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EXISTENCIALISMO x ETERNO RETORNO | SARTRE x NIETZSCHE | entender ISSO vai MUDAR sua formar de pensar

Foto do escritor: Método & ValorMétodo & Valor

Atualizado: 17 de nov. de 2023

Você já parou para pensar em como se sentiria vivendo sua vida de novo e de novo e de novo?

Você já se perguntou se a vida que está levando é uma vida boa ou ruim?

Você seria capaz de vivê-la de novo exatamente como foi?

Mais do que isso.

Você já parou para pensar o que determina as suas decisões?

A liberdade para você é uma benção ou uma maldição?

Pois então. Neste texto vamos fazer um paralelo entre a ideia de eterno retorno de Friedrich Nietzsche e o existencialismo de Jean Paul Sartre.

O que podemos extrair dessas duas ideias?

Elas se contrapõem ou se completam? Como esses dois conceitos influenciam nossa forma de viver?



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Se este assunto é novo para você, podemos dizer que Nietzsche formalizou a ideia do “eterno retorno”, ao mencioná-la pela primeira vez na penúltima seção do Livro IV da Gaia Ciência, aforismo 341, intitulado “o maior dos pesos”.

Ele pensou em um aforismo sobre a vida em que em sua ideia seria uma reflexão para aqueles que possuem uma vida pautada na compreensão da razão, àqueles que enxergam uma verdade alegre para viver a vida ao máximo. Nesta ideia ele pensou no seguinte problema:

“E se um dia, ou uma noite, um demônio lhe aparecesse furtivamente em sua mais desolada solidão e dissesse: “Esta vida, como você a está vivendo e já viveu, você terá de viver mais uma vez e por incontáveis vezes; e nada haverá de novo nela, mas cada dor e cada prazer e cada suspiro e pensamento, e tudo o que é inefavelmente grande e pequeno em sua vida, terão de lhe suceder novamente, tudo na mesma sequência e ordem, e, assim também essa aranha e esse luar entre as árvores, e também esse instante e eu mesmo. A perene ampulheta do existir será sempre virada novamente. E você com ela.
Você não se prostraria e rangeria os dentes e amaldiçoaria o demônio que assim falou? Ou você já experimentou um instante imenso, no qual lhe responderia: “Você é um deus e jamais ouvi coisa tão divina.” “Você quer isso mais uma vez e por incontáveis vezes?”
Pesaria sobre os seus atos como o maior dos pesos? Ou o quanto você teria de estar bem consigo mesmo e com a vida, para não desejar nada além dessa última eterna confirmação, de que viveu de forma tão plena que viveria tudo novamente.

Observe, que Nietzsche não quis afirmar que exista um universo, um plano superior, em que você ficará vivendo tudo novamente, nos mínimos detalhes. Pelo contrário, o filósofo trouxe um parâmetro para você saber se está no caminho certo de sua existência, se você está vivendo da forma a aproveitar sua vida na terra e não se punindo na esperança de um perdão noutra vida.

Mas o que isso tem a ver com o existencialismo de Sartre?

Sartre foi um filósofo francês considerado um dos expoentes do existencialismo, no século XX.

A sua ideia central parte do pressuposto de que "a existência precede a essência". Ou seja, segundo o filósofo francês, isso significa dizer que o sujeito não é concebido por uma série de predeterminações que constituem seu ser. Ao contrário, o sujeito só existe a partir do momento em que ele adquire a consciência de existência neste mundo. Antes de existir e depois de sua morte, o homem não é nada.

Essa linha de raciocínio recusa uma concepção de ordem divina e uma essência primordial, colocando no sujeito toda a responsabilidade por suas ações e sua vida.

Para Sartre, “o homem é condenado a ser livre […] Condenado porque não se criou a si próprio; no entanto, livre, porque uma vez lançado ao mundo, é responsável por tudo quanto fizer.” Para o filósofo, a liberdade é o grande tema da existência. Essa liberdade, no entanto, não está isenta de responsabilidade, pois o homem é responsável por seus atos e escolhas.

A experiência da liberdade também provoca a angústia, a medida que nós somos responsáveis por nossas escolhas e pelo destino que isso gera em nossa vida. Não temos uma escora moral para culpar e responsabilizar nossos erros.

Outra ideia que Sartre explora é da má-fé, que sugere que os homens que se privam de assumir a responsabilidade pela sua existência estão, na realidade, agindo de maneira desonesta, pois estão negando a própria liberdade.

Vimos isso claramente na frase "o inferno são os outros", que exibe a concepção de que, mesmo sendo livres para determinar nossas vidas, nos esbarramos com as escolhas e projetos de outras pessoas. E desse conflito temos que harmonizar essa dualidade de interesses para o conviver bem em sociedade.

Se você ficou até agora, vamos responder nosso ponto de vista sobre as ideias destes dois autores e como elas são importantes para nossa forma de viver. Deixe nos comentários a sua opinião sobre o eterno retorno e o existencialismo, queremos saber.

Como você percebeu a ideia de Nietzsche sobre a vida é focada na existência na terra, contrariando ideias dogmáticas sobre a moral e a religião. Nietzsche foi um grande crítico de pensamentos que condicionam as pessoas a uma visão turva e obcecada por uma ideologia, impedindo-as de viverem uma vida feliz, pautada na razão.

Sartre, compartilha de um conceito parecido, à medida que despreza o divino e a justificativas religiosas para as condutas dos homens, ao afirmar que o homem, só existe a partir do nascimento e se extingue em sua morte. Não há um responsável em seus infortúnios da vida a não ser suas escolhas. Portanto, um homem deve agir de boa-fé ao buscar tomar decisões conscientes sobre sua vida. Equilibrando seus desejos com as vontades de outras pessoas.

Os dois autores partem do pressuposto de que o homem cabe o controle sobre sua vida, e a ele cabe buscar uma forma de viver de acordo com as regras sociais e da moral, contudo, compreendendo seu papel dentro da sociedade, agindo de forma proativa perante a vida, buscando a felicidade e assumindo a responsabilidade por suas escolhas.

O eterno retorno de Nietzsche é, portanto, uma reflexão que devemos fazer para sabermos se estamos no caminho certo, pois cada escolha ruim seria um ponto de tortura na situação hipotética de ter de revivê-la de novo e de novo.

Estas duas ideias traz uma importante mudança de pensamento para a sociedade moderna à medida que o homem passa a questionar as suas próprias ações.

Sartre teve grande relevância no pensamento pós-guerra, pois sua posição existencialista criou uma preocupação moral em relação aos horrores da Segunda Guerra Mundial.

Para sua vida, assumir a responsabilidade por suas escolhas e pela situação que se encontra é uma poderosa forma de mudança de sua realidade. A ideia do eterno retorno e o existencialismo de Sartre, traz para você a força de mudar o destino, a entender melhor às outras pessoas e a como se impor perante as dificuldades da vida.

Como você não tem a quem culpar por seus fracassos a não ser você mesmo, é possível aprender a encarar a vida de forma mais objetiva, buscando melhorar a si mesmo e a situação como um todo.

Ao invés de você se conformar com a frase “Deus proverá”, o existencialismo te joga na cara que ninguém proverá nada para você, exceto você mesmo.

É comum hoje vermos jovens na televisão dando depoimento de que não tem oportunidades no mercado de trabalho. Mas as oportunidades estão por toda a parte, a diferença está na dificuldade que cada pessoa tem para buscá-las e na recompensa que se espera.

Obviamente um adolescente que trabalha de dia, dispõe de menos tempo e mais privações para estudar para uma Universidade Federal, por exemplo, mas o mais intrigante do existencialismo é que sua essência vai dizer que é possível que ele tenha um desempenho equiparado com seus concorrentes mais abastados.

Para isso, este jovem precisará assumir a responsabilidade por suas escolhas, e encarar o fato de que o mundo não se moldará a sua vontade, ou seja, cabe a ele decidir os sacrifícios que está disposto a fazer. Ele poderia optar por frequentar bibliotecas públicas, SESC, buscar um celular usado e assistir a aulas gratuitas, entrar em grupos de cursinhos e compartilhar materiais, estudar nos finais de semana com estratégia, à noite...

A ideia central é a de que não é impossível, porque é mais difícil. Isso é que temos em mente com as ideias dos dois filósofos.

No Brasil estamos construindo pensamentos e mentalidades deterministas, ou seja, tudo é culpa de alguém, do capital, do governo, da falta de assistência, da falta de política pública. Isso é um caminho sem volta para o ostracismo. Esses fatores de políticas e estruturas sociais acima mencionados apenas tornam mais acessíveis e mais fáceis as coisas, todavia não definem seu caminho. O único culpado pela vida que você leva é você mesmo, pois você se acomodou em culpar os outros e parou de olhar para o que tem feito efetivamente para mudar sua vida.

Obviamente nada impede que tenhamos um pensamento crítico sobre as organizações socioculturais e econômicas do país, não é isso. Apenas você não deve depender exclusivamente delas para se mover.

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