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A Cabala Judaica e a Arte de Ser Feliz: Sete Práticas para Iluminar sua Vida | Ian Mecler

Atualizado: 17 de nov. de 2023

O artigo de hoje tem como base a Cabala, a mais antiga sabedoria registrada do planeta, anterior a todas as religiões e da qual todos os caminhos se originaram. A Cabala é, possivelmente, a maior herança espiritual do mundo. Reunindo ensinamentos místicos com explicações para os principais mistérios da existência, ela revela ainda os inúmeros códigos do Antigo Testamento da Bíblia e importantes lições sobre nossa alma, ajudando a melhorar nossa percepção e relação com as dificuldades encontradas em nosso caminho.



Neste texto vamos explicar as ideias do autor Ian Mecler no livro A cabala e a Arte de Ser Feliz, sete práticas para iluminar sua vida.


A partir de agora iremos dar a você as chaves para que decodifique o real sentido da vida e que explique a arte de ser feliz, pois uma vez assimilada, ajudará você a se tornar uma pessoa muito mais divertida e espontânea. Fique conosco até o final, pois navegaremos por um caminho completo, com ensinamentos realmente transformadores, que permitirão a você aproveitar muito melhor uma grande oportunidade que lhe foi dada: a sua vida.


Vamos trabalhar as setes poderosas habilidades existentes no ensinamento isaelense da Cabala, aprenderemos a cultivar da forma correta o Desejo, a escolha, a sintonia, meditação, o propósito, o refinamento e o amor.


A primeira habilidade é O DESEJO. Somente ao conhecer mais profundamente os nossos desejos poderemos distinguir os que nos empurram para baixo daqueles que nos movem em direção à Luz.


Observe que para o homem, diferentemente dos outros animais, o exercício da sobrevivência não basta: Comer, beber, respirar e procriar. Tais atividades, embora essenciais para nós, estão longe da totalidade da nossa existência. Possuímos um desejo muito mais complexo: precisamos de realização. Mas essa busca pela realização acaba trazendo efeitos colaterais. Repleto de desejos não concretizados, o homem acaba sendo contaminado por uma frustração crescente


Você pensa que será feliz, por exemplo, quando tiver uma excelente condição financeira. Assim dedica a maior parte de seu tempo a conquistar esse desejo. Trabalha exaustivamente, anos a fio, sem medir esforços para atingir seu objetivo. Finalmente prospera e passa a ter uma vida abastada. Mas, neste momento, já não lembra mais que esse era o objetivo de sua vida. A meta agora será ter mais, ou fazer mais. E, quando abrir os olhos, seus filhos já terão crescido. É assim que se perde a grande oportunidade que é a vida


E para não deixar que os dias passem em vão, precisamos conhecer mais sobre os nossos desejos, entender que, quando almejamos um bem material, queremos algo que está além do objeto, está escondido uma intenção maior de satisfação.


Veja um exemplo: digamos que você queira comprar um carro novo. Na verdade, você não deseja o carro, mas sim o estado emocional que pode ser alcançado com a sua compra. Seja como for, você não busca realmente o objeto físico, mas sim os elementos extrafísicos.


Uma pessoa que pretende se tornar mais sábia e quer entender os mistérios da existência também busca os mesmos elementos extrafísicos. O desejo dela é aparentemente muito diferente daquele de quem trabalha anos para comprar um carro novo. Assim como quem sonha com o bem material, aquele que deseja sabedoria também não busca algo tangível. Pode ser que almeje o prazer de se tornar um ser humano melhor ou alimentar o próprio ego com o reconhecimento alheio.


O importante é entender que, em ambos os casos, as pessoas são movidas pelo desejo. E mais, que a essência desse desejo é sempre algo extrafísico. Faça uma experiência: feche os olhos e liste o que você mais ambiciona na vida. Listou? Provavelmente você pensou em coisas como: Felicidade, Bem-estar, Segurança, Paz de espírito, Alegria, Amor, Sabedoria, Autorrealização… Repare que nenhum desses itens é um objeto físico. É muito importante entender isso, para não cair na armadilha de se dedicar apenas aos atrativos do mundo aparente, o mundo percebido pelos cinco sentidos


Um menino sonha com uma bicicleta. Ele então aprende sobre uma poderosa lei de atração que diz que, se ele desejar algo profundamente, acabará conquistando o objeto desejado. Mas quem disse que ter a bicicleta é o ideal para ele? Pode ser que, exatamente por não tê-la, ele venha a se tornar um ser humano muito melhor.


Perceba que tudo isso é importante, mas, mesmo que seja concretizado, não nos sacia. E você compreende por quê? Porque, normalmente, sabemos muito pouco sobre o que desejamos.


De acordo com a milenar sabedoria da Cabala, todo ser vivo é guiado pelo desejo. Isso difere muito do pensamento oriental tradicional, que prega a ausência do desejo. Mas será que é possível esvaziar-se das suas vontades? Fazer isso por si só não seria também um desejo?


O fato é que você pode diminuir a sua ansiedade, mas não o seu desejo. E se ele faz parte de nossa natureza, não há nada de errado em alimentá-lo. Afinal, quanto mais desejamos receber, mais podemos compartilhar. Quem não tem afeto não pode dar afeto. Quem não aprendeu, não pode ensinar.


Embora possam parecer muito variados em tipo e intensidade, todos os desejos podem se desdobrar em duas classes: O desejo de receber só para si (egoísmo) e O desejo de receber para compartilhar (cooperação).


O desejo de receber só para si acontece sempre que cedemos aos nossos impulsos egoístas. Quando queremos, por exemplo, ganhar mais do que o outro. Assim você se torna cada vez mais egocentrado até que, em algum momento, se produz um curto-circuito em sua alma.


Já a segunda classe de desejo, a de receber para compartilhar, diferentemente da primeira, nos impulsiona para cima, para o bem-estar, e nos faz crescer. Se queremos ter muita prosperidade, é para espalharmos a fartura entre as pessoas. Se desejamos receber amor, é para distribuí-lo. E se pretendemos desenvolver nossa consciência, é para também ajudar o próximo.


O Ian Mecler, exemplifica que Abel representa o desejo de receber para compartilhar. Assim aparece na Bíblia: “E trouxe Caim, do fruto da terra, uma oferta ao Eterno. E Abel também trouxe uma oferta, de suas ovelhas. E aceitou o Eterno a oferta de Abel. E a de Caim não aceitou... e levantou-se Caim contra Abel, seu irmão, e o matou.


A história é uma metáfora de dois arquétipos do desejo. Abel é o personagem movido por sua essência divina e que queria compartilhar tudo aquilo que recebia. Caim era levado pelo desejo de receber só para si, ele não tinha o desejo genuíno de compartilhar, ele queria a aprovação de Deus, movia-se pela inveja e vaidade.


A oferta de Abel era desprovida de segundas intenções e, por isso, foi aceita de bom grado.


E este é o desdobramento mais comum para o desejo de receber só para si: a energia de falência.


Muito diferente é o resultado vivenciado por quem compartilha o que recebe. Foi o que Bill Gates, que chegou a ser o homem mais rico do mundo, fez na administração de seus negócios. Quando sua empresa começou a crescer, junto cresceram os salários de seus funcionários. Então ele criou uma mega fundação, investindo em ações de futuro para milhões de crianças.


Pouco depois, o megainvestidor Warren Buffet, segundo homem mais rico do mundo, aderiu à ideia e doou a maior parte de sua fortuna para essa fundação. E você sabe por que eles fizeram isso? Porque experimentaram a sensação de realização advinda do compartilhar.


Por isso, a PRÁTICA DO DESEJO é uma ótima maneira de experimentar esta habilidade e fazer uma grande arrumação em sua vida material. Comece pela sua casa. Doe para quem precisar tudo aquilo que já não tem utilidade para você. O que não servir mais, jogue fora. Sua casa é um lugar sagrado e você precisa cuidar dela como se fosse um templo. Isso o ajudará a separar os desejos que o elevam daqueles que produzem prazer temporário e descartável, porque você reconhecerá muitos objetos para os quais dava importância e que hoje não


Outra habilidade importante descrita na cabala é aprender a meditar, eis que “Sou eu que dou significado para tudo o que vejo”.


A solução para a ansiedade e frustração, tão comum nos tempos modernos, está na prática da meditação. Esse exercício será um recurso indispensável no desenvolvimento das sete habilidades da arte de ser feliz.


Por isso, é realmente importante que você experimente a prática da meditação cabalística. Ela é baseada em letras sagradas, as mesmas usadas na versão original e mais sagrada da Bíblia. O poder dessas letras é um mistério que data de cerca de 3.500 anos atrás e que produziu efeitos milagrosos na vida de quem as experimentou.


A seguir vamos apresentar a primeira meditação baseada nessas letras sagradas. Para experimentá-la, é importante, primeiro, que você sente numa posição confortável, em um ambiente o mais silencioso possível. Enquanto contempla as letras, você deve respirar de forma muito profunda. Reflita, inicialmente, sobre a qualidade de seus pensamentos e, depois, esvazie a sua mente. Durante esse tempo, mantenha um padrão de respiração profunda


Meditação para o desejo e de VOCALIZAÇÃO: VERRÚ


A contemplação dessas letras ajuda a criar o estado desperto. Meditando nessa sequência, você estará ampliando sua capacidade de amar e de ser amado, baseado no desejo de compartilhar. Experimente passar de quatro a cinco minutos respirando profundamente e contemplando, concentrado, essas letras. Experimente também a vocalização da meditação. Utilize como referência um mínimo de 10 vocalizações.


A Segunda habilidade importante para a vida feliz está na sua capacidade de ESCOLHA.

Desde que Adão e Eva comeram da árvore do bem e do mal, o homem teve que aprender a existir em um mundo de dupla polaridade. E assim tem sido. Não há um único ser humano na face da Terra que não tenha que lidar com o conflito entre suas inclinações positivas e negativas.


A habilidade da escolha está relacionada à mais antiga batalha do planeta: a luta entre o bem e o mal. E, para explicá-la, recorremos a uma importante passagem da Bíblia. “E disse Deus a Noé: ‘O fim de toda criatura veio perante mim, porque se encheu a terra de roubo por causa deles e eis que os farei perecer juntamente com a terra. Faz para ti uma arca.


Em hebraico, a palavra escrita originalmente é Noach, que pode ser traduzida como “descanso”. Essa é a mensagem central do texto.


Mais do que eventos históricos que ocorreram no passado, os episódios bíblicos segundo o autor são referências a algo que acontece hoje, dentro de cada um de nós


Portanto, quando percebemos um mundo em colapso, precisamos avaliar que parte nossa se encontra em desequilíbrio. E assim, em um momento de caos, somos instruídos a construir uma arca. Ou seja, um reduto de descanso, para meditar e fazer uma autoavaliação. A construção dessa arca é fundamental para que possamos identificar o elemento causador do caos.


Entenda que dentro de nós existem dois distintos personagens: um que se identifica com o caminho da verdade e outro, com o da mentira – como se houvesse um amigo e um inimigo dentro de cada homem.


A Cabala fala muito sobre o inimigo, a quem dá o polêmico nome de Satã. Essa denominação tornou-se muito popular, todavia mal compreendida. Passou-se a atribuir o mal a uma entidade externa, quando, na verdade, ele está muito mais dentro do que fora de nós.


Onde está o inimigo?


Originada da língua hebraica, a palavra Satã pode ser traduzida como obstáculo. E as dificuldades, sem sombra de dúvida, são necessárias para qualquer evolução, logo Satã ou os obstáculos geralmente estão dentro de nós afetando a nossa percepção da realidade.


É importante que você perceba que o obstáculo surge sempre acompanhado de uma possibilidade de escolha. Por exemplo, se o seu casamento não vai bem, o Satã aparece lhe oferecendo uma linda amante. A curto prazo isso pode soar mais atraente do que tentar consertar seu relacionamento. Você tem a opção de aceitar a sugestão e provavelmente obscurecer a Luz de seu casamento. Mas pode também dizer “não” ao Satã e procurar sua parceira para conversar, viajar, se divertir ou tentar o que for necessário para recuperar a alegria original de vocês.


Assim, quando o texto bíblico fala de um momento de colapso no planeta, está se referindo a um período em que as pessoas perderam o poder de escolha, quando não mais conseguiram dizer “não” às suas inclinações negativas. Essa é a ideia de livre arbítrio, lidar com o conflito entre suas inclinações positivas e negativas.


Falamos muito de liberdade, mas será que sabemos o que ela realmente significa?


Nos lendários anos 1970 pregava-se que livre era aquele que fazia o que queria, quando queria, mas, na prática, não funcionou. Com o “tudo pode” muitos casamentos foram destruídos e muitas pessoas morreram pelo uso exagerado de drogas.


Dentro da sabedoria cabalística, o conceito de liberdade é definido de forma diametralmente oposta ao “tudo pode”. Pois torna-se livre aquele que tem a opção de não fazer o que quer. Perceba como isso é o oposto de hoje em dia, a cabala prega que ser livre é podendo fazer o que se deseja, você pode escolher não fazer.


Por exemplo, um animal, que faz sempre aquilo que quer, mas, como se sabe, está longe de ser livre. O animal é totalmente previsível. Se tem fome, não vai sossegar enquanto não comer. Se necessário, agredirá um outro animal, mas vai atender às suas necessidades vitais. Ou seja, o animal, totalmente movido pelo instinto natural, é como uma máquina – programado e sem livre-arbítrio. O homem, e somente ele, tem a possibilidade de negar uma inclinação natural.


Esse é o verdadeiro livre-arbítrio. A capacidade de romper com o padrão de comportamento automático. A capacidade de dizer “não” mesmo quando o instinto natural quer dizer “sim”. E é por isso que todos os caminhos espirituais impõem restrições. Sem elas, não conseguimos ser livres.


Mas o mundo onde vivemos caminha pela direção oposta, incentiva o não ter limite. Tudo é permissivo demais.


Como já vimos, o que realmente desejamos não é o objeto propriamente dito, mas sim o sentimento de felicidade que ele pode trazer.


As mulheres nuas, por exemplo, estão em todos os lugares. Na televisão, nas revistas, nas bancas de jornais. O efeito colateral é grave. Isso naturalmente vai diminuir, se é que já não vem reduzindo, o desejo dos homens pelas mulheres.


Como Noé, temos a possibilidade de refletir sobre nossos núcleos sombrios e começar a dizer “não” para tudo aquilo que é destrutivo. Cada um de nós podemos construir a nossa própria Arca e salvar os valores que melhor moldam nosso caráter.


Todavia, a grande pergunta é: como saber se uma situação que aparece em sua vida representa algo luminoso, fruto de um desejo construtivo, ou uma armadilha de seu inimigo interno?


Segundo a Cabala, há uma cortina que oculta planos invisíveis, que estão interligados com o plano físico onde vivemos do planos além de nossa capacidade racional, as quais se dividiram em 10 camadas, como cortinas que nos separam do plano espiritual.


Para ingressar nos mistérios ocultos, para atravessar a cortina e conhecer os planos invisíveis, é preciso desenvolver uma nova percepção.


A Bíblia, que descreve uma substância infinita, um alimento original, origem e satisfação de tudo do que precisamos: a Luz.


Atualmente, os cientistas afirmam que, no processo de criação, a Luz, substância original, deixou seu estado inicial e passou por várias etapas de densificação, até se transformar em matéria. Os especialistas vão além: em um tratado conhecido como Teoria das Supercordas, eles sugerem que vivemos em um espaço de 10 dimensões. Coincidentemente (ou não), os textos da Cabala, escritos há milhares de anos por mestres que dedicaram suas vidas à percepção do sagrado, também definiram o processo da criação em 10 dimensões.


O mundo físico, onde vivemos, fica após a 10ª cortina. É, portanto, de onde se tem menos visão da totalidade. Ele nos parece limitado porque a cortina nos impede de ir além. Achamos que esse espaço é tudo o que existe, mas, na verdade, esse plano possui não mais do que 10% da representação da realidade total.


Introduzir este tema, para que você possa compreender a concepção de Luz Permanente e a Luz Perecível.


A Luz Perecível deriva do mundo físico, um mundo aparente que só pode ser percebido pelos cinco sentidos. A Luz Permanente é a Luz original, que deriva do mundo infinito, um mundo que não podemos perceber pelos cinco sentidos, mas que nem por isso deixa de existir. É muito importante que você perceba a grande diferença entre as duas.


Por exemplo, como tudo o que existe no mundo material, é perecível. Todos nós já passamos por momentos em que experimentamos a realização passageira. como, você trabalha muito para comprar uma nova TV, com muito mais recursos, mas após tê-la e a euforia passar, seu prazer em relação a ela diminui.


Esse fenômeno acontece de forma similar aos relacionamentos afetivos.


A indústria da propaganda conhece muito bem esse conceito e, por isso, oferece produtos com lindas embalagens. A propaganda de cerveja concentra sua atenção muito mais nas mulheres de biquíni do que no produto. E você, atraído pelo brilho da casca, passa a desejar o produto.


Ao se aproximar da chamada Luz Permanente, você fica muito menos vulnerável ao perecível. Já não se faz necessária tanta troca. Pois, ao se relacionar afetivamente com uma pessoa e enxergá-la na essência, na intimidade, você remove as cascas e entra em contato com uma nova qualidade de energia. Assim, o relacionamento, em vez de perecer, se renova e se torna abençoado.


Pode ser que você não acredite em milagres. Mas analise o seguinte: Qual era a probabilidade de criação da vida organizada em nosso planeta há bilhões de anos, quando não havia sequer uma primeira célula criada? A chance era menor do que 1% e, ainda assim, aconteceu. E a chance de sua existência? Eram milhões de espermatozoides de seu pai e somente um deles poderia ser contemplado com o milagre da vida. Foi o que deu origem a você: não havia 1% de chance e, ainda assim, aconteceu. Qual a probabilidade de revertermos o processo de autodestruição do planeta e criarmos uma nova concepção de vida, baseada no desejo de compartilhar? Talvez não haja 1% de chance e, ainda assim, vamos fazer acontecer.


O primeiro personagem bíblico a atingir uma visão mais ampla da realidade, a remover as cascas, foi o patriarca Abrahão. Ele teve contato com a Luz Permanente e, por isso, conseguiu penetrar nos profundos mistérios de um plano superior e extrafísico. Poucos sabem, mas é atribuída a Abrahão a autoria do Sefer Ietsirá, um manuscrito de 4 mil anos, anterior à Bíblia, do qual se originou grande parte do acervo de conhecimento místico existente no mundo.


O casal já era idoso e, para piorar, ela era estéril. Portanto, a ideia de terem um filho não fazia qualquer sentido. Mas Deus o agraciou com um filho mesmo com a idade avançada. Abrahão era um homem que enxergava além do aparente. Por isso acreditou no improvável. E foi assim que atingiu a dimensão do milagre.


O tempo passou. Com os filhos já criados e certa estabilidade material, os dias tornaram-se todos iguais. E Abrahão sucumbiu ao mal do esquecimento. Passou a levar uma vida comum e voltou a ver através do véu da cortina. Ao se distanciar da Luz Permanente, ficou novamente vulnerável às armadilhas de Satã.


“E disse Deus a Abrahão: ‘Toma, rogo-te, teu filho, teu único, a quem amas, a Isaac, e vai-te à terra de Moriá, e oferece-o ali como oferta de elevação, sobre um dos montes que te direi.


Àquela altura, Isaac já era um homem crescido e sua família levava uma vida muito tranquila. Os dias se repetiam, sempre iguais, um após o outro. Afinal, o que Deus queria dele? Aquela seria mesmo a voz de Deus? Era uma provação da Luz do mundo infinito ou uma armadilha do inimigo interno?


Mesmo sem a resposta, Abrahão caminhou com o filho, por três dias e três noites, rumo à montanha. Foram dias de silêncio e reflexão. Já no topo do monte, e somente então, ele pôde remover as cascas que impediam sua visão. E assim, junto ao seu querido filho, descobriu que o sacrifício já havia sido realizado. O que o patriarca precisava era abrir mão do fácil e do previsível. Aqueles foram três dias de muito sofrimento. Tempo suficiente para Abrahão fazer profundas reflexões. Foi assim que ele percebeu que já não tinha mais um grande propósito e que já não abraçava mais o filho outrora tão desejado.


Essa passagem mostra também que jamais devemos nos deixar acomodar por uma vida aparentemente tranquila e sem desafios. E, principalmente, transmite a mensagem de que devemos valorizar, de uma maneira sempre nova, aqueles que vivem ao nosso lado e a quem tanto amamos


A todo momento precisamos optar entre uma inclinação positiva e uma inclinação negativa. E são essas escolhas que vão moldar o nosso destino. Experimente no dia de hoje dizer “não” para algo que você sabe que lhe faz mal. Nem que seja somente hoje. Para mediar reforçando a capacidade de escolha, encare e vocalize a palavra: OMAM.


A terceira habilidade que trataremos agora é A SINTONIA.

Somente quando você perceber quem realmente atrai os acontecimentos de sua vida é que estará pronto para o início de uma revolução pessoal. Você deixará de ser escolhido e passará a escolher seu próprio destino. Deixará de ser efeito para se tornar causa.


Na verdade, tudo aquilo de que precisamos nesta vida já foi emanado. A grande questão é: o que nós escolhemos receber? Ao entender essa condição, você descobrirá que não é apenas o personagem principal do filme da sua vida, mas também o roteirista.


Como aparelhos de rádio, captamos tudo ao redor. Temos muitas estações disponíveis e escolhemos a cada momento com qual delas devemos sintonizar. Mesmo que pareça simples, só é possível trocar de estação quando se está consciente.


Isaac andava muito sensibilizado com a perda da mãe quando seu pai decidiu enviar seu servo principal para buscar uma esposa para o filho. E assim o servo saiu, acompanhado de 10 camelos, para cumprir sua missão. Ao chegar ao seu destino, o servo se deparou com um grande problema: como deveria proceder para escolher a esposa de Isaac?


Até receber uma resposta para seu dilema: a futura esposa de Isaac deveria ser uma mulher de grande benevolência como Isaac. Logo em seguida ele se aproximou de uma fonte de água e se deparou com a jovem Rebeca, uma moça linda e educada. Ela serviu água para ele e também para todos os seus camelos.


Ele levou a jovem para a casa de Isaac e segundo GÊNESIS 24.63-67, Isaac se apaixonou por ela e a amou, cansando com Rebeca.


Em hebraico, a palavra sorte, que se pronuncia como Mazal, significa também constelação astrológica. Então, de acordo com a tradução correta, a boa sorte não está relacionada ao acaso, mas sim a uma melhor sintonia do receptor de cada indivíduo. Ora, Abrahão era um homem de muita benevolência e escolheu criteriosamente seu servo mais querido para buscar uma esposa para o filho. Isaac, por sua vez, estava orando, em estado profundamente meditativo, quando avistou Rebeca pela primeira vez. Haveria receptor melhor para se encontrar um grande amor? Isaac não encontrara sua alma gêmea por acaso. Aliás, ninguém acha a sua alma gêmea por acaso. Para viver um grande amor é preciso estar receptivo. E é impossível experimentar uma grande paixão quando se está repleto de egoísmo. Nesse estado, só é possível encontrar conflitos e confusão.


Não são poucas as pessoas que se queixam de má sorte na vida amorosa. Quando sozinhas, se sentem infelizes, mas, se estão com alguém, ficam ainda mais tristes. Seria mesmo falta de sorte? Quem é, afinal, o responsável pela qualidade das pessoas que atrai?


Digamos que você tenha problemas com uma pessoa de má índole, aquele tipo de companhia que projeta todas as suas angústias nos outros. Será que você tem alguma coisa a ver com isso? Faça a si mesmo as seguintes perguntas: Por que ela tem problemas comigo e com outros não? O que tenho de parecido com aquela pessoa? O que posso aprender com o comportamento dela?


Não existe caminho sem alegria: o estado de espírito feliz é a melhor maneira de sintonizar o seu receptor para atrair uma ótima sorte.


Experimente observar o mundo por essa ótica e você também vai perceber que sorte e azar não existem. E somente quando compreender que quem realmente sintoniza os acontecimentos de sua vida é você que estará pronto para o início de uma revolução pessoal.


Assim, experimente injetar um estado de grande otimismo em sua vida e você entenderá por que o poder da atração é um fenômeno físico. Procure pensar e agir com muita positividade, mesmo diante das maiores dificuldades. Desta forma, para uma boa sintonia observe as letras “mlr” com a VOCALIZAÇÃO: OLAM e medite.


Pois tudo se inicia com o pensamento. Ele é a semente de todo o resto, já que você é atraído pelas imagens que mantém em sua mente, e tudo o que se passa na sua mente é atraído até você.


A MEDITAÇÃO, é nossa quarta habilidade, e é um estado de consciência pura que nos permite interromper o processo caótico ao qual nossa mente se submete na maior parte do tempo


Pois é assim que a mente funciona: como um tráfego de pensamentos que não cessa nunca. Ideias de todos os tipos, em sua maioria pouco construtivas, desconexas, que não levam a lugar algum. Uma torrente incessante de preocupações e ansiedades


Quer fazer uma experiência? Se possível, comece agora mesmo. Durante alguns minutos, anote em uma folha de papel todos os pensamentos que vêm à sua mente. Depois pegue o papel e leia. Você vai se perguntar em que hospício mora o autor dessas ideias. E vai querer muito se afastar delas.


A meditação é a ferramenta que pode tirar você desse caos. Ela pode interromper o grande tráfego, fazer cessar o barulho incessante.


O ser meditativo procura algo além da breve pausa de 15 minutos por dia. Ele cria uma nova maneira de enxergar a vida.


E então, diante do silêncio conseguimos entrar em profunda meditação. Neste momento ficamos face a face com o maior de nossos inimigos: aquele que morava dentro dele. Por isso é necessário dar um mergulho muito profundo dentro de si. E isso, às vezes dói muito, mas, ao acalmar a mente, podemos perceber de uma perspectiva muito diferente os nossos problemas.


Devemos romper com a imagem falsa de que meditativa é uma pessoa que vive em paz, isolada numa caverna. Na verdade, quanto mais evoluído for um ser humano, mais pessoas estarão à sua volta lhe solicitando ajuda e será necessário que ele enfrente maiores desafios para o seu crescimento.


O comportamento contemplativo combate a forma mais negativa pela qual um homem pode se expressar, definida na Cabala como reatividade. Exemplos de reatividade sempre foram abundantes no mundo e continuam sendo nos dias de hoje: Amizades rompidas pelo calor de uma discussão. Situações trágicas de violência ocasionadas por brigas totalmente desnecessárias. Casamentos destruídos por insistentes e cansativos combates diários. A reatividade se baseia em uma lógica muito simples: se alguém xingar você, xingue de volta. Se alguém bater em você, bata de volta. Parece que funciona, que alivia, mas, na verdade, esse tipo de comportamento só joga a pessoa para baixo.


Se você reage por impulso na hora em que é agredido, pode até se sentir um pouco melhor naquele momento, um pouco aliviado. Mas, posteriormente, terá de lidar com as consequências destrutivas de sua ação reativa. E isso vai causar um efeito posterior muito negativo


Mas nem sempre a reatividade de um indivíduo é medida por seus aspectos exteriores. Muitas vezes ele sente raiva e a guarda dentro de si. Dessa forma, o impulso reativo se volta para dentro.


Existe, no entanto, uma maneira totalmente diferente de se posicionar diante dos obstáculos: ao se sentir agredido, em vez de reagir movido pelo impulso da raiva, injete Luz na situação e assuma as rédeas do problema.


Outra opção é agir contemplativamente. Nesse caso, ao receber a conta, procure meditar, orar, trazer um pouco de Luz para aquela questão. Retire-a da perspectiva reduzida do mundo físico. No intervalo entre o estímulo e a reação, você insere uma respiração, uma meditação, uma oração, enfim, uma ferramenta do mundo não aparente, que vai fazer a reconexão com a Luz.


A partir dessa descoberta, eles desenvolveram uma meditação transformadora, denominada 72 Nomes de Deus. Para praticar essa meditação, você vai usar um quadro que apresenta 72 sequências de letras sagradas. Mas não é necessário saber hebraico para que a meditação dê resultado, mesmo porque essas combinações de três letras não formam nenhuma palavra específica. E você também não vai precisar “ler” as letras: basta visualizá-las atentamente.


Sente, em primeiro lugar, em uma posição confortável, num ambiente o mais silencioso possível. Para cada uma das 72 sequências, faça uma respiração completa (inspiração e expiração). Serão ao todo 72 profundas respirações.


A contemplação desse quadro de letras sagradas ajuda a criar uma sintonia muito mais construtiva para a sua vida. Medite alguns minutos nessas letras, refletindo sobre a qualidade de seus pensamentos e, posteriormente, esvaziando a sua mente.


Meditação para a cura é vizualida pelas letras “y d n” e pela VOCALIZAÇÃO: MERRASH.


Para isso, utilize aqui um copo de água como instrumento de cura. Os mais antigos mestres cabalistas ensinavam que a água carrega poderosos segredos da saúde e da longevidade para o homem. Sendo que recentemente cientistas fotografaram moléculas de água, submetidas a diferentes qualidades de energia,


O resultado dessa pesquisa foi muito interessante: as fotos das moléculas de água submetidas a palavras e pensamentos positivos ficaram lindas, enquanto as fotos da água submetida a palavras e pensamentos negativos revelaram-se assustadoras.


Definido como fazer a meditação, vamos mais além. Vamos explicar mais a fundo o que é o propósito, pois é comum confundir-se propósito com sucesso, mas são coisas bem diferentes. Existem pessoas muito bem-sucedidas que, ainda assim, estão sempre insatisfeitas, simplesmente porque não possuem um propósito para existir.


Desejamos nos sentir importantes para os outros, saber que nossa presença é notada e é valiosa. Esse tipo de pensamento, o de que somos insignificantes, dá vida a um vilão muito perigoso. Seu objetivo, na verdade, é chamar a nossa atenção para a crise da falta do propósito. Uma crise perigosa, responsável pela maioria dos casos de depressão, que pode atingir a vida de qualquer um de nós, independentemente de idade ou nível social


A falta de perspectiva é perigosa porque abre espaço para que o Nada se apresente e se instale em nossa vida.


Muitos são os homens que por muito menos desistem da vida. Tornam-se dependentes de televisão, de informação, de farmácia e, assim, acabam se isolando. Diferentemente do José bíblico, essas pessoas caem diante dos primeiros obstáculos. Abandonam seus sonhos em função de uma opinião negativa ou de uma derrota passageira. Daí a nossa urgência de um propósito que possa vencer o grande Nada e trazer real significado para nossa existência.


Mas como podemos praticar o propósito?


Pegue um pedaço de papel e anote seis metas que você gostaria de consolidar em um ano. Então avalie se essas metas estão relacionadas ao desejo de compartilhar. Guarde esse papel em um lugar seguro, porque você precisará dele daqui a um tempo, quando poderá ler o que escreveu e avaliar o seu progresso.


Sempre que se sentir retorcendo em seu propósito, retorne a meditação contemplando as letras D.A.N, com a vocalização: MABÁ


A sexta habilidade é o refinamento.


Segundo Ian, por milhares de anos os cabalistas carregaram secretamente um conhecimento sobre o poder da lei da atração. Segundo essa lei, tudo que vem a você, absolutamente tudo, é atraído por você mesmo. Ela explica que, quando você se empenha na busca do autoaprimoramento, automaticamente constrói uma nova realidade à sua volta muito mais positiva.


Segundo o autor, a nossa alma é ornamentada, purificada através de três elementos: o pensamento, a palavra e a ação.


Assim, o refinamento, é aquele que o ajuda a se livrar do excesso – pensamentos, ansiedades, medos e muitos outros acúmulos que, sem qualquer função, acabam por engessar a alma. Portanto, muito mais que acumular, precisamos começar a: Pensar menos, Falar menos, Nos ocupar menos.

Para experimentar o refinamento, você terá, inevitavelmente, que aprender a perder algo. Um diamante, por exemplo, ao ser lapidado, perde boa parte de seu peso e de seu volume. Por outro lado, transforma-se em uma pedra muito mais bonita e muito mais valiosa.


Os “vestidos de santidade” segundo o texto bíblico representam a roupa que envolve a nossa alma: pensamentos, palavras e ações. É pelo refinamento dessas três vias que você poderá escapar de viver em um mundo caótico, dominado pelo medo e pela frustração, para ingressar em uma vida luminosa, repleta de realizações.


A física quântica hoje também evidencia e comprova o valor da lei da atração. Ela afirma que a noção de um universo absoluto não existe, já que o universo é moldado de acordo com o referencial do observador.


Pela lei da atração, cada ser humano possui um intenso campo eletromagnético que atrai pessoas, eventos e até mesmo um estilo de vida.


O começo de tudo é o pensamento. Ele é a semente de todo o resto, já que você é atraído pelas imagens que mantém em sua mente, e tudo que se passa na sua mente é atraído até você. Ou seja, a mente está sempre moldando o que está sendo percebido por ela.


Já a via da ação é a mais importante delas, é aquela que produz maior efeito no mundo físico, é o elemento em que estamos sempre preocupados, pois nossas atitudes refletem positivamente ou negativamente em nós e nas pessoas a nossa volta.


Por fim, a palavra é, sem dúvida alguma, a que mais precisa ser refinada. É nela que devemos focar. Isso porque as palavras possuem um poder maior do que o dos pensamentos e também são mais fáceis de controlar.


Para você entender como a palavra possui o poder de criar realidade, examine bem as pessoas à sua volta. Você descobrirá que aquele que profere palavras negativas está sempre cercado de sofrimento e caos. Já quem procura as palavras positivas, e enaltece seus semelhantes, vive num mundo de harmonia e contentamento.


Aquele que fala muito de doença não tem saúde Aquele que fala muito de pobreza não tem prosperidade. Aquele que reclama de afeto está sempre só.


É curioso, pois falamos de um único ponto do aperfeiçoamento pessoal, a palavra, que, uma vez assimilado, pode modificar por completo a sua vida. Na língua hebraica, original do texto bíblico, a palavra é denominada Lashon Hará.


Grande parte da humanidade é dominada pelo Lashon Hará, mas, infelizmente, poucas são as pessoas que se dão conta disso.


Exemplos comuns desse Lashon Hará são quando você encontra um amigo e começa a criticar: “Este país está terrível. Os políticos não têm ética.” “Meu chefe é autoritário e mal-intencionado.” “Como as pessoas dirigem mal nesta cidade!” “Meu marido nunca me ajuda com as crianças!” “Minha mulher, de tão dominadora, tornou-se insuportável.” Tudo isso pode até ser verdade, porém, se não tiver um caráter construtivo, é melhor que não seja pronunciado. Depois de proferida, espalha-se pelo mundo e não retorna mais. Esse é um fenômeno físico.


Uma segunda variedade de Lashon Hará é quando, em vez de procurar seu amigo para falar mal dos outros, você o procura para se lamentar. E o que não faltam são lamentadores profissionais.


O “doente” que está sempre com alguma doença ou fazendo algum exame. A “mãe lamentadora” que diariamente despeja suas lamúrias nos filhos pelo telefone.


Observe com atenção e você verá que o lamentador vive cada vez mais repleto de motivos para se lamentar.


Mas a relação com a maledicência não se resume às palavras que você pronuncia. Existe ainda mais um tipo de Lashon Hará, e ela está relacionada à maledicência que você ouve, ou seja, o simples fato de você parar para dar ouvidos a palavras negativas, você é igualmente atingido pelos seus efeitos destrutivos, recebendo a negatividade da maledicência alheia e, assim, começa a atraí-la para a sua vida.


A palavra é muito significativa, observe que Deus disse: Seja Luz! E foi Luz.” GÊNESIS 1.3. Temos que o primeiro ato da Criação tenha acontecido através de um pronunciamento, pois tudo que existe em sua vida também é criado por uma declaração verbal.


Por isso pense muitas vezes antes de fazer afirmações tais como: “Não tenho capacidade para esta tarefa.” “Comigo está tudo muito mal.” “É impossível encontrar um grande amor nos dias de hoje.”


Experimente injetar positividade em suas palavras e um milagre pode acontecer. Tente criar frases novas, tais como: “Vou me aprimorar muito para realizar esta tarefa.” “Tenho certeza de que tudo isso é passageiro.” “Estou abrindo meu coração para atrair uma grande paixão.”


Ao deixar de falar da perda material, ela, gradativamente, vai deixando de ter importância. Então temos a clareza de quanto cada dia de vida é uma bênção preciosa que não pode ser desperdiçada.


Há uma fábula que exemplifica bem isso. Nela, dois anjos que tinha a missão de fazer uma dádiva por dia para sua pessoa guardada, como estava quase no final da tarde e não acharam nada para agraciar, decidiram receiosos, conceder 15 minutos de contemplação plena para os dois amigos que conversavam na estrada, sem que eles soubessem, tudo que desejasse, seria imediatamente concedido. Assim, o primeiro homem ao ver os pássaros rondando sua plantação de trigo, desejou que toda a terra secasse para que os malditos pássaros morressem de fome, e assim foi feito. ao chegar em casa assustado, puxou a maçaneta e a porta emperrou, momento em que desejou que essa maldita casa caísse e desabasse e assim se realizou. O Segundo homem, ao ver os passaros rondando, disse a si mesmo: quem dera minha horta pudesse estar crescida, bela e com muita fartura, e assim, belos vegetais surgiram, vivos e bonitos; o homem feliz, chegou em casa e a maçaneta da porta emperrou, logo disse, quem dera ter um linda casa para minha família, e assim uma mansão surgiu. Minutos depois o amigo chegou correndo para lhe contar as desgraças que aconteceu em sua vida. Os anjos então levaram ao chefe o ocorrido, e este decidiu instituir na terra essa ideia dos 15 minutos de milagres, mas com uma condição, os homens nunca saberiam quando iriam ocorrer.


Observe atentamente o modo de falar das pessoas à sua volta e você se surpreenderá: a realidade em que elas vivem é totalmente relacionada com a maneira como elas falam. Já pensou que quando estiver reclamando, seja justo os seus 15 minutos de graça? É melhor não correr o risco e adotar para a vida a postura de sempre agir positivamente.


Até aqui, estudamos seis poderosas habilidades que, uma vez experimentadas, têm o poder de vencer qualquer tipo de energia de falência. São elas: o DESEJO, a ESCOLHA, a SINTONIA, a MEDITAÇÃO, o PROPÓSITO e o REFINAMENTO. Logo, se você conhece e pratica essas habilidades, se tornará, invariavelmente, um novo ser humano, com muito pouco em comum com aquele inicial, que vivia cercado pela maledicência e pela vulnerabilidade do mundo exterior.


Mas, neste momento, é preciso ter um cuidado especial, porque a vaidade pode se tornar um grande perigo. E para não cairmos na armadilha de nos julgarmos melhores do que o nosso semelhante que não tem acesso a esses conhecimentos, precisamos desenvolver uma virtude essencial. Sabe qual é? Pause o vídeo agora e digite nos comentários, depois comente se acertou no seu comentário.


Isso mesmo! A humildade.


“Observe essa passagem em que Moisés fala com Deus: ‘Quem sou eu, que irei ao faraó e tirarei os filhos de Israel do Egito?’ E Deus disse: ‘Porque eu estarei contigo.’” ÊXODO 3.11-12.


Segundo Ian, é uma frase curta que mostra quem era o personagem em questão. Diante de uma revelação divina, eleito para uma grande missão, ele pergunta: “Quem sou eu para um destino tão grandioso como este?” Eis a essência da humildade: quando a pessoa não dá, por quaisquer motivos, excessiva importância a si própria. Assim, existem dois aspectos básicos no desenvolvimento dessa virtude.


Nenhum homem dotado de razoável inteligência se ilude com suas virtudes, por maiores que sejam. Sua própria condição humana estará sempre lhe revelando inúmeras falhas


A humildade da ação virá em uma segunda etapa. Ela consiste, basicamente, em suportar a maledicência alheia, até mesmo o insulto, e escapar, sempre que possível, dos elogios.


O reconhecimento de duas diferentes qualidades do “eu” é uma questão fundamental no caminho do homem desperto. Um é o eu essencial, que contém toda a potencialidade da criação; o outro é o eu ego, muito diferente do primeiro.


O primeiro lhe permite simplesmente ser, aceitando-se da maneira que você realmente é e agradecendo pela oportunidade da vida. Já o segundo eu é sempre identificado com algo que você pensa que é ou que representa para o mundo.


Enquanto o eu essencial se alimenta da Luz Permanente, derivada diretamente da fonte, o eu ego sobrevive da Luz Perecível e, por isso, fica vulnerável ao brilho da casca.


O eu ego se utiliza muito do julgamento. Dessa forma, passa a julgar tudo e todos como se fosse um grande juiz, fazendo questão de sempre emitir suas opiniões sobre o que é certo e o que é errado.


Quem age dessa forma se torna arrogante e acaba por se isolar. Um exercício que ajuda muito é você imaginar como ficaria o mundo sem os seus julgamentos. Será que alguém iria sentir falta do seu veredicto sobre o certo e o errado.


A verdade é que o excesso de julgamentos o afasta dos outros e, principalmente, de você mesmo. E a melhor maneira de mudar esse comportamento é buscar o esvaziamento. Você pode fazer isso praticando o silêncio. Experimente respirar mais profundamente e desligar, sempre que possível, as incansáveis vozes externas e internas que tanto sugam sua energia.


Essa é a tônica da maioria dos grandes eruditos. Com uma mente superlotada de informações, e muito afastada do ser meditativo, eles acabam se julgando superiores por adquirirem uma sabedoria que, na verdade, não tem utilidade alguma.


Alinhada a humildade em seu espírito, vamos falar sobre o sétimo e último elemento para a vida plena e feliz. - O AMOR.


Ao atingir essa dimensão você descobre que o que dá sentido à nossa vida é o amor. Seja entre parceiros, entre irmãos, entre pai e filho ou entre amigos, somente quando amamos podemos experimentar o verdadeiro sentido da vida.


Por isso é importante alinhar esta habilidade de sentir em harmonia com nossos semelhantes com as demais habilidades estudadas até aqui, eis que se você acredita que será feliz ao resolver um determinado problema, somente se conseguir um ótimo padrão financeiro ou quando encontrar o amor de sua vida, se pensar nisso sem o desejo bem sintonizado, refinado, com a escolha certa, você viverá em uma consciência de escravidão, as questões jamais se resolvem.


Nesse nível de realidade você cai sempre nas mesmas armadilhas, porque repete um único padrão de comportamento, circular e robotizado.


Uma pessoa com esse grau de consciência põe a culpa de todas as suas insatisfações no meio exterior. Se está com dificuldades de ordem material, dirá que são fruto dos problemas do país. Se está doente, a culpa é dos vírus que estão espalhados pelo planeta.


Normalmente, quem vive nesse nível de realidade não absorveu ainda a sabedoria das habilidades ensinadas no vídeo. Vamos lembrá-las: O DESEJO, A ESCOLHA, A SINTONIA, A MEDITAÇÃO, O PROPÓSITO, O REFINAMENTO e O AMOR.


Quando se vive num mundo construído pelo excesso de informações, pela maledicência, pela aparente falta de sorte e pela constante comparação com o outro, o caos é continuamente reforçado.


Afinal, pense na metáfora da bíblia sobre a libertação dos hebreus, como sendo o Egito descrito no texto bíblico governado pelo faraó, um poderoso ego que incita cada um de nós a ser melhor do que os outros e a desejar tudo só para si mesmo. Sem dúvida alguma, essa é uma situação de total escravidão, uma maneira de viver sendo chicoteado pela sua própria falta de visão.


O segundo nível de realidade é chamado de DESERTO. Como o próprio nome indica, é um espaço ocupado pelo vazio. Diferentemente do Egito, onde existem muitas pirâmides e estátuas, no Deserto não há lugar para o excesso. Ninguém sobrevive no Deserto carregando muita coisa.


Pense bem: no Egito você não tinha esperanças de ser livre, mas também corria menos riscos. Você falava mal de tudo o tempo todo, mas também não tinha ideia do que esse comportamento trazia para a sua vida.


No Deserto é diferente: lá, mesmo praticando a maledicência, você já tem a consciência de que ela é apenas fruto do que existe dentro de você. E é muito difícil olhar para dentro de si mesmo. Entretanto, é nesse caminho desconhecido e sem garantias que reside a esperança de se encontrar a plena liberdade


Por isso Moisés precisou guiar o seu povo durante 40 anos. O estudo geográfico da região mostra que alguns meses seriam suficientes para cumprir essa trajetória. Mas a Bíblia não quer descrever um deslocamento físico, e sim, na verdade, uma mudança de consciência, de mentalidade.


Perceba que tanto o Egito quanto o Deserto estão também dentro de cada um de nós. E, conforme nos aplicamos no caminho do despertar, passamos a enxergar a imensa responsabilidade que temos diante de nossas escolhas. É nesse momento difícil que trocamos o Egito pelo Deserto. Em regra preferimos continuar no Egito, por medo de encarar nossas responsabilidades.


A história não termina no Deserto. Havia ainda uma dimensão muito especial, denominada TERRA PROMETIDA. Nesse grau de consciência você passa a enxergar além das cortinas e percebe que, se as coisas vão muito bem, então é preciso dançar, amar, meditar, viajar e celebrar. Enfim, agradecer pela oportunidade da vida.


Nesse terceiro nível de realidade, os problemas ainda existem, mas a sua percepção agora é outra. Ao compreender que os obstáculos representam uma oportunidade de crescimento, você se torna confiante.


Experimente criar um filho dando tudo a ele. O melhor colégio e os melhores presentes. Quando ele completar 18 anos, presenteie-o com um carro importado e um ótimo apartamento. E, finalmente, empregue-o como diretor de sua empresa. Faça isso e você estará arruinando a capacidade de ele construir sua própria história.


Toda a essência do texto bíblico nos fala de personagens que habitam dentro de nós mesmos. Homens falíveis que cometeram acertos e erros, mas que souberam trilhar o caminho dessas habilidades. Com isso, reconectaram-se com a Luz do mundo infinito.


Repare bem que todos os grandes episódios da Bíblia estão relacionados ao sentimento do amor: Noé amou os animais e lutou pela preservação de cada espécie. Abrahão lutou até a velhice para perpetuar sua semente junto à esposa que tanto amava. O mesmo Abrahão descobriu que o sacrifício do filho Isaac era desnecessário quando resgatou o genuíno sentimento de amor que tinha pelo filho


Ele ensinou que a felicidade, ao contrário das ambições materiais, não pode ser adquirida, apenas experimentada como consequência de um modo de vida


A melhor maneira de experimentar o amor é expressando o desejo de compartilhar. Você pode exercê-lo através de ações simples porém significativas. Por exemplo, criando o hábito de sempre levar algo bonito para as pessoas de quem você gosta. Podem ser flores, cartas, um presente, uma oração silenciosa ou mesmo um abraço. O mais importante é não esquecer nunca que amar e ser amado são duas faces de uma mesma moeda. Assim, quanto mais você deseja o bem para o outro, mais o outro deseja o bem para você. É provável que neste ensinamento resida o maior segredo da “arte de ser feliz”.


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