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4 Fábulas que são verdadeiras lições de vida para você se inspirar

Uma fábula de Millôr Fernandes.


Saiu o leão a fazer sua pesquisa estatística, para verificar se ainda era o Rei das Selvas. Os tempos tinham mudado muito, as condições do progresso alterado a psicologia e os métodos de combate das feras, as relações de respeito entre os animais já não eram as mesmas, de modo que seria bom indagar. Não que restasse ao Leão qualquer dúvida quanto à sua realeza. Mas assegurar-se é uma das constantes do espírito humano, e, por extensão, do espírito animal. Ouvir da boca dos outros a consagração do nosso valor, saber o sabido, quando ele nos é favorável, eis um prazer dos deuses. Assim o Leão encontrou o Macaco e perguntou: "Hei, você aí, macaco - quem é o rei dos animais?" O Macaco, surpreendido pelo rugir indagatório, deu um salto de pavor e, quando respondeu, já estava no mais alto galho da mais alta árvore da floresta: "Claro que é você, Leão, claro que é você!".



Satisfeito, o Leão continuou pela floresta e perguntou ao papagaio: "Currupaco, papagaio. Quem é, segundo seu conceito, o Senhor da Floresta, não é o Leão?" E como aos papagaios não é dado o dom de improvisar, mas apenas o de repetir, lá repetiu o papagaio: "Currupaco... não é o Leão? Não é o Leão? Currupaco, não é o Leão?".


Cheio de si, prosseguiu o Leão pela floresta em busca de novas afirmações de sua personalidade. Encontrou a coruja e perguntou: "Coruja, não sou eu o maioral da mata?" "Sim, és tu", disse a coruja. Mas disse de sábia, não de crente. E lá se foi o Leão, mais firme no passo, mais alto de cabeça. Encontrou o tigre. "Tigre, - disse em voz de estentor - eu sou o rei da floresta. Certo?" O tigre rugiu, hesitou, tentou não responder, mas sentiu o barulho do olhar do Leão fixo em si, e disse, rugindo contrafeito: "Sim". E rugiu ainda mais mal humorado e já arrependido, quando o leão se afastou.


Três quilômetros adiante, numa grande clareira, o Leão encontrou o elefante. Perguntou: "Elefante, quem manda na floresta, quem é Rei, Imperador, Presidente da República, dono e senhor de árvores e de seres, dentro da mata?" O elefante pegou-o pela tromba, deu três voltas com ele pelo ar, atirou-o contra o tronco de uma árvore e desapareceu floresta adentro. O Leão caiu no chão, tonto e ensanguentado, levantou-se lambendo uma das patas, e murmurou: "Que diabo, só porque não sabia a resposta não era preciso ficar tão zangado".


MORAL DA HISTÓRIA


Cada um tira dos acontecimentos a conclusão que bem entende.


A história nos ensina que não importa quão forte ou poderoso a gente é, sempre pode existir alguém mais forte ou poderoso do que a gente. Além disso, não devemos acreditar em tudo o que as pessoas dizem sobre nós, pois algumas vezes elas podem querer nos agradar ou nos enganar.


É importante ser humilde e saber nossas próprias qualidades e limitações. A verdadeira força não está na autoafirmação ou na validação dos outros, mas na humildade e na consciência de que sempre há algo novo para aprender e alguém mais poderoso do que nós. O Leão, ao buscar validação de sua realeza de maneira arrogante, acabou encontrando sua superioridade representada pelo Elefante, que não precisava provar seu poder através de palavras, mas demonstrou-o em ação.


A Fábula das Moscas e os Potes de Mel


Muitas moscas foram atraídas por um pote de mel que tinha sido quebrado em uma despensa. Elas entraram com os pés no mel e comeram vorazmente. Mas os pés delas ficaram tão embebidos de mel que elas não mais puderam voar, nem se descolar do mel, e por isso se sufocaram.


Prestes a morrer, elas exclamaram:


 "Que criaturas tolas nós somos, porque em troca de um pouco de prazer destruímos a nós mesmas".


Moral da história:


A fábula "As Moscas e o Pote de Mel" nos oferece uma poderosa lição sobre a importância da prudência e do pensamento crítico diante das tentações da vida. Ao serem seduzidas pelo prazer imediato do mel, as moscas ignoraram os potenciais riscos envolvidos em sua busca impulsiva. Essa narrativa serve como um lembrete vívido de como nossas ações impulsivas podem levar a consequências indesejadas e até mesmo prejudiciais.


Ao refletirmos sobre a história das moscas, somos incentivados a exercitar a ponderação e a cautela em nossas próprias decisões, evitando assim armadilhas que possam comprometer nosso bem-estar futuro. É um lembrete eloquente de que o prazer momentâneo muitas vezes não compensa os custos a longo prazo, e que é crucial considerar as consequências de nossas escolhas antes de agir.


A Águia e a Pena


Uma águia sentou-se empoleirada numa rocha alta, mantendo um olhar aguçado para a presa.


Um caçador, escondido numa fenda da montanha e à espreita, espiou a águia e disparou uma flecha contra ela.


A flecha a atingiu no peito e furou-na por completo.


Deitado na agonia da morte, ela virou seus olhos para a flecha, e gritou:


- "Ah! Que destino cruel ao morrer assim, mais cruel ainda é que a flecha que me mata é alada com penas de uma águia igual a mim."


Moral da história: às vezes, somos nós mesmos quem damos para os inimigos os meios para a nossa própria ruína.


A fábula sobre os malefícios da raiva e da ira.


Sempre que partia à caça de patos, o nobre falcão ficava furioso. Os patos quase sempre conseguiam fazê-lo de tolo, mergulhando sob a água na última hora e permanecendo submersos por mais tempo do que ele podia pairar no ar à espera.


Certa manhã, o falcão resolveu tentar novamente. Depois de rodar em círculos durante algum tempo, para analisar a situação e escolher atentamente o pato que pretendia apanhar, a nobre ave de rapina atacou-o com a velocidade de um raio. Mas o pato foi mais rápido e mergulhou a cabeça.


- Desta vez eu vou atrás de você - gritou o falcão enfurecido. E mergulhou também.


O pato, vendo o falcão debaixo d'água, tomou um impulso com o rabo, subiu a superfície, abriu as asas e começou a voar. As penas do falcão estavam encharcadas e ele não conseguiu voar.


O falcão, percebendo o seu erro, tentou voltar à superfície, mas era tarde demais. A água estava fria e ele sentiu o seu corpo ficar pesado. Ele olhou para cima e viu os patos voando livremente, enquanto ele se afundava cada vez mais.


Ele se arrependeu de ter sido tão orgulhoso e imprudente, e ter agido por impulso na hora da riava. Mas não havia mais tempo para se desculpar ou aprender a lição, ele estava sozinho e sem forças, restando-lhe apenas um destino.


A moral da história é que a raiva e a ira podem levar a consequências desastrosas. Quando agimos impulsivamente movidos pela raiva, muitas vezes perdemos a razão e cometemos erros que podem nos prejudicar gravemente. É importante aprender a controlar nossas emoções e agir com calma e racionalidade, para evitar arrependimentos e consequências negativas em nossas vidas.








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