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A História da Independência do Brasil: suas causas e consequências, a importância dos Desfiles de 7 de Setembro

A história do Brasil até o momento da Independência em 7 de setembro de 1822 é marcada por uma série de transformações políticas, sociais e culturais que moldaram a identidade da nação. Desde a chegada da Família Real portuguesa em 1808, o país passou a viver um período de avanço como constituição de Estado. Afinal o centro político de Portugal estava agora em solo brasileiro e algumas coisas precisavam avançar para o conforto e segurança da realeza, e isso refletiu em um certo aquecimento nos interesses políticos locais. Assim, podemos dizer que a transferência da corte para o Brasil não apenas trouxe investimentos em infraestrutura, mas também criou um ambiente propício para o surgimento de uma classe política brasileira, cada vez mais consciente de sua autonomia.




Em 1818, quando Dom João VI foi coroado rei em terras brasileiras, a moral política do país foi elevada, gerando insatisfação entre os portugueses que desejavam retomar o controle. 

Durante os 13 anos em que Dom João VI residiu no Rio de Janeiro, o povo português enfrentou severas dificuldades em Portugal, incluindo fome e sofrimento generalizados. A população lusitana sofreu uma perda significativa de meio milhão de habitantes, seja por causa da miséria e das guerras, ou pela emigração em busca de melhores condições de vida em outros países.

Esse cenário de crises frequentes gerou uma onda de revoltas que clamavam pelo retorno do rei a Lisboa. A Revolução Liberal do Porto, ocorrida em 1820, foi um evento crucial nesse contexto.

Diante da iminente ameaça de perder o trono, Dom João VI decidiu voltar a Lisboa em abril de 1821. Antes de embarcar, fez uma declaração ao príncipe-regente Pedro: “Se o Brasil se separar, que seja antes para ti, que me respeitarás, do que para algum desses aventureiros.”

Essas palavras se mostraram proféticas, como os eventos de 1822 viriam a confirmar.

Esse momento preparou o terreno para um crescente descontentamento entre os brasileiros, que viam a autonomia sendo ameaçada pelas Cortes portuguesas.

A tensão política culminou no Dia do Fico, ocorrido em 9 de janeiro de 1822, é um marco significativo na história do Brasil, quando Dom Pedro I decidiu permanecer no país, desafiando as ordens das Cortes Portuguesas que exigiam seu retorno a Portugal. 

A decisão de Dom Pedro foi amplamente apoiada pela população, que clamava por sua permanência. Ele comunicou sua escolha em um discurso na varanda do Paço Imperial, simbolizando um rompimento com o domínio português e o início de um caminho que culminaria na Independência do Brasil. O apoio popular foi fundamental para solidificar sua posição e marcar o início de uma série de eventos que levariam à separação oficial do Brasil de Portugal.

A tensão entre Brasil e Portugal continuou a crescer após o Dia do Fico, e apenas três dias depois, em 12 de janeiro de 1822, o Rio de Janeiro foi abalado por um motim liderado pelo General Jorge Avilez e suas tropas portuguesas. Dom Pedro, ao perceber a instabilidade política, tentou negociar, mas suas tentativas foram frustradas. A situação se tornava insustentável, e a urgência de agir se intensificava. Ele decidiu retirar sua família da capital e levar a esposa, Dona Leopoldina, e seus filhos para o interior, longe da confusão.

Durante essa fuga, o príncipe Dom João Carlos, primogênito de Dom Pedro, adoeceu e faleceu em 4 de fevereiro de 1822. A morte do filho foi um golpe devastador para Dom Pedro e Dona Leopoldina, que culparam os portugueses pela necessidade de uma fuga apressada e nas piores condições. Dom Pedro, tomado pela cólera e pela dor, escreveu uma carta ao pai, responsabilizando os soldados portugueses pela tragédia familiar.

Esse momento de crise pessoal e política se tornou um catalisador para a determinação de Dom Pedro em buscar a independência. Ao lado de seus aliados mais próximos, como sua esposa e o ministro José Bonifácio, ele começou a consolidar a ideia de que o Brasil precisava se separar de Portugal. A indignação acumulada e o clamor por autonomia foram fundamentais para que Dom Pedro apoiasse a proclamação da independência no dia 7 de setembro de 1822, mitificado como o grito às margens do rio Ipiranga.

A declaração de independência parece para nós como algo simples, que se resume a um retrato histórico pintado de uma única batalha às margens de um riacho, com Dom Pedro de espadas levantadas e gritando “Independência ou morte!”. 

Entretanto, após a declaração de independência em 7 de setembro de 1822, o país enfrentou resistência significativa, especialmente das tropas leais a Portugal. A guerra pela independência não foi uma transição pacífica; várias províncias, como Grão-Pará, Maranhão e Bahia, tiveram que lutar contra a resistência portuguesa. A Bahia, por exemplo, só foi libertada em julho de 1823, evidenciando as divisões internas entre as províncias.

Esses conflitos revelaram que, mesmo após a declaração de independência, muitas regiões do Brasil ainda mantinham laços fortes com Portugal. Essa realidade complexa destaca a necessidade de um entendimento mais profundo sobre o processo de independência, que envolveu não apenas a figura de Dom Pedro, mas também uma série de interesses regionais, econômicos e sociais que influenciaram o desenrolar da história. Lembre-se que na época não haviam telefones e nem internet, logo, as notícias não chegavam com facilidade nas regiões mais afastadas do centro político da Coroa, e logicamente, havia partes do Brasil, que não se sentiam tão ameaçadas assim pela Coroa Portuguesa, ou que não enxergavam neste movimento de independência, uma oportunidade melhor do que manter os laços com Portugal. 

Em outro aspectos, nossa população era em sua maioria, marginalizada devido a escravidão, pobreza, analfabetismo e a falta de controle estatal nas regiões mais afastadas das províncias brasileiras. 

O contexto multifacetado da independência é essencial para entender a construção da identidade nacional brasileira e as tensões que marcaram os primeiros anos do novo império. 

Entre as batalhas mais famosas que aprendemos na escola podemos citar: Batalha de Itaparica (1823) na ilha de Itaparica, na Bahia, onde as tropas brasileiras enfrentaram os portugueses. A Batalha de Pirajá (1822): um embate importante onde as forças brasileiras, lideradas por soldados sob o comando de Luís Alves de Lima e Silva (futuro Duque de Caxias), conseguiram repelir os portugueses. Essa batalha foi crucial para a resistência na região da Bahia. A Batalha do Jenipapo (1823): no Piauí, a qual envolveu a luta entre os patriotas e as tropas portuguesas. Embora não tenha resultado em uma vitória decisiva, mostrou a determinação das províncias em se separar de Portugal. O Conflitos no Grão-Pará e Maranhão, consistente em uma série de revoltas e confrontos nas províncias do Grão-Pará e Maranhão, onde as tropas leais a Portugal resistiram ao controle brasileiro.

Mas você deve estar perguntando o Sul do Estado? 

A participação das províncias do sul do Brasil (especialmente Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul) no processo de independência foi mais sutil em comparação com outras regiões, como Bahia e Pernambuco. 

No início do processo de independência, as províncias do sul estavam mais distantes dos acontecimentos em São Paulo e no Rio de Janeiro. A comunicação e o transporte eram limitados, e, portanto, a reação a eventos como o grito do Ipiranga foi mais lenta.

Em 1822 e 1823, algumas províncias do sul começaram a se mobilizar em busca de autonomia. Por exemplo, o movimento conhecido como "Farrapos" no Rio Grande do Sul, que começou em 1835, tinha raízes em descontentamentos que surgiram durante o período da independência, embora tenha ocorrido posteriormente.

Além da distância, haviam os interesses comerciais das províncias do sul, especialmente no que diz respeito ao comércio com Portugal e a relação com o mercado interno brasileiro, influenciaram sua postura em relação à independência. Havia preocupações sobre como a separação impactaria as relações comerciais.

Embora as províncias do sul não tenham sido protagonistas em batalhas significativas durante a declaração da independência, muitas elites locais eventualmente apoiaram Dom Pedro I e a nova ordem nacional, reconhecendo a necessidade de um governo central forte para garantir a estabilidade.

Após a independência, as províncias do sul se envolveram em conflitos e tensões que refletiram o descontentamento com o governo central, como a Revolução Farroupilha, a partir de 1835, que, embora não tenha ocorrido imediatamente após a independência, foi uma consequência dos descontentamentos acumulados no período.

Outro centro importante está Minas Gerais, uma das províncias mais ricas e populosas do Brasil no início do século XIX, com uma forte elite comercial e intelectual. Essa riqueza e a crescente insatisfação com a administração portuguesa criaram um ambiente propício para o desejo de autonomia.

Embora Minas Gerais não tenha sido o epicentro dos eventos que culminaram na independência em 1822, a província teve uma participação ativa no processo. Os mineiros estavam bem informados sobre os acontecimentos em outras partes do Brasil e na Europa, e muitos deles apoiaram a ideia de independência.

Após a declaração de independência de Dom Pedro I, muitos líderes e intelectuais mineiros, incluindo Joaquim Gonçalves Ledo, se tornaram defensores da causa da independência. Eles viam em Dom Pedro um líder capaz de unir os interesses das diferentes províncias e fortalecer a nova nação.

Minas Gerais enfrentou suas próprias tensões internas durante o processo de independência. Em 1822, houve um movimento de insurreição conhecido como "Confederação do Equador", que surgiu em parte da insatisfação com o governo central e a centralização do poder no Rio de Janeiro. Este movimento, embora não exclusivamente mineiro, incluiu a participação de mineiros descontentes.

A elite local estava interessada em manter seus interesses econômicos e garantir que a nova ordem não prejudicasse suas atividades comerciais. Durante a luta pela independência, algumas batalhas e conflitos ocorreram em Minas Gerais, embora não tenham sido tão proeminentes quanto os de outras regiões, como a Bahia ou Pernambuco. A província serviu como um importante centro de apoio logístico e de mobilização para os que lutavam pela autonomia.

Podemos perceber que embora Dom Pedro tenha proclamado a separação, a luta pela autonomia envolveu um processo de convencimento políticos e conflitos armados em diversas províncias. As tropas portuguesas resistiram, levando a confrontos em locais como Grão-Pará, Maranhão e Bahia. O último reduto a ser liberado foi a Bahia, que só expulsou as tropas portuguesas em julho de 1823. Esses conflitos expuseram as divisões internas do Brasil, onde algumas províncias ainda se sentiam mais ligadas a Portugal do que à nova nação.

A coroação de Dom Pedro como imperador em 1º de dezembro de 1822, apesar das vitórias militares, não resolveu todos os desafios. O novo imperador teve que lidar com questões internas complexas, como a falta de unidade nacional e a oposição de elites que se beneficiavam do sistema colonial. Além disso, a luta pela independência não era apenas política, mas também social, uma vez que a escravidão continuava a ser uma realidade desafiadora, sendo uma questão delicada que Dom Pedro e seus aliados preferiram evitar para garantir a coesão entre as elites.


Gerada por IA - 7 setembro de 1822
Gerada por IA - 7 setembro de 1822

Assim, o Grito do Ipiranga não foi apenas uma declaração de independência, mas um chamado para a construção de uma nova nação. Um processo demorado, haviam muitas questões a ser resolvidas. Era preciso parar com os conflitos pela independência e começar a construir o Estado Brasileiro, mas como fazer isso em meio a um país dividido entre apoiadores da Coroa Portuguesa e insurgentes pela independência? 

Dom Pedro I buscou consolidar seu governo e garantir a autonomia do Brasil, mas isso envolveu custos elevados.

Um dos principais aspectos da independência foi a negociação de uma indenização ao governo português. Portugal reivindicava compensações financeiras pela perda de suas colônias, e o Brasil acabou assumindo uma dívida significativa para garantir sua independência, e o principal, o reconhecimento internacional, pois de nada adiantava ganhar os conflitos internos, se não tivesse apoio de países como Inglaterra, Espanha, EUA, e para isso, precisávamos de Portugal.

O Brasil pagou a Portugal um valor significativo pela sua independência, que foi formalizada em 1825. O acordo estipulou que o Brasil reconheceria a independência de Portugal e, em troca, pagaria uma indenização de 2 milhões de libras esterlinas (cerca de 4 milhões de réis na época). Esse valor foi uma forma de compensação pelas perdas financeiras que Portugal alegava ter sofrido devido à independência do Brasil.

O pagamento foi parte do Tratado de Paz e Amizade, assinado em 29 de agosto de 1825, que formalizou o reconhecimento da independência do Brasil por Portugal. Isso teve um impacto econômico significativo, contribuindo para as dificuldades financeiras do Brasil, e criou um descontentamento político dos apoiadores de Dom Pedro, por considerar injusto dispor desse capital aos seus algozes. 

E ainda, o problema maior era: lembra que com a chegada da Coroa Portuguesa, o Banco do Brasil foi fundado em 1808, com o objetivo de financiar as atividades do governo e estimular o desenvolvimento econômico? Atuando como uma instituição financeira importante, promovendo a emissão de moeda, a concessão de empréstimos e a facilitação do comércio. Sendo fundamental para a administração fiscal do Império, especialmente no período de transição para a independência. 

Tudo parecia ir bem. Com a Coroa aqui no país, houve um incentivo ao desenvolvimento de infraestrutura, educação, arte, incluindo a construção de estradas, pontes e a promoção de atividades agrícolas e industriais, que foram fundamentais para a economia do Brasil.

Acontece que durante a independência, o Banco do Brasil ajudou a financiar as atividades do governo de Dom Pedro I, além de gerenciar a dívida pública e facilitar transações comerciais. O problema é que a inflação e a instabilidade financeira, resultantes da guerra e da transição política, ferrou com o sistema monetário.

O Brasil enfrentou sérias dificuldades financeiras após a independência, exacerbadas pela dívida assumida em relação a Portugal e a instabilidade política. O Banco do Brasil teve que lidar com a desvalorização da moeda e a inflação crescente.

Dom Pedro, com o apoio do banco, implementou medidas para estabilizar a economia, mas o processo foi lento e complicado, e o impacto das dívidas continuou a ser um problema nos anos seguintes.

A dívida e as despesas associadas à construção de um novo governo levaram a um colapso econômico, resultando em crises fiscais e instabilidade monetária. 

A pressão sobre o sistema monetário, combinada com a necessidade de financiar a nova administração e a defesa do território, resultou em inflação e desvalorização da moeda. O governo enfrentou desafios na arrecadação de impostos e na manutenção da ordem econômica. Em parte, porque sem unificação e sem um Estado forte, o novo Brasil se tornou um faroeste, uma terra de ninguém. 

As revoltas de Dom Pedro não eram compostas por um “exército brasileiro”, mas de escravos e pessoas a rogo das forças políticas, e com uma parte dissidente do exército português.  

As dificuldades econômicas levaram a um aumento do descontentamento entre a população, que viu seus padrões de vida serem afetados pela instabilidade financeira. Isso contribuiu para a insatisfação política e social nos anos seguintes.

O fim das guerras pela independência e a eventual aceitação da autonomia brasileira por Portugal, com o reconhecimento formal em 1825, marcou o início de uma nova era para o Brasil. A Independência trouxe consigo não apenas uma nova estrutura política, com a adoção da Monarquia Constitucional e a elaboração da primeira Constituição em 1824, mas também a criação de símbolos nacionais que ajudariam a consolidar a identidade do novo país.

Embora a independência não tenha imediatamente resolvido questões como a escravidão e as tensões internas, estabeleceu um ponto de partida crucial para a construção do Brasil como nação soberana. O sentimento de pertencimento, a identificação com a nova identidade brasileira, apesar de lenta, pois parte da população era analfabeta, escrava e marginalizada, e a riqueza se concentrava nas mãos de poucos, e as cicatrizes do passado e do presente dificultou a formação de uma identidade mais imediata, foi inegável que mudou o paradigma para o avanço para uma maior autonomia política. A construção de um Brasil independente e coeso exigiu não só vitórias militares, mas também um profundo processo de integração e formação de uma consciência nacional, e até hoje reflete uma estrutura social e cicatrizes do passado na população.

Mas afinal, isso é a criação de uma sociedade, vários choques culturais, conflitos e mudanças de paradigmas, que se aglutinam e vai criando senso de pertencimento e construção de um povo forte. 

O valor das representações de desfiles de 7 de setembro é um ritual, um símbolo que se destaca como uma peça essencial na coesão social. 

A celebração do 7 de setembro não é apenas uma lembrança de um evento histórico, mas um rito que reforça os laços entre os cidadãos e a nação. Confúcio acreditava que os ritos e tradições desempenham um papel crucial na manutenção da ordem e na promoção da moralidade dentro de uma sociedade. No Brasil, a comemoração do Dia da Independência serve como um momento de reflexão sobre o passado, celebração das conquistas e reforço do compromisso com os valores e a identidade nacional.

Portanto, a importância do 7 de setembro vai além do simples relato histórico; ele representa um rito que perpetua o espírito de liberdade, autonomia e unidade que foram fundamentais na formação do Brasil moderno.

Um homem de valor, deve manter sua raízes firmes com o Estado a que pertence, estar disposto a defendê-lo, porque a queda de uma nação é a queda de sua família. Se você despreza o papel das forças armadas e da segurança pública na sociedade, significa que está se omitindo em relação á violência e a anarquia. 

Um conselho importante que tenho comigo é o de que “Homens fracos criam tempos difíceis, tempos difíceis criam homens fortes, homens fortes criam tempos fáceis, tempos fáceis criam homens fracos”, e assim segue o ciclo. 

Sun Tzu, abre seu livro com uma frase maravilhosa: "A guerra é de vital importância para o Estado; é o domínio da vida ou da morte; o caminho que leva à sobrevivência ou à ruína. É imperativo, portanto, que se estude a guerra."

Essa ideia de que a guerra não é apenas um aspecto das relações internacionais, mas uma questão central para a manutenção e a segurança do Estado. Sun Tzu enfatiza a necessidade de planejamento estratégico e preparação para garantir a sobrevivência e a prosperidade de uma nação. A paz não se alcança com rosas, a paz se alcança através do equilíbrio de forças. É ilusório pensar que no mundo não haverá homens maus ou que todo homem nasce bom, e só está em uma fase de incompreensão pela violência do Estado que sofreu - isso é demagogia, há homens que somente entendem os aspecto da balança de força, se tu demonstrar fraqueza, se tornar um alvo fácil, se fores dócil, torna-se vítima indefesa. Repare que assaltantes em geral não tentam roubar celular de homens altos, barba longa, cara de poucos amigos, a não ser que o criminoso entenda estar com poder de fogo maior… a vitimologia prefere pessoas vulneráveis, geralmente, mulheres, homens com linguagem corporal fraca, dóceis. 

Por isso, você como pai e homem, devem ensinar ao seu filho a nutrir o sentimento de pertencimento como brasileiro, a se inspirar e ser esse elo de proteção. Porque, ser subjugado por outros homens, significa ser violentado em sua capacidade de proteger e de prover. 

A celebração é uma oportunidade para que cada brasileiro reconheça e valorize o caminho percorrido para chegar à atualidade e, ao mesmo tempo, para reafirmar o compromisso com os princípios que sustentam a nação. Afasta-se destes movimentos barulhento antipatriota, patriota embora tenha ganhado um aspecto negativo em decorrência de intelectuais de esquerda, significa em verdade, nutrir amor pela sua cultura, amor pelo seu país, orgulho nacional, sentir-se parte de uma ideia de povo, estar disponível para defender seu território, porque se o Estado cair, a segurança familiar, a seguridade social, a cultura como conhecemos dá lugar a agressão e a autodefesa. 

De acordo com o sociólogo Benedict Anderson, em sua obra "Comunidades Imaginadas", a nação é construída a partir de narrativas compartilhadas que unem pessoas, mesmo que não se conheçam pessoalmente. Essa construção coletiva da identidade nacional proporciona um senso de pertencimento e solidariedade que transcende as diferenças regionais, étnicas e sociais. 

Anderson argumenta que o sentimento nacional é crucial para a formação de um "nós", que dá sentido à luta comum por objetivos coletivos, como a construção da democracia e a promoção da justiça social.

A psicologia social também contribui para essa discussão. O psicólogo Henri Tajfel, através da Teoria da Identidade Social, demonstra que as pessoas tendem a se identificar com grupos que compartilham características comuns, como a nacionalidade. Essa identificação gera um forte vínculo emocional, levando à coesão e à solidariedade entre os membros do grupo. Um sentimento nacional saudável pode promover a empatia, a cooperação e o apoio mútuo, essenciais para o desenvolvimento social e econômico de um país.

Além disso, nas palavras do professor Francis Fukuyama, o patriotismo — é uma forma de sentimento nacional — é vital para a estabilidade política. Sugerindo que sociedades com um forte senso de identidade nacional tendem a ser mais resilientes em face de crises, pois os cidadãos estão mais propensos a colaborar e a sacrificar interesses individuais em prol do bem maior. O patriotismo, quando fundamentado em valores democráticos e na promoção do bem-estar coletivo, pode servir como um alicerce para a construção de instituições políticas eficazes e para a mobilização da população em torno de causas sociais.

Ao celebrarmos a nossa história e os ritos que a permeiam, como o Dia da Independência, contribuímos para a formação de uma identidade coletiva que não apenas nos conecta ao passado, mas também nos guia em direção a um futuro mais justo e próspero. A promoção desse sentimento deve ser um esforço contínuo, que inclua todos os cidadãos e respeite a diversidade que enriquece a nação.


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