência foi condenado a passar a vida buscando se aproximar de Deus através do cumprimento dos dois deveres principais lhe atribuídos, cultivar e guardar, só que ao sair do Éden o homem passou a fazer isso através do trabalho duro, é um dever moral, uma forma de redenção ao pecado original.
Às vezes muitos homens toleram, não gostam ou até mesmo detestam seus empregos.
A maior parte dos caras que coletam lixo no meu bairro quase sempre parecem gostar de seu trabalho.
Nas minhas limitadas interações com esses homens, eles se mostram agradáveis e atentamente concentrados em seu trabalho. Eles podem não estar em uma posição a que muitos de nós aspirariam, pode não ser uma tarefa particularmente agradável, e não imagino que muitos queiram fazer isso durante toda a sua carreira, mas é um trabalho honesto e honrado, e tudo indica que eles o consideram satisfatório, chegar em casa e poder estar com sua família, prover através de seu esforço, edificar seu lar. Para mim, isso fala muito sobre o valor intrínseco do trabalho.
Deus quer que invistamos uma paixão significativa em nosso trabalho e encontremos significado verdadeiro nele.
Bruce Waltke diz com razão: “O trabalho é um dom de Deus, não um castigo pelo pecado. Mesmo antes da queda, a humanidade tinha tarefas a cumprir”.
Depois da queda de Adão, devido à maldição de Deus sobre a terra por causa do pecado humano, tornou-se necessário que o homem não apenas trabalhasse, mas que também trabalhasse duro, assim diz as escrituras: "Maldita é a terra por tua causa; em fadigas obterás dela o sustento durante os dias de tua vida. Ela produzirá também cardos e abrolhos, e tu comerás a erva do campo. No suor do rosto comerás o teu pão, até que tornes à terra, pois dela foste formado; porque tu és pó e ao pó tornarás".
A diligência no trabalho é uma característica essencial que os homens devem cultivar: "O que trabalha com mão remissa empobrece, mas a mão dos diligentes vem a enriquecer-se"; "O preguiçoso não assará a sua caça, mas o bem precioso do homem é ser ele diligente".
Os homens têm a obrigação de se esforçar e dar tudo de si no local de trabalho e para a sua família.
De todos os homens, os cristãos devem ser especialmente trabalhadores, dando mais do que um dia de trabalho honesto por um dia de salário.
Mesmo em nosso lazer, vemos que os homens são feitos para o trabalho, eu particularmente sinto um prazer enorme em passar horas consertando coisas, meu lema pessoal, e que irrita a minha esposa, é “se um homem conserta ou faz, eu também posso fazer”. Meus programa favoritos envolvem construção de coisas. O trabalho é gratificante, deixa o homem confiante sobre si mesmo.
As pessoas mundanas medem o valor de um emprego pelo dinheiro que paga ou pelo prestígio que oferece. Certamente, os cristãos pensam de outra maneira. Nossas preocupações devem ser:
- Este trabalho glorifica a Deus?
- Beneficia meu próximo?
- Eu me considero chamado para este trabalho, ou pelo menos consigo fazê-lo bem e encontrar prazer nele?
- Ele provê as necessidades materiais?
- Ele me permite levar uma vida equilibrada e piedosa?
As exigências do meu trabalho me levam a comprometer padrões verdadeiramente bíblicos de comportamento?
Portanto, devemos perguntar: “Meu trabalho honra a Deus com integridade e decência?”.
Os cristãos também devem buscar ganhar a vida fazendo algo que beneficie outras pessoas.
Como Jesus disse de maneira direta: “Não podeis servir a Deus e às riquezas".
Deus nunca espera que fiquemos por longos períodos tão consumidos pelo trabalho que sejamos obrigados a negligenciar a família, os amigos, a vida na igreja ou o tempo diário com Deus.
Seja como estudante, seja como funcionário, não honramos o Senhor quando negligenciamos as obrigações de trabalho que aceitamos e que os outros creem que honraremos.
Os cristãos que trabalham para o Senhor lembram que Deus se importa com o modo como tratamos as outras pessoas. Porque nos lembramos disso, tornamos nosso próprio prazer glorificá-lo através da sinceridade, da integridade, da gentileza e do amor. Jesus nos lembra que, quando estivermos diante dele, a grande questão de nossas vidas não será as realizações que alcançamos, as honras que conquistamos ou as riquezas que acumulamos, mas a humildade com que glorificamos a Deus e servimos ao próximo dia após dia.
Se Deus se agrada com nosso trabalho, mesmo que o mundo todo se oponha a nós, podemos ficar satisfeitos. Por outro lado, se o mundo está aplaudindo e nos cercando de recompensas, mas Deus está descontente, então temos razão para reconsiderar nossas escolhas.
O homem como a imagem de Deus.
O Senhor ordenou ao homem que não fizesse uma imagem de Deus, mas que fosse a imagem de Deus.
O que significa para o homem carregar a imagem de Deus?
Como portadores da imagem de Deus, homens e mulheres devem governar a Terra com a finalidade de torná-la frutífera. Como Jesus nos ensinou, devemos orar: “venha o teu reino; faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu” (Mateus, 6, 10). E, até certo ponto, devemos ser agentes da vontade celestial de Deus — de seu domínio — na terra. Nesse sentido, podemos dizer que o homem representa Deus ao exercer sua autoridade sobre todas as coisas vivas. O homem foi feito regente de Deus sobre a criação. Fomos projetados para carregar a imagem de Deus no mundo, implementando a sua vontade.
A exortação de Paulo para que os cristãos abandonem seus pecados: “ira, indignação, maldade, maledicência, linguagem obscena do vosso falar” .
Ele acrescenta: “Não mintais uns aos outros, uma vez que vos despistes do velho homem com os seus feitos”. Em suma, a maneira mais genuína de levarmos a imagem de Deus é pela justiça prática que nos capacita a uma semelhança cada vez maior com Deus em nossas atitudes e conduta.
Um homem cristão deve conhecer e glorificar a Deus em uma vida que é organizada em torno de seu trabalho, de si mesmo e de seus relacionamentos.
Deus fez o homem à sua própria imagem. Deus colocou o homem no jardim, no mundo dos relacionamentos pactuais de Deus. Deus colocou-o no jardim para que ele pudesse trabalhar e ser frutífero. Com esse propósito, Deus deu ao homem o mandato de cultivar e guardar — trabalhar e proteger.
O objetivo final — o fim principal do homem — é que ele possa exibir a glória de Deus no mundo.
Há, portanto, uma necessidade urgente e vital em nosso mundo atual de homens que sejam líderes no verdadeiro sentido da palavra.
“Aquele que domina com justiça sobre os homens, que domina no temor de Deus, é como a luz da manhã, quando sai o sol, como manhã sem nuvens, cujo esplendor, depois da chuva, faz brotar da terra a erva.”
O verdadeiro líder-pastor desempenha seu papel de um modo que evoca sentimentos de segurança entre aqueles que são liderados. Um pastor assim mora entre as ovelhas, identificando-se com elas em seu coração e compartilhando suas dificuldades, riscos e perigos. Talvez o mais importante seja a maneira radical como o pastor olha para suas ovelhas. Hoje, estamos acostumados com líderes que usam seus seguidores, buscando apenas os ganhos pessoais ou organizacionais do rebanho.
Certamente, as ovelhas precisam ser motivadas a continuar em movimento e, algumas vezes, devem ser punidas, para que fiquem longe de problemas. Mas as próprias ovelhas é que ocupam os pensamentos do pastor quando ele está caindo de sono à noite, e é por elas que seus olhos procuram quando a primeira luz sinaliza um novo dia. O pastor é o servo das ovelhas; assim, o crescimento e a nutrição delas é o que define a agenda de seu sucesso.
Nosso objetivo deve ser não apenas conquistar sucesso para nós mesmos, mas também deixar uma marca abençoada na vida daqueles que estão sob nossos cuidados.
Os líderes cristãos devem, igualmente, aprender a medir o sucesso pela segurança e a inspiração daqueles que os seguem, pelo crescimento de sua confiança e habilidade, e pelas conquistas de outras pessoas, e não pelas suas próprias.
A liderança eficiente sempre requer que o líder se dedique a adquirir a competência necessária para guiar seu rebanho em particular.
O sábio disse: “Não havendo profecia, o povo se corrompe; mas o que guarda a lei, esse é feliz.”
Em vez de seguir o estereótipo de masculinidade fria e machista, os homens cristãos devem buscar crescer na habilidade de abençoar, de forma genuína, os outros.
Proporcionar um verdadeiro senso de pertencimento é um dos presentes mais atenciosos que qualquer líder pode dar a um seguidor.
O projeto maravilhoso de Deus para o casamento.
Em Gênesis 1, tudo era “bom” ou “muito bom”. De repente, porém, vemos que Deus percebeu algo que não era tão bom quanto deveria ser.
E olhando para o homem que carregava sua imagem, declarou: “Não é bom que o homem esteja só” . Vimos que Deus corrigiu seu próprio trabalho e percebeu a necessidade de o homem ter uma parceira.
Deus pretende que o homem tenha uma parceira que carregue a imagem de Deus junto com o homem e que, com o homem, possa olhar para Deus e viver para ele.
De fato, a esposa é a melhor companheira possível para um homem.
Da mesma forma, uma esposa é criada, de forma clara e especial, para ser parceira para o homem.
Adão precisava de uma “auxiliadora idônea” porque isso coloca a ênfase primária no mandato compartilhado de cultivar e guardar a criação de Deus sob a liderança do homem. Uma esposa é chamada para ajudar o marido nessa tarefa grande e gloriosa de diversas maneiras — ao desfrutar a companhia e a satisfação no relacionamento como sua companheira; ao desfrutar o prazer sexual; tendo filhos como sua parceira, e assim por diante. Mas tudo isso vem sob o título de “auxiliadora”, que diz respeito, essencialmente, ao cultivo e à guarda da criação de Deus.
Por isso, o homem somente estará completo, quando unir-se a uma esposa para que ela o ajude a edificar o seu lar e a dar propósito maior do que o seu próprio ego, algo mais grandioso, é aí os dois verbos que chama o homem a agir - Cultivar e Guardar.
Em Gênesis 2, um homem se completa com uma mulher, e não apenas com qualquer mulher, mas com uma esposa.
Um dos maiores problemas da igreja hoje é o fracasso dos jovens adultos em valorizar e buscar o casamento.
Em uma cultura masculina que teme o casamento, homens de seus vinte ou trinta anos caem em pecado sexual e cultivam comportamentos antissociais que perpetuam a imaturidade emocional e social.
Nossa sociedade diz aos jovens adultos que abdiquem da providência de Deus para suas necessidades físicas, emocionais e sexuais, apenas com vistas a permanecer tão imaturos e egoístas quanto possível, pelo tempo que for possível.
Deus fez a mulher não apenas para ser auxiliadora do homem, mas também para ser “idônea” para ele, uma ajudante adequada ao seu papel.
A raiz dessa palavra significa “na frente de” ou “diante de”. A ideia é que a mulher corresponda ao homem, não como o reflexo de um espelho, mas como uma peça de quebra-cabeça que se encaixa.
As palavras “fez” ou “transformou” indicam uma habilidade artesanal especial, que vemos na beleza que as mulheres trazem para a vida dos homens.
Porque Deus fez a mulher a partir do homem e depois a formou para ser diferente, ela é precisamente ajustada como uma ajudadora para o homem, para aumentar o bom senso, os sentidos de cuidar e cultivar, dar-lhe propósito — e de uma maneira linda.
João Calvino escreve: “a mulher é dada como companheira e consorte ao homem, para ajudá-lo a viver bem”. Assim, ele conclui: “o casamento realmente dará aos homens o melhor suporte da vida”.
As mulheres são equivalentes aos homens, e não suas posses ou escravas. E, ainda assim, também são diferentes. Por isso, os homens consideram as mulheres tão atraentes, mas também misteriosas.
Deus quer que nós, homens, aprendamos a dar, servir e amar da mesma maneira como ele dá, serve e ama.
Deus deseja que tenhamos o quarto tipo de amor, ágape, que é o amor doador que Deus tem por nós. Quando Paulo diz: “maridos, amai vossa mulher”.
Quando um cristão disser “Eu te amo” à sua esposa, ele não estará meramente indicando “Me dê algo”, mas também estará dizendo “Eu dou algo a você”.
Simplificando, não é fácil para o homem amar sua esposa, e Deus não pretende que seja fácil. Se fosse fácil, não seria valioso.
Deus não ordena que homens e mulheres sejam idênticos ou se entendam perfeitamente.
Mas essa união nos muda. Isso nos obriga a desistir de algumas coisas, a viver de uma forma diferente de como vivíamos. Exatamente! Deus não fez o homem para viver para si mesmo.
Assim como o fim principal da vida de um homem é, o fim principal do casamento é que um homem e uma mulher vivam juntos através de suas vidas e, mais especificamente, através de seu amor piedoso um pelo outro.
Quando Deus questionou Adão por seu comportamento, nosso primeiro pai respondeu: “porque estava nu, tive medo, e me escondi”. “Quem te fez saber que estavas nu?”, retrucou Deus. “Comeste da árvore de que te ordenei que não comesses?”. Aqui, vemos os efeitos violentos do pecado, separando o homem não só de Deus, mas também da mulher: “Então, disse o homem: A mulher que me deste por esposa, ela me deu da árvore, e eu comi” . Assim, Adão tornou-se o primeiro de uma longa linhagem de homens que fogem da culpa.
Ele “atirou Eva para as cobras”, traindo-a em um esforço para salvar a própria pele.
A defesa de Eva era apenas um pouco menos vil, sem aceitar nenhuma responsabilidade por seu pecado e culpando a serpente.
Como Adão, hoje os homens acham mais fácil criticar e acusar suas esposas do que confessar seu pecado.
A Deus disse: “Visto que atendeste a voz de tua mulher e comeste da árvore que eu te ordenara não comesses, maldita é a terra por tua causa; em fadigas obterás dela o sustento durante os dias de tua vida. Ela produzirá também cardos e abrolhos, e tu comerás a erva do campo. No suor do rosto comerás o teu pão, até que tornes à terra, pois dela foste formado; porque tu és pó e ao pó tornarás”.
Uma das consequências do pecado original, refletiu no relacionamento conjugal com um desejo nocivo de controle por parte da mulher e um foco egoísta para fora do relacionamento por parte do homem.
Assim, o desafio entre os casais passa a ser equilibrar o seu próprio ego e assumir as suas responsabilidades com a família e um com o outro, ou seja, o homem retorna a Deus quando traz para si a responsabilidade e o agir dos verbos que guiam a masculinidade, quando cultiva e guarda, esse é o objetivo e o guia.
Ao abraçarmos esses valores, nos alinhamos com o chamado divino para cultivar e guardar, refletindo a imagem de Deus em tudo o que fazemos. Que possamos, assim, construir lares sólidos, criar filhos justos e servir à nossa comunidade com amor e coragem.
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