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Entenda a Situação Após Ataque do Irã a Israel e o Cenário no Oriente Médio.

Vamos trazer um vídeo um pouco diferente no canal, hoje vamos trazer informações e fazer uma análise sobre a situação de conflito entre o Irã e Israel nas últimas horas. Sugiro que fiquem até o final e comente no vídeo sua opinião sobre o conflito. 


A situação entre Irã e Israel é complexa e tem raízes históricas profundas. Recentemente, o Irã lançou drones contra Israel, uma ação que as Forças de Defesa de Israel (IDF) interpretaram como represália. Este ataque foi em resposta a um incidente anterior no dia 1º de abril, quando um ataque ao consulado iraniano na Síria resultou na morte de vários comandantes iranianos. Israel foi apontado como responsável, embora não tenha assumido formalmente a autoria.


A tensão entre os dois países tem aumentado, especialmente após a guerra em Gaza que começou com ataques do Hamas contra Israel em 7 de outubro de 2023, seguidos por uma ofensiva militar israelense em Gaza. Esses eventos recentes são apenas o mais recente capítulo de uma longa história de hostilidades, que remonta à Revolução Islâmica do Irã em 1979, que transformou as relações anteriormente cordiais em uma rivalidade intensa.





O Irã, que considera Israel como o "pequeno Satanás", aliado do "grande Satanás" (os Estados Unidos), apoia grupos que se opõem a Israel, como o Hamas e o Hezbollah. Por sua vez, Israel acusa o Irã de financiar grupos terroristas e realizar ataques contra seus interesses. A situação atual é delicada e pode ter implicações significativas para a estabilidade regional e internacional.


Os desdobramentos dessa escalada de violência são incertos, mas podem incluir uma maior polarização na região, potencialmente levando a mais confrontos diretos ou indiretos entre Irã e Israel, bem como um aumento na atividade de grupos apoiados pelo Irã na região. Além disso, há preocupações de que isso possa afetar negociações internacionais, como os esforços para conter o programa nuclear iraniano.



O conflito entre Irã e Israel é parte de uma disputa geopolítica mais ampla no Oriente Médio, que envolve questões de poder, influência regional e ideologias conflitantes. Desde a Revolução Islâmica de 1979, o Irã tem sido um crítico vocal de Israel, apoiando grupos como o Hezbollah no Líbano e o Hamas na Faixa de Gaza, que se opõem à existência de Israel.


Um dos pontos de tensão mais significativos é o programa nuclear iraniano. Israel e muitos países ocidentais suspeitam que o Irã esteja buscando desenvolver armas nucleares, o que o Irã nega, afirmando que seu programa tem fins pacíficos. O acordo nuclear de 2015, conhecido como Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA), foi um esforço para limitar o programa nuclear iraniano em troca do alívio das sanções. No entanto, a saída dos EUA do acordo em 2018 e a subsequente reimposição de sanções exacerbaram as tensões.



Os ataques recentes são parte de uma série de ações e represálias entre os dois países. Israel tem realizado ataques aéreos contra alvos que acredita estarem ligados ao Irã na Síria, enquanto o Irã tem buscado expandir sua influência na região, estabelecendo bases militares e apoiando milícias aliadas.


A escalada de violência entre Irã e Israel tem o potencial de desestabilizar ainda mais a região, que já é volátil. Países vizinhos, como a Síria e o Líbano, podem ser arrastados para um conflito mais amplo, e o equilíbrio de poder no Oriente Médio pode ser alterado.


Globalmente, o aumento das tensões entre Irã e Israel pode afetar os preços do petróleo, criar ondas de choque nos mercados financeiros e influenciar as relações internacionais, especialmente entre as grandes potências como os Estados Unidos, Rússia e China, que têm interesses estratégicos na região.


A comunidade internacional, incluindo a ONU e outras organizações multilaterais, continua a apelar para a diplomacia e o diálogo como meios para resolver o conflito. No entanto, a situação permanece incerta, e a possibilidade de uma escalada maior é uma preocupação constante.


Nas últimas horas sabe-se que: 


  • A missão do Irã na ONU afirmou que o ataque em curso contra Israel é uma questão que “pode ser considerada concluída”, mas ameaçou voltar a agir se os israelenses retaliarem.


  • Israel está em alerta máximo após os ataques do Irã, e o governo iraniano descreveu sua ação como uma 'resposta legítima'.


  • O Irã lançou drones e mísseis contra Israel, segundo as Forças de Defesa de Israel (IDF), em uma aparente represália que já era esperada.


  • Comentaristas sugerem que o conflito tem potencial de ser o maior no Oriente Médio desde a 2ª Guerra Mundial.


  • O espaço aéreo israelense foi fechado, e o Iraque, que faz fronteira com Israel e Irã, também anunciou o fechamento temporário do seu espaço aéreo.



O Irã decidiu adotar uma outra estratégia, uma estratégia que terá repercussões de escalada. Até então, o Irã não quis fazer isso porque ele sabia que abriria espaço para uma grande escalada na região. Estamos falando de duas regiões consideradas sub-regiões dos resquícios da guerra fria, entre Estados Unidos e Rússia e todos o bloco de aliados envolvidos. 


O ataque a Israel pode ser considerado um ataque indireto, que é o que o Irã tem feito sempre desde que existe essa tensão com Israel. São ataques indiretos aos Estados Unidos. É difícil, raras vezes o Irã quis confrontar os Estados Unidos diretamente. 

O fato do Irã ter escolhido fazer isso é uma mudança da sua estratégia e, obviamente, as consequências geopolíticas serão imensas. Nós estamos começando a ver os ataques, os primeiros ataques do Irã. 


Ele lançou mais de 500 drones, muitos desses mísseis e drones começaram a chegar em Israel. Mas, independente do estrago e do efeito desse ataque, isso é uma provocação, é um ataque direto, é praticamente uma declaração de guerra. 


Em contrapartida Israel vai retaliar o ataque.


E aí, dali para frente, assim, é muito difícil você conter e segurar os ânimos, porque você imagina que Israel vai fazer um grande ataque de resposta ao Irã. 


Isso pode desencadear movimentações internas no Irã. Será difícil para os grupos pró-regime iraniano defender que ele não tem que responder mais, que ele vai parar, ali começa a se tornar muito difícil. 


O fato do regime iraniano ter decidido atacar já diretamente já coloca eles numa posição sem saída e em relação a recuar do conflito e, óbvio, que as consequências disso são a chegada das outras potências e das milícias iranianas. 


A justificativa inicial do Irã era uma resposta a um ataque não confirmado de Israel à uma embaixada do Irã, porém, algo para ser um sinal de aviso para Israel, mas que pode ganhar maiores proporções à medida que a política internacional de Israel está olho por olho e dente por dente, quando o assunto é ataques à seu território. 


E de tudo que já está acontecendo no Oriente Médio, ganhar uma um nível ainda maior, muito mais instável. 

Ainda temos a questão "Hezbollah”, o qual atua no campo político e no campo militar, sendo classificado por alguns países como um grupo terrorista. O grupo tem como objetivo a garantia da independência e soberania do Líbano, sendo Israel seu principal foco de combate. Bem como do Hamas, também considerada uma organização política e militar palestina de orientação sunita islâmica, e classificada por muitos países como uma orgnaização terrorista, que governa a Faixa de Gaza.



Em uma escalada do confronto com o Irã, podemos prever que todos devem atacar Israel. E assim, os Estados Unidos, ingleses, Força Aérea britânica, americana estão abatendo drones já estão envolvidos, o Presidente Biden neste final de semana se reuniu com o seu time de segurança nacional. 


Declarou publicamente apoio Incondicional e restrito a Israel, os Estados Unidos estarão do lado de Israel,  e isso parece ser consenso dentro do legislativo dos Estados Unidos. 


O que é diferente em relação ao caso da Ucrânia, onde cada vez mais republicanos e democratas pensam diferentes, principalmente os republicanos que não querem mais ajudar a Ucrânia. 


O primeiro ministro de Israel, Netanyahu, também veio a público e agradeceu o apoio dos Estados Unidos em primeiro lugar, depois falou dos ingleses e da França e de outros aliados. Dentro da ONU a situação já se divide dentro do Conselho de Segurança, pois os interesses estão polarizados entre as grandes potências. Com a guerra fria entre Estados Unidos, Rússia e China, atual dificilmente Israel irá receber aval para um revide ao Irã. 


A questão é que os Estados Unidos não vão defender os aiatolás, não tem como isso acontecer.

A grande pergunta que estamos querendo saber é quando os Estados Unidos entrarão neste confronto e como os Estados Unidos entrarão. Os Estados Unidos já estão dentro abatendo drones e mísseis que estão indo para Israel, aumentando a presença na região. 



Já aumentaram desde o ataque do Hamaz em outubro passado, mandando dois porta-aviões agora Biden destinou duas fragatas para lá.


Esse ataque abriu uma possibilidade para Israel, uma preocupação que não tinha como resolver. Israel não vai permitir que o Irã tenha uma bomba atômica e durante muito tempo Israel se preparou planejou imaginou um ataque às instalações nucleares iranianas. 


Neste contexto de hoje, abriu uma possibilidade para Israel em efetivar um ataque militar às instalações nucleares iranianas, uma janela de oportunidade perfeita também para os americanos e por isso os Estados Unidos não impediria Israel e poderia fornecer ajuda. Aliás essa já era uma intenção do ex-presidente Bush.


Então, esse ponto assim vai ser a discussão nas próximas horas, nos próximos dias e semanas. Isso não é algo com solução imediata, é um drama que vai escalar com um potencial de uma guerra gigantesca. 


Ela vai ser construída, ela vai escalando, ela vai aumentando ao longo dos dias, semanas, meses. 


Quem são o eixo da Resistência, quem faz parte disso? Hamas, Hezbollah, Rauti no Yemen, milícias xiitas na Síria e no Iraque, todos esses juntos, Guarda Revolucionária Iraniana, que é o Irã. A reação de todos eles vai dar um pouco do tom, em relação a resposta israelense em relação ao Irã. 


Israel já definiu que vai responder ao ataque do Irã, o que está em aberto é o grau da resposta a ser tomada. E isso nós vamos saber assim nas próximas horas e dias como o Hezbollah vai responder. 


O Irã segura o Hezbollah na coleira, mas se as coisa apertarem, eles vão dar carta branca para atacar. Isso será um problema para Israel, pois vai virar uma guerra total, de todos os lados. 


Então, essa é uma das dinâmicas que em breve estaremos observando. Talvez haja outros elementos a serem levados em consideração pelo governo dos Estados Unidos, como a reação da população e as demandas da opinião pública em relação ao presidente Biden.



Como o presidente Biden vai interpretar essa situação dentro do contexto político? Pode ser que ele veja isso como uma oportunidade positiva para mostrar seu apoio a Israel, especialmente considerando o ataque do Irã, que foi o ponto de partida para toda essa sequência de eventos.


É possível que o presidente Biden também perceba como uma possibilidade assinar embaixo e ampliar a escalada contra o Irã. Isso poderia envolver uma série de medidas, incluindo um ataque direto para enfraquecer a Guarda Revolucionária, atingir as instalações nucleares e desestabilizar o regime.


Outra alternativa tanto para Israel quanto para os Estados Unidos seria buscar a queda do regime iraniano. Esta é uma oportunidade para libertar o Irã da teocracia opressiva dos Aiatolás. Internamente, há uma divisão significativa no Irã, com uma parte da população insatisfeita e ocasionalmente protestando contra o regime. É possível que muitos iranianos não apoiem o comportamento agressivo do governo atual no cenário internacional, incluindo o financiamento de terrorismo e a busca por hegemonia regional. Este comportamento talvez não reflita a vontade da maioria da população.


Porém é mais provável que uma guerra direta com Israel e com os Estados Unidos unifique e aproxime o apoio e a sociedade iraniana, o apoio da população ao regime iraniano e a unidade da nação inteira. Então, nesse sentido, não é tão simples assim achar que derrubar o regime ou tentar atacar o regime pode ser fácil ou pode fazer a população se revoltar internamente e lutar contra os Aiatolás, o que pode acontecer o contrário, esse sempre foi uma consideração por parte dos israelenses quando se discutia se um ataque ao Irã iria ou não enfraquecer o regime. 


Talvez o ataque do Irã a Israel neste momento tenha um sentido mais de fortalecer o regime iraniano, já que o país se encontra internamente dividido e enfrentando desafios econômicos e políticos. Ao escolher retaliar diretamente contra Israel, o Irã pode estar buscando um inimigo externo claro e estabelecido para unificar o país. É importante notar que, ao longo do tempo, o Irã geralmente evitou ataques diretos a Israel, preferindo usar proxies e táticas indiretas, como o financiamento de grupos terroristas. No entanto, Israel sempre respondeu a essas ações de forma contundente, indicando que o Irã pode estar testando os limites desta vez.



A repercussão destes conflitos entre Rússia e Ucrânia, e o ataque do Hamas à Israel, para o resto do mundo é de extrema importância e pode influenciar diversos outros atores internacionais. Países como Azerbaijão e Venezuela, por exemplo, podem se sentir mais confortáveis ao perceberem que as grandes potências estão ocupadas com problemas reais e guerras em grande escala, como a guerra na Ucrânia na Europa e o conflito regional no Oriente Médio entre Irã e Israel.


Além disso, a guerra entre Irã e Israel não ficará restrita apenas a esses dois países, mas provavelmente envolverá uma série de outros atores regionais, como as milícias no Iêmen, no Iraque, na Síria, no Líbano, entre outros. A reação dos países árabes vizinhos, como Jordânia, Egito, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Turquia, entre outros, também será crucial. Eles podem tomar partido no conflito, o que poderia ampliar ainda mais a escala e a complexidade da situação.


A percepção do conflito por parte do mundo árabe também é relevante. Como o Irã não é árabe, mas persa, a guerra pode ser vista como uma guerra religiosa entre o Islã e o mundo ocidental, o mundo judaico-cristão. Isso pode gerar diversas interpretações e reações dentro e fora da região do Oriente Médio.


É importante ressaltar que o Conselho de Segurança das Nações Unidas está convocando uma reunião extraordinária para discutir a situação. Os posicionamentos dos membros permanentes do Conselho, como Rússia e China, serão indicativos da postura do chamado "eixo das ditaduras" em relação ao conflito. Essa reunião é fundamental para monitorar as posições diplomáticas e políticas dos diferentes atores internacionais e avaliar o nível de tensão e a possibilidade de escalada do conflito.


O Conselho de Segurança das Nações Unidas é composto por 15 países, sendo 5 membros permanentes (Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido) e 10 membros não permanentes, que são rotativos. A função do Conselho de Segurança é discutir e tomar decisões sobre questões de segurança internacional, incluindo conflitos armados e ameaças à paz e à segurança mundial.



No entanto, o Conselho de Segurança não é uma entidade autônoma ou independente. Ele representa os interesses dos países membros, e qualquer decisão requer o consenso da maioria dos membros permanentes, incluindo os poderes de veto dos membros permanentes. Isso significa que, se houver divergências significativas entre os membros permanentes, o Conselho pode ficar paralisado e incapaz de tomar medidas eficazes.


No contexto do conflito entre Israel e Irã, é provável que os membros permanentes do Conselho de Segurança tenham posições divergentes, especialmente considerando as relações complexas entre esses países e seus aliados. Por exemplo, Rússia e China têm laços estreitos com o Irã, enquanto os Estados Unidos e o Reino Unido são aliados de Israel. Essas dinâmicas geopolíticas podem dificultar a capacidade do Conselho de Segurança de chegar a um consenso ou de tomar medidas efetivas para resolver o conflito.


Portanto, é importante entender que a ONU e o Conselho de Segurança são reflexos dos interesses e das políticas dos países membros. Em situações de crise ou conflito, a capacidade da ONU de agir pode ser limitada pela falta de consenso entre os membros do Conselho de Segurança.


O "eixo das ditaduras" é uma expressão frequentemente usada para se referir a um grupo de países que são governados por regimes autoritários ou ditatoriais e que muitas vezes compartilham interesses políticos e estratégicos comuns. No contexto do Oriente Médio, pode incluir países como Irã, Síria, Venezuela e outros que têm sido identificados como regimes autoritários ou que têm sido criticados por violações dos direitos humanos e repressão política.


Quanto à pergunta de se o Irã pediu "sinal verde" para outros países do "eixo das ditaduras" para realizar o ataque a Israel, é uma questão complexa e especulativa. O Irã certamente pode ter discutido suas intenções e estratégias com seus aliados e parceiros, especialmente aqueles que compartilham interesses geopolíticos semelhantes ou que têm rivalidades com Israel.



No entanto, é difícil determinar com certeza se o Irã recebeu um "sinal verde" explícito ou implícito de outros países para realizar o ataque. Essas dinâmicas geopolíticas muitas vezes envolvem negociações sutis, alianças tácitas e interesses compartilhados que podem não ser totalmente transparentes para observadores externos.


Portanto, seria necessário aguardar mais informações e análises para entender melhor as relações e interações entre o Irã e outros países considerados parte do "eixo das ditaduras" e como esses relacionamentos podem ter influenciado ou facilitado o ataque a Israel.


Outro Problema é o Estreito de Ormuz, controlado pelo Irã, o qual o defende com mísseis aéreos navais que afundam os navios no canal com minas marinhas e mísseis anti navios de plataformas móveis da costa. Logo, se o Irã entrar em guerra com Israel e indiretamente com países do eixo democrático, isso vai ter um choque de petróleo, vai disparar o preço do petróleo, isso aumenta a inflação e coloca pressão em cima da economia de vários países de todos os lados envolvidos.


A guerra no Oriente Médio pode ter um impacto significativo na política interna das eleições nos Estados Unidos. Se o presidente atual decidir adotar uma postura mais agressiva contra o Irã, isso pode consolidar ainda mais uma base de apoio republicana ao redor dele. No entanto, essa abordagem também pode gerar críticas e divisões se não for bem-sucedida ou se resultar em muitas baixas e danos colaterais. Por outro lado, se a estratégia não for tão agressiva, isso poderia ser explorado pelos opositores do presidente como um sinal de fraqueza na política externa. Em última análise, como os candidatos conseguem articular suas posições e lidar com as consequências políticas da guerra será crucial para determinar como ela influenciará as eleições.


Por exemplo, enquanto alguns analistas argumentam que o Presidente Trump pode se ver pressionado a apoiar Israel devido ao seu histórico de aliança, outros apontam que um envolvimento direto dos EUA em um conflito com o Irã pode ser difícil de ser vendido para o eleitorado, especialmente para os mais fervorosos apoiadores de Trump.


Por outro lado, o candidato democrata, Joe Biden, também enfrentaria desafios políticos significativos se optasse por se opor a uma ação militar contra o Irã. Uma posição contrária poderia ser interpretada como uma falta de apoio a Israel, o que poderia custar votos preciosos, especialmente entre os eleitores democratas mais moderados.


Além disso, a proximidade das eleições presidenciais nos Estados Unidos pode influenciar a forma como a opinião pública americana e os próprios candidatos reagem à escalada do conflito no Oriente Médio. É provável que ambos os candidatos, Trump e Biden, busquem capitalizar politicamente sobre a questão, seja para demonstrar liderança e determinação ou para criticar a abordagem do adversário.


Outro fator é que no caso do Irã, não é tão simples. O Irã espalhou seu programa nuclear por diversas instalações secretas e subterrâneas em todo o país, o que torna um ataque eficaz muito mais desafiador.



Israel certamente possui informações sobre muitas dessas instalações, mas é improvável que conheça todas. Além disso, o Irã tem investido em medidas de segurança para proteger suas instalações nucleares, incluindo bunkers subterrâneos e outras medidas defensivas. O que pesa mais ainda é que estes países não tem fronteira entre si, logo não é uma Guerra terrestre, mas sim aérea e que depende de muitos outros fatores políticos para locomoção de tropas. 


Portanto, mesmo que Israel decida lançar um ataque contra as instalações nucleares iranianas, há uma grande possibilidade de que algumas dessas instalações permaneçam intactas ou que o Irã seja capaz de reconstruir seu programa nuclear rapidamente.


Isso levanta uma preocupação adicional sobre a possibilidade de o Irã ter desenvolvido armas nucleares clandestinamente, em instalações secretas que não são conhecidas por Israel ou pela comunidade internacional. Se isso fosse verdade, representaria uma ameaça significativa não apenas para Israel, mas para toda a região e além. No entanto, até o momento, não há evidências concretas que confirmem essa possibilidade.


A China não tem um interesse imediato na questão do Irã, embora estejam aliados por serem duas ditaduras na mesma linha de controle e parceiros comerciais, porém a China está mais voltada para a questão de Twaian, a qual é uma ambição do governo chines, embora pareça ser que não seja o momento de uma movimentação do governo chines para tomada de Twaian. Dificilmente ela se envolveria diretamente nesta questão do Oriente Médio, eis que a relação entre eles tem um cunho mais econômico e estratégico por causa do petróleo. 


Como a fronteira entre os países estão distantes, o Irã dependeria de locomover tropas por territórios aliados, uma possibilidade é usar o Hezbollah, e tentar enviar tropas pela Síria. Se isso acontecesse, teria que enfrentar ataques aéreos por Israel. A Rússia tem interesses na região também, e pode tentar defender o espaço aéreo da Síria, o que colocaria os Estado Unidos em uma posição complicada. Isso é um cenário hipotético, mas preocupante. 


Estrategicamente, é interessante para o eixo das ditaduras realizar tantas frentes de conflito, não vai contra a ideia de União para vencer. A Segunda Guerra Mundial começou com três guerras separadas, cada uma em uma região autônoma, antes de se fundirem em um conflito mundial. 


Atualmente, essas nações já estão do mesmo lado, mas cada uma tem seus próprios objetivos regionais. Isso é ainda mais grave do que na Segunda Guerra, onde mesmo os aliados tinham agendas conflitantes em algumas regiões. 



Em relação à manutenção da ordem mundial, países como Japão, Alemanha e Índia podem desempenhar papéis importantes. O Japão está mostrando interesse em participar mais ativamente, enquanto a Alemanha, apesar de ter potencial, está mais hesitante devido à natureza mais lenta e indecisa da política europeia. 


A Índia, embora seja uma democracia, está se tornando mais nacionalista e religiosa, o que pode influenciar sua posição. No entanto, sua aliança com o ocidente poderia fazer uma grande diferença na manutenção da ordem global. 


Potências médias como Brasil e Turquia também podem criar desequilíbrios na balança se escolherem um lado efetivo, especialmente se estiverem alinhadas com as democracias. A união das democracias é fundamental para desafiar o eixo das ditaduras, mas isso requer coesão e colaboração entre elas.


As falas do Presidente Lula tem sido criticadas por Israel, pelo fato dele ter declarado que “O que está acontecendo na Faixa de Gaza, com o povo palestino, não existiu em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler decidiu matar os judeus.” 


A diplomacia brasileiro sempre adota uma postura cautelosa e pacificadora, o que torna difícil prever a sua posição em relação ao conflito. Até agora o posicionamento do Brasil foi de pedir aos dois envolvidos que evitem a escalada. A balança comercial entre Brasil e Irã ocupa a 23º posição, enquanto com Israel, ocupa a 34º posição. Com esse conflito, o temor é a alta do preço do petróleo. 



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