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COMO CONSTRUIR UM CASAMENTO FELIZ | Casais Inteligentes Enriquecem Juntos | Gustavo Cerbasi

Atualizado: 17 de nov. de 2023

Para Gustavo Cerbasi, maior parte dos problemas dentro do relacionamento se originam de uma má gestão financeira do casal. Ainda que o casal não perceba ser o dinheiro o problema, ele está por trás das discussões.


O casal deixa de sair por precisar economizar, logo vem a conclusão que é falta de romantismo. As roupas começam a ficar velhas e o dinheiro é pouco, é visto como desleixo; e assim por diante.



Por isso, a importância de uma boa gestão financeira, em que ambos entendam que devem compartilhar planos em comum e planejar juntos a vida financeira do casal.


Para autor, existe três perfis de casal:

  1. A todo vapor: São casais que possuem o mesmo perfil financeiro e se relacionam bem com as economias em conjunto. Eles são ótimos planejadores, mantendo equilíbrio entre renda, investimentos e aplicações mensais.

  2. Um puxando o outro: é o tipo mais comum de casal, em que geralmente um não gosta de mexer com a parte financeira e o outro assume essa responsabilidade, Tem alguma dificuldade em aplicar mensalmente, geralmente apresentam perfis diferentes entre um controlado e o outro mais descontrolado. Acabam se arranjando nas contas, mas poderiam tomar decisões melhores.

  3. Um tropeçando no outro: esse é o casal apressadinho, anteciparam o padrão alto de vida e hoje acumulam dívidas. Geralmente formados por perfis descontrolados ou gastadores. Pelo jeito descontrolado como vivem, colocam a diversão antes das economias e no fim culpam um ao outro pelas decisões erradas, gerando crise no casamento.


Para facilitar a compreensão, o autor elenca 5 perfis individuais para que o casal compreenda melhor o outro.


  1. Poupadores: sabem poupar e restringem ao máximo os gastos. Possui alta disciplina e capacidade de economizar, porém possuem atitudes conformistas com um padrão de vida simples e restringe novas experiências.

  2. Gastadores: para eles, o importante é viver bem, o resto corre atrás. Podem até ser pessoas divertidas, apresenta muitos hobbies, mas possuem dependência extrema de estabilidade no emprego e insegurança no futuro.

  3. Desligados: gastam menos do que ganham, mas não sabem quanto ao certo. Em geral, pagam tudo e guardam quando sobrar. Apresentam dificuldade de planejar e resistência à disciplina.

  4. Descontrolados: estão sempre cortando gastos, mas nunca sobra. Não gostam de planejar, querem dinheiro para ontem e propensos a pagar juros, é indisciplinado e desorientado.

  5. Financistas: são rigorosos com o controle de gastos e propósitos de economizar. Mestre das planilhas e de investimentos. Possuem boa capacidade de empregar seu dinheiro. Em geral, os chatos da família, quando não compreendido o seu propósito de manter tudo organizado.


Como você percebeu, o ideal é que o casal seja a união de uma Poupador com um Financistas quando assunto é finanças. A medida que o poupador influenciará investimentos a longo prazo e o financista abrirá os olhos do poupador.


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Outra união indicada é entre o Financista com Financista, certamente trabalharão para futuro financeiro estável, porém devem cuidar para não exagerarem e esquecer de viver.

Já o líder de pior união de perfis, temos descontrolado com descontrolado, estes dois formarão a união da discórdia financeira e amorosa, pois o relacionamento tende a ficar muito individualista e frustrante. Não conseguem planejar e sair das dívidas.


O autor destaca que, exceto os casais descontrolados, os demais quando são iguais entre si, conseguem formar uma boa união se aprenderem a lidar com o dinheiro.

Mas se você é de perfis diferentes, não se preocupem, não precisa se divorciar, o autor apenas classifica os perfis para facilitar entendem os pontos fracos e fortes de cada um, e como o casal pode equilibrar suas finanças e o romance.


Gustavo Cerbasi, tenta explicar o porquê da dificuldade de planejar dos casais?


Em parte o autor, descarta os estereótipos da classe média, a ideia de que os casais idealizam um começo de vida incompatível com o seu padrão, se endividando antes mesmo de formar a união.


Isso se aplica aqueles casamentos dos sonhos ou a compra impulsiva de um apartamento, em que o casal já começa pagando dívidas ou com sua renda toda consumida por elas.


Com tempo isso corrói o relacionamento em brigas e frustrações. A situação ainda piora se o casal possui um perfil mais gastador e ligado ao luxo e de viver apenas o presente.


O ideal é que na fase de namoro o casal já comece um hábito de planejar gradualmente uma vida a dois, compartilhando planos, simulando projetos pessoais e profissionais, assim vão tendo uma dimensão das responsabilidades que virão.


Um casal consciente deve entender que sinal de amor é o compromisso com a segurança e bem estar da família que se está construindo e não a euforia de querer surpreender o outro com presentes caríssimos para agradar.


Se endividar para agradar alguém ou para terem momentos passageiros é um sinal ruim para o futuro do casal.


Por isso, não se dedique a comprar coisas que não pode ou que irá atrapalhar sua saúde financeira, ao invés disso seja criativo, opte por presentes com significado para vocês dois, uma parceira que recebe isso com felicidade, possui grandes chances de te ajudar a construir alguma coisa.


Alguém que é gastador e soberbo, que acha que você tem que pagar tudo e mover o mundo por ela, certamente, te arrastará para a lama financeira, pois o casamento é compreensão de reciprocidade e responsabilidade. Não é uma aventura. Casamento é uma decisão que deve ser pensada com calma e planejada.


Evite festas gigantescas, ao invés disso, use a criatividade do casal, coloque na ponta do lápis se compensa gastar com festividades, viajar ou investir o dinheiro no conforto do início a dois do casal.


Conheço casais que começam a vida afundado em financiamento da festa de casamento. Ou seja, comemoram as dívidas e a preocupação. Gastaram o que não podia em um único dia, e moram de aluguel. Festas que chegam a custar um apartamento, apenas para mostrar para quem? Quem vocês querem agradar? Qual a utilidade disso para a vida a dois?


Em meu casamento, gastamos incluindo o cartório, R$ 2.800,00, e esse valor se referia a um dinheiro que eu tinha na poupança. Fizemos tudo em casa, estudamos decorações na internet, achamos um estilo industrial e nos baseamos nela, compramos flores suficientes para decorar, ela e eu fizemos e organizamos tudo. Convidamos somente as pessoas mais próximas, elas tiraram diversas fotos, a qual mandamos para um fotógrafo editar as melhores e montar um álbum, tiramos algumas extras quando tivemos uma folga, em um local turístico, e pronto.


Após a lua de mel, sentamos, organizamos nossas contas um com outro, planejamos as despesas fixas e variáveis e os investimentos. O objetivo era montar a reserva de emergência, e depois de montar, investir em renda fixa e variável para fazer a aposentadoria com rendimentos.


Casar não deve ser uma decisão emotiva, casamento é uma decisão racional, um contrato em que ambos decidem construir algo valioso e seguro.


Casais que agem de forma emocional, não entendem a diferença entre a vida de namoro e casado acabam se separando sem antes mesmo de conseguir pagar a festa. Isso acontece porque não entendo as responsabilidades de um lar, a qual é maior do que a vida de solteiro, que você tem a rotina, a família de ambos, despesas, ou seja, aquela vida de namoro de curtição e diversão sem limites já não se aplica, pois os compromissos são diferentes.


Mas como planejar ao longo da vida?


Se vocês se conheceram melhor, passaram pelo teste drive, o qual é o namoro, se planejaram individualmente para controlar suas respectivas finanças. É o momento de começar a pensar em construir um futuro juntos, o casamento é a formalização contratual dessa decisão.


Por isso é importante planejarem juntos as finanças, pois algumas questões da vida de casado precisam serem observadas e conversadas antes de oficializar a união.

O primeiro passo é se livrar das "pedras do caminho": nada pior do que começar o casamento com os dois ou um dos dois devendo de forma descontrolada. As brigas por causa de dinheiro serão uma constante, e, a cada frustração em comprar algo para o casal será lembrado o fato de que se o outro não devesse tanto seria possível.


Por isso, vocês dois precisam sentar e planilhar todas as dúvidas de vocês e estabelecer um planejamento para reduzir o cartão de crédito, empréstimos ou outras dúvidas. Se tiver capital e investimento de risco e está esperando um milagre para pelo menos zera a perda, é preciso avaliar se não é o caso de liquidar o investimento e assumir a perda, com objetivo de se livrar das dívidas. As vezes é melhor vender um imóvel que se tem, liquidar as dívidas, as quais geram juros e mais juros, reinvestir o montante que sobrar em uma reserva de emergência, e morar de aluguel em um local abaixo dos padrões de seus rendimentos. Isso desafogará as contas e oportunizará poupar para o futuro e para a vida a dois.


Planilhado as dívidas e rendimentos, é hora de decidir sobre as contas bancárias de cada um dos nubentes. O autor recomenda a conta bancária conjunta, isso reduz gastos com taxas bancárias e proporciona um melhor controle dos gastos por ambos os cônjuges.


Porém nós do canal método e valor não indicamos essa prática, obviamente quando casamos, é para ser para sempre, ninguém pensa em separar, mas é uma possibilidade em que a prudência pede uma atenção.


Aconselhamos aos cônjuges a apenas verificar quais contas e cartão menos usam e encerrar essas contas, após enxugar isso, cada um mantém sua conta principal, pois isso manterá o relacionamento com o banco e abrirá maiores oportunidades de investimento e descontos.


Manter as contas separadas é uma individualidade saudável, todavia, exigirá um compromisso de ambos em uma alternativa que uso para controlarmos nossos gastos.


Hoje com advento do pix ficou bem melhor essa prática. Por isso, é mais indicado manter as contas, pois se fosse na época do TED ou DOC acabaria não compensando tanto.


Minha esposa e eu usamos um aplicativo de finanças (assinamos o PRO em uma promoção vitalícia dele), eu criei uma conta no aplicativo e com a mesma conta, eu loguei no aplicativo do celular dela, desta forma, nós dois usamos a mesma conta de controle financeiro, assim sempre sabemos quanto temos na conta corrente e demais contas de investimentos. Planejamos tudo pelo aplicativo de planilhas, atualizado em tempo real.


Com isso, preservamos a individualidade de cada um de forma saudável e ainda nos policiarmos sobre os gastos e as estatísticas do aplicativo. Mantendo nossos relacionamentos com os bancos que somos clientes a muitos anos.

Outro ponto a ser decidido é: Regime de casamento.


No Brasil, o regime mais adotado é o parcial de bens, nesta modalidade é repartido apenas aquilo que construíram na constância da união, não abarcando os bens anteriores e nem heranças ou doações; outro regime é o universal de bens, neste é mais indicado para casais em que as famílias possuem patrimônios equivalentes, pois tudo se comunicará aos cônjuges, de herança ao patrimônio anterior; por fim, o regime da disparidade econômica entre os cônjuges, ou seja, a separação total de bens, muito com quando há um cônjuge com maior poder econômico, ou mesmo, que possuam negócios em que ambos não querem comprometer com a entrada um do outro, cada qual, administra seus negócios. Neste último regime, a sensatez manda que o cônjuge de menor renda proponha o regime de separação total de bens, para evitar desconfianças entre o casal.


Feito estas escolhas, agora é hora de planilhar as despesas fixas e variáveis, para prospectar a renda, gastos e o que será passível de ser investido. Você poderá usar desde Excel até aplicativos de finanças para fazer esse controle, cada centavo gasto deve ser anotado e aí no final do mês vocês irão fechar o caixa. Discutir quais gastos foram além do necessário e planejar o mês seguinte.


Eu sugiro para o casal que está começando a vida a dois, por exemplo, se vocês guardam 10% de sua renda para poupar ou investir, você irá dividir esse valor, coloque 2% para manutenção da casa, 2% para viajar, 1% para estudos, 5% para investir. Embora você talvez aloque tudo em um mesmo investimento, saber quanto você tem para cada coisas acima ajuda a manter a seus investimentos intactos, pois quando for tirar algum valor, será desta parte que você já destinou ao economizar.


Compre um caderno para fazer as seguintes anotações:


a) coisa que precisam ser reparadas na casa, liste tudo, e risque assim que conseguirem resolver. Saiba que casa gasta dinheiro, as coisas envelhecem, eletrodomésticos quebram, acidentes acontecem;


b) coloque a lista de coisas que querem comprar para deixar o lar aconchegante e vá acompanhando pela ordem de prioridade;


c) faça um definição das metas do casal, por exemplo, se vocês querem uma renda mensal originária dos rendimentos de aproximadamente R$ 5000,00 mensais, irá precisar juntar um patrimônio de R$ 500000, para isso precisaram poupar e investir mensalmente algo em torno a R$ 800,00 por mês nos próximos 30 anos. Você ainda pode planjar esse capital de 5 em 5 anos, e reinvestir o montante a cada 05 anos para ir acelerando o processo e montando outras fontes de rendas.


O casal precisa planejar seu dia e verificar quais as habilidades de cada um e como podem usarem isso para variar as fontes de rendas para não ficarem dependentes de um emprego, por exemplo. É bom investir em rendas passivas e trabalho extra, algo que permita ser feito em algumas horas por dias, além do trabalho principal. Essas rendas que entram fora da principal é ideal para acelerar os investimentos do casal.


Se vocês possuem empregos que valorizam mais seu esforço braçal do que seu conhecimento ou experiência, o ideal é que tira dias no mês para fazer juntos bicos de garçom em buffet, dirigir algumas horas como Uber, fazer comida e vender no Ifood, algo para a folga, quem não vá prejudicar a saúde e o relacionamento de vocês.


Espero que tenha compreendido as ideias centrais deste resumo e que possam aproveitar algo no dia a dia do casal. É com imenso carinho que faço esse vídeo, pois vejo muitos amigos separando por má planejamento financeiro do casal e o quanto isso é triste, ver pessoas que se amam, terminarem odiando um ao outro por causa de má gestão do dinheiro.


Algumas ideias são do livro Casais Inteligentes enriquecem juntos, outras são atualizações nossas e experiência pessoal. Deixe seu comentário se já brigou por causa de dinheiro e dificuldades financeiras.



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