top of page

Cinco Armadilhas que te Afastam de Deus: Orgulho, Ansiedade, Idolatria e Mais

Foto do escritor: JohnJohn

Você já parou para refletir sobre como o orgulho, a busca por aprovação e os ídolos em nosso coração podem nos afastar do propósito verdadeiro? Neste texto, você encontrará reflexões profundas sobre as armadilhas espirituais que podem nos desviar de uma vida plena e em harmonia com Deus. A partir de lições extraídas de Provérbios, Gálatas e Ezequiel, vamos explorar como a humildade, a dependência de Deus e a rejeição da idolatria podem transformar nossas vidas. Se deseja entender como evitar esses tropeços e encontrar a verdadeira sabedoria e paz, continue lendo!


5  coisas que te asfastam de Deus
5 Coisas que te Afastam de Deus Segundo a Bíblia


1. Amor excessivo ao mundo e suas riquezas (1 João 2:15-17)


15 Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele.
16 Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo.
17 E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre.

Vivemos em uma era onde o brilho do mundo nos chama com promessas de sucesso, status e satisfação instantânea. Somos bombardeados por imagens de riqueza, de conquistas materiais e de uma vida aparentemente perfeita. No entanto, ao nos perdermos nessas distrações, esquecemos o que realmente importa: nossa conexão com Deus.

O apóstolo João nos adverte claramente em 1 João 2:15-17: “Não ameis o mundo, nem o que no mundo há.” A busca desenfreada por bens materiais e prazeres fugazes nos distancia do amor do Pai. Quando priorizamos a "concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida", nos tornamos escravos de desejos que, no fundo, jamais nos trarão paz duradoura. As riquezas e os prazeres passam, mas a vontade de Deus permanece para sempre. A questão que nos desafia é: estamos investindo nosso tempo e energia em algo eterno ou em algo que desaparecerá com o tempo?

Da mesma forma, o orgulho e a autossuficiência são armadilhas poderosas, como nos alerta Provérbios 16:18. Quantas vezes acreditamos que podemos conquistar o mundo por nossos próprios méritos, esquecendo que tudo o que temos vem de Deus? O orgulho nos faz esquecer nossa verdadeira posição diante Dele. Nos tornamos cegos à nossa dependência de Sua graça, e, assim, caminhamos em direção à ruína. Como um muro de areia, a autossuficiência desmorona diante das tempestades da vida.

Mas a boa notícia é que há uma escolha. Podemos optar por seguir o caminho da humildade, reconhecendo que, sem Deus, nossas maiores conquistas são vazias. Como diz Provérbios, “Melhor é ser humilde de espírito com os mansos, do que repartir o despojo com os soberbos.” A verdadeira sabedoria não está em acumular bens ou impressionar os outros, mas em confiar no Senhor e buscar a Sua vontade.

Nos momentos em que as distrações do mundo tentam nos afastar do essencial, devemos lembrar: tudo o que é terreno é passageiro. O que importa, o que realmente traz paz e propósito, é a nossa relação com Deus. Que possamos guardar essa verdade no coração, escolhendo o caminho da sabedoria e da humildade, e não o do orgulho e da vaidade. Afinal, “aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre.”


2. Orgulho e autossuficiência (Provérbios 16:18)

16 Quanto melhor é adquirir a sabedoria do que o ouro! E quanto mais excelente adquirir a prudência do que a prata!
17 A senda dos retos é desviar-se do mal; o que guarda o seu caminho preserva a sua alma.
18 A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda.
19 Melhor é ser humilde de espírito com os mansos, do que repartir o despojo com os soberbos.
20 O que atenta prudentemente para o assunto achará o bem, e o que confia no Senhor será bem-aventurado.
21 O sábio de coração será chamado prudente, e a doçura dos lábios aumentará o saber.
22 O entendimento, para aqueles que o possuem, é uma fonte de vida, mas a instrução dos tolos é a sua estultícia.
23 O coração do sábio instrui a sua boca, e nos seus lábios aumentará a persuasão.
24 Favo de mel são as palavras suaves, doces para a alma, e saúde para os ossos.
25 Há caminho que parece direito ao homem, mas o seu fim são os caminhos da morte.
26 O trabalhador trabalha para si mesmo, porque a sua boca o incita a isso.
27 O homem de Belial cava o mal, e nos seus lábios há como que um fogo ardente.
28 O homem perverso levanta a contenda, e o difamador separa os maiores amigos.
29 O homem violento persuade o seu próximo, e o guia por caminho que não é bom.
30 Fecha os olhos para imaginar perversidades; mordendo os lábios, efetua o mal.
31 Coroa de honra são as cãs, achando-se elas no caminho da justiça.
32 Melhor é o longânimo do que o valente, e o que governa o seu espírito do que o que toma uma cidade.
33 A sorte se lança no regaço, mas do Senhor procede toda a sua disposição.

O orgulho e a autossuficiência são armadilhas sutis que o ser humano frequentemente cai sem perceber. Em Provérbios 16:18, a sabedoria bíblica nos alerta de forma clara e direta: "A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda." Essas palavras ecoam profundamente, não apenas como um aviso, mas como uma verdade que se manifesta constantemente em nossa jornada.

Quando colocamos nossa confiança excessiva em nossas próprias forças, acreditando que podemos governar a vida sem o auxílio de Deus, nos afastamos do caminho da sabedoria. A autossuficiência nos ilude, nos fazendo acreditar que somos imbatíveis, que temos controle absoluto sobre nosso destino. Contudo, é precisamente nesse momento de exaltação pessoal que a queda se torna inevitável.

O orgulho é uma forma de cegueira espiritual. Ele nos impede de enxergar as limitações naturais que todos temos. É o orgulho que nos afasta das pessoas, que nos faz menosprezar conselhos, e que nos leva a tomar decisões impensadas, achando que estamos sempre certos. Mas a Bíblia, em sua sabedoria, nos oferece uma saída. O versículo 19 lembra que "Melhor é ser humilde de espírito com os mansos, do que repartir o despojo com os soberbos." A verdadeira força não está em ostentar poder ou superioridade, mas em reconhecer a necessidade de humildade e de aprender constantemente.

A autossuficiência é como construir um castelo na areia, sem alicerces sólidos. Mais cedo ou mais tarde, as marés da vida vêm, e tudo o que construímos com nossa arrogância é levado embora. Por outro lado, quem busca a sabedoria e confia no Senhor, conforme nos ensina o versículo 20, encontra o verdadeiro bem. A verdadeira força vem de reconhecer nossa fragilidade e entregar nossos caminhos a Deus.

No final, a lição é clara: o caminho da humildade é o caminho da preservação da alma. Quando deixamos de lado o orgulho e a autossuficiência, abrimos espaço para a graça de Deus agir em nossas vidas, e é essa graça que nos guia para longe da queda e nos mantém firmes, mesmo diante das adversidades.

3. Ostentação e preocupações excessivas com o futuro e ansiedades (Mateus 6:34)


CAPÍTULO 6
Jesus continua o Sermão da Montanha — Ele ensina aos discípulos a oração do Pai Nosso — Eles recebem o mandamento de buscar primeiro o reino de Deus e a Sua justiça.
1 Guardai-vos de fazer a vossa esmola diante dos homens, para serdes vistos por eles; de outra forma, não tereis galardão junto de vosso Pai, que está nos céus.
2 Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão.
3 Mas, quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita;
4 Para que a tua esmola seja dada em oculto; e teu Pai, que vê em oculto, te recompensará publicamente.
5 E quando orares, não sejas como os hipócritas; pois se comprazem em orar em pé nas sinagogas, e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão.
6 Mas tu, quando orares, entra no teu aposento, e fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em oculto; e teu Pai, que vê em oculto, te recompensará publicamente.
7 E orando, não useis vãs repetições, como os gentios, que pensam que por muito falarem serão ouvidos.
8 Não vos assemelheis, pois, a eles; porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes de vós lho pedirdes.
9 Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome;
10 Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu;
11 O pão nosso de cada dia dá-nos hoje;
12 E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores;
13 E não nos induzas à tentação; mas livra-nos do mal; porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém.
14 Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai Celestial vos perdoará a vós;
15 Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas.
16 E quando jejuardes, não vos mostreis contristados como os hipócritas; porque desfiguram o rosto, para que aos homens pareça que jejuam. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão.
17 Porém tu, quando jejuares, unge a tua cabeça, e lava o teu rosto,
18 Para não parecer aos homens que jejuas, mas a teu Pai, que está em oculto; e teu Pai, que vê em oculto, te recompensará publicamente.
19 Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam;
20 Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam.
21 Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.
22 A candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz;
23 Se, porém, os teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso. Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão as trevas!
24 Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom.
25 Por isso vos digo: Não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o mantimento, e o corpo, mais do que o vestuário?
26 Olhai para as aves do céu, que nem semeiam, nem ceifam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai Celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas?
27 E qual de vós poderá, com todos os seus cuidados, acrescentar um côvado à sua estatura?
28 E quanto ao vestuário, por que andais ansiosos? Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham nem fiam;
29 E eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles.
30 Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, não vos vestirá muito mais a vós, homens de pouca fé?
31 Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos, ou que beberemos, ou com que nos vestiremos?
32 (Porque todas essas coisas os gentios procuram). Pois vosso Pai Celestial bem sabe que necessitais de todas essas coisas;
33 Mas buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas.
34 Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal.

No Sermão da Montanha, Jesus nos oferece uma lição atemporal sobre o que realmente deve mover nossos corações e mentes. Ele nos chama a atenção para uma verdade fundamental: as preocupações com o futuro e o desejo de ostentação são armadilhas que podem nos afastar de Deus. A busca por riquezas e status, por mais que pareçam naturais em um mundo que valoriza tanto o acúmulo e a exibição, na realidade, nos distancia do que é verdadeiramente importante.

Jesus nos lembra que, assim como as aves do céu e os lírios do campo são cuidados por Deus, nós também estamos sob Sua proteção constante. Ele nos convida a confiar mais em Sua providência e menos em nossos esforços incessantes para controlar tudo. Quantas vezes nos encontramos aprisionados pela ansiedade, com a mente ocupada por coisas que nem sequer podemos mudar? Esse fardo é pesado e desnecessário.

A ostentação, que muitas vezes surge como resultado dessas preocupações, é um reflexo da nossa falta de confiança em Deus. Quando nos concentramos em acumular tesouros terrenos, estamos, na verdade, expondo nossa insegurança e nossa busca por validação em coisas efêmeras. Não podemos servir a dois senhores; não podemos dividir nosso coração entre Deus e Mamom — o deus do dinheiro e das posses.

Mateus 6:34 nos oferece um alívio: "Não vos inquieteis pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo." Essa passagem é um convite à paz. É uma libertação do peso da preocupação com o futuro, com o que será, com o que poderemos ou não conquistar. Jesus nos convida a focar no presente e a confiar em Seu cuidado diário, sabendo que Ele suprirá todas as nossas necessidades.

Buscar primeiro o reino de Deus significa redirecionar nosso coração, colocando nossa confiança no que é eterno, e não nas aparências e preocupações que nos cercam. Quando fazemos isso, o que realmente importa nos é dado de presente: paz, propósito e uma vida alinhada com os valores do céu, onde o tesouro não se corrompe e nosso coração encontra descanso.


4. Busca por aprovação humana em vez da divina (Gálatas 1:10)


Versículos de Gálatas 1 do livro de Gálatas da Bíblia.
1. Paulo, apóstolo enviado, não da parte de homens nem por meio de pessoa alguma, mas por Jesus Cristo e por Deus Pai, que o ressuscitou dos mortos,
2. e todos os irmãos que estão comigo, às igrejas da Galácia:
3. A vocês, graça e paz da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo, que se entregou a si mesmo por nossos pecados a fim de nos resgatar desta presente era perversa, segundo a vontade de nosso Deus e Pai, a quem seja a glória para todo o sempre. Amém.
6. Há um só evangelho. Admiro-me de que vocês estejam abandonando tão rapidamente aquele que os chamou pela graça de Cristo, para seguirem outro evangelho que, na realidade, não é o evangelho. O que ocorre é que algumas pessoas os estão perturbando, querendo perverter o evangelho de Cristo.
8. Mas, ainda que nós ou um anjo dos céus pregue um evangelho diferente daquele que pregamos a vocês, que seja amaldiçoado!
9. Como já dissemos, agora repito: Se alguém anuncia a vocês um evangelho diferente daquele que já receberam, que seja amaldiçoado!
10. Acaso busco eu agora a aprovação dos homens ou a de Deus? Ou estou tentando agradar a homens? Se eu ainda estivesse procurando agradar a homens, não seria servo de Cristo. Paulo foi chamado por Deus
11. Irmãos, quero que saibam que o evangelho por mim anunciado não é de origem humana.
12. Não o recebi de pessoa alguma nem me foi ele ensinado; ao contrário, eu o recebi de Jesus Cristo por revelação.
13. Vocês ouviram qual foi o meu procedimento no judaísmo, como perseguia com violência a igreja de Deus, procurando destruí-la.
14. No judaísmo, eu superava a maioria dos judeus da minha idade, e era extremamente zeloso das tradições dos meus antepassados.
15. Mas Deus me separou desde o ventre materno e me chamou por sua graça. Quando lhe agradou revelar o seu Filho em mim para que eu o anunciasse entre os gentios, não consultei pessoa alguma.
16. Tampouco subi a Jerusalém para ver os que já eram apóstolos antes de mim, mas de imediato parti para a Arábia e voltei outra vez a Damasco.
18. Depois de três anos, subi a Jerusalém para conhecer Pedro pessoalmente e estive com ele quinze dias.
19. Não vi nenhum dos outros apóstolos, a não ser Tiago, irmão do Senhor.
20. Quanto ao que escrevo a vocês, afirmo diante de Deus que não minto.
21. A seguir, fui para as regiões da Síria e da Cilícia.
22. Eu não era pessoalmente conhecido pelas igrejas da Judeia que estão em Cristo.
23. Apenas ouviam dizer: "Aquele que antes nos perseguia, agora está anunciando a fé que outrora procurava destruir".
24. E glorificavam a Deus por minha causa.

Em Gálatas 1:10, o apóstolo Paulo nos apresenta um profundo dilema espiritual: **"Acaso busco eu agora a aprovação dos homens ou a de Deus? Ou estou tentando agradar a homens? Se eu ainda estivesse procurando agradar a homens, não seria servo de Cristo."** Esse versículo levanta uma questão fundamental sobre onde colocamos nossa lealdade e em quem baseamos nossas ações.

A busca por aprovação humana é uma tendência natural. Somos seres sociais e, muitas vezes, ansiamos por aceitação e reconhecimento dos outros. No entanto, Paulo nos lembra que a verdadeira servidão a Cristo exige que nossa maior preocupação seja agradar a Deus, e não aos homens. Se o nosso foco está em conquistar a aprovação das pessoas, corremos o risco de comprometer nossos valores e nos afastarmos do propósito divino.

Paulo sabia o que estava em jogo. Ele havia sido um zeloso seguidor das tradições judaicas, buscando aprovação dentro de seu círculo religioso (versículos 13-14). No entanto, sua conversão ao cristianismo e seu chamado por Cristo o libertaram dessa necessidade. Ele agora vivia para agradar a Deus, mesmo que isso significasse rejeição ou perseguição por parte das pessoas.

Essa mensagem é particularmente relevante para nós hoje. A sociedade muitas vezes nos pressiona a seguir padrões que podem estar em desacordo com os ensinamentos de Cristo. A busca por aceitação, popularidade ou aprovação nas redes sociais, no trabalho, ou até mesmo dentro de grupos familiares e religiosos pode nos levar a desviar do caminho que Deus nos chamou a seguir.

Paulo nos desafia a inverter essa prioridade. Ele nos ensina que, se queremos ser servos fiéis de Cristo, devemos colocar a vontade de Deus acima das expectativas humanas. Isso pode significar fazer escolhas impopulares, manter convicções firmes mesmo diante da oposição, e resistir à tentação de agradar às multidões. No entanto, ao fazermos isso, encontramos liberdade e propósito verdadeiros.

No final, Paulo nos lembra que o evangelho que ele prega não é algo de origem humana (v. 11-12), mas uma revelação direta de Jesus Cristo. Quando colocamos nossa confiança e aprovação em Deus, em vez de nos homens, encontramos a verdadeira paz e a segurança de estar no caminho certo, pois servimos a um Mestre que nos guia para a vida eterna.


5. Coração dividido entre Deus e ídolos (Ezequiel 14:3)


3 "Filho do homem, estes homens ergueram ídolos em seus corações e puseram tropeços ímpios diante de si. Devo deixar que me consultem?
4. Ora, diga-lhes: Assim diz o Soberano, o Senhor: Quan­do qualquer israelita erguer ídolos em seu coração e puser um tropeço ímpio diante do seu rosto e depois for consultar um profeta, eu o Senhor, eu mesmo, responderei a ele conforme a sua idolatria.
5. Isto farei para reconquistar o coração da nação de Israel, que me abandonou em troca de seus ídolos.

Em Ezequiel 14:3, Deus confronta o povo de Israel por sua idolatria, expondo uma verdade espiritual profunda: "Filho do homem, estes homens ergueram ídolos em seus corações e puseram tropeços ímpios diante de si. Devo deixar que me consultem?". A idolatria aqui mencionada não é apenas física, mas espiritual e emocional — uma condição do coração.

O conceito de ídolos no coração vai além das imagens esculpidas ou deuses de pedra. Refere-se a qualquer coisa ou pessoa que tomamos como prioridade em nossas vidas, colocando-a acima de Deus. No contexto de Israel, os ídolos eram muitas vezes deuses pagãos ou práticas religiosas que afastavam o povo do verdadeiro culto ao Senhor. Mas, no nível pessoal, ídolos podem ser nossos desejos, ambições, relacionamentos, bens materiais ou até mesmo nossos próprios egos.

O versículo seguinte (v. 4) deixa claro que, mesmo quando essas pessoas procuram o conselho de Deus, Ele responderá de acordo com a idolatria que elas mantêm no coração. Essa resposta revela uma verdade inquietante: Deus não é indiferente ao que carregamos em nossos corações. Ele observa atentamente onde está nossa verdadeira lealdade.

No versículo 5, vemos o propósito dessa repreensão divina: "Isto farei para reconquistar o coração da nação de Israel, que me abandonou em troca de seus ídolos." O objetivo de Deus não é punir por vingança, mas corrigir por amor. Ele deseja reconquistar o coração do seu povo, levando-os a abandonar os ídolos que os afastam d'Ele.

Para nós hoje, este texto é um lembrete poderoso de que não podemos dividir nosso coração entre Deus e outras "divindades". Qualquer coisa que ocupe o lugar de Deus em nossa vida se torna um tropeço — algo que nos impede de seguir o caminho da justiça e da comunhão com Ele. A idolatria moderna pode se manifestar de muitas maneiras: dinheiro, sucesso, status, vícios, ou até mesmo o desejo obsessivo de controle e poder.

Deus, em sua graça, está sempre buscando o retorno do nosso coração para Ele. Como em Israel, Ele nos chama a remover os ídolos do coração e a restaurar nossa fidelidade e devoção a Ele. Essa mensagem de Ezequiel é um convite ao arrependimento e à reflexão: quais são os "ídolos" que têm ocupado nossos corações? E como podemos, com a ajuda de Deus, restaurar o lugar d'Ele como a prioridade suprema em nossas vidas?

Através dos diversos textos bíblicos apresentados, emerge uma mensagem central de grande profundidade espiritual: a humildade e a dependência de Deus são as chaves para uma vida verdadeiramente plena e sábia, enquanto o orgulho, a idolatria e a busca por aprovação humana conduzem inevitavelmente à ruína.

Nos Provérbios 16, somos alertados para os perigos do orgulho e da autossuficiência, que precedem a queda. A soberba é contrastada com a sabedoria e a prudência, que são mais valiosas que qualquer riqueza material. A lição é clara: a verdadeira grandeza e segurança estão em desviar-se do mal e manter a humildade diante de Deus. O coração sábio, que busca o bem e confia no Senhor, encontra paz e direção.

Em Gálatas 1, o apóstolo Paulo enfatiza a necessidade de buscar a aprovação de Deus acima da aprovação dos homens. Ele revela que seu evangelho não provém de origens humanas, mas de uma revelação divina. Aqui, vemos um forte alerta contra a tentação de moldar nossa fé e conduta para agradar ao mundo, pois isso nos afastaria do verdadeiro serviço a Cristo. Paulo desafia os crentes a manterem-se firmes no evangelho puro, independentemente das pressões externas, e a viverem para a glória de Deus.

Já em Ezequiel 14, encontramos um apelo direto contra a **idolatria**, que não é apenas física, mas também uma condição do coração. Os israelitas haviam erguido ídolos em seus corações, afastando-se de Deus. Aqui, Deus deixa claro que não tolera a divisão do coração entre Ele e qualquer outra coisa, e que responderá conforme a idolatria de cada um. Contudo, Seu propósito não é simplesmente julgar, mas reconquistar o coração de seu povo, trazendo-os de volta à comunhão e fidelidade.

A idolatria do coração, a *busca por aprovação humana e o orgulho são manifestações de um desvio espiritual que nos afastam da verdadeira vida em Deus. Ao refletir sobre esses textos, fica evidente que o chamado de Deus é para uma vida de humildade*, dependência, e total devoção a Ele. Somente ao remover os ídolos que ocupam nosso coração, ao rejeitar o desejo de agradar aos homens, e ao nos mantermos vigilantes contra o orgulho, podemos experimentar a verdadeira paz, sabedoria, e a comunhão profunda com Deus.

A mensagem final que todos esses textos trazem é a de um Deus amoroso que busca a transformação do coração humano. Ele nos alerta sobre os perigos que nos cercam, mas também nos oferece a oportunidade de redirecionar nossas vidas para Ele, encontrando salvação, alegria e sentido na dependência total de Seu amor e soberania.


Posts recentes

Ver tudo

Comments

Rated 0 out of 5 stars.
No ratings yet

Add a rating
  • TikTok
  • Instagram
  • Youtube
  • Amazon - Black Circle

© 2022 by Canal Método e Valor 

Aviso Importante: O conteúdo deste site Método e Valor (Citações e Reflexões) é de desenvolvimento pessoal, reflete opiniões pessoais e não constitui aconselhamento profissional. Não nos responsabilizamos por possíveis consequências decorrentes da interpretação das informações. Recomendamos exercer discernimento e buscar orientação profissional quando necessário. Nosso objetivo é fazer com que você busque construir um pensamento crítico, além dos artigos do nosso site.

bottom of page