26 CITAÇÕES DA FILÓSOFA JÚLIA KRISTEVA | Que você PRECISA ouvir pelo menos uma vez na vida.
- Método & Valor
- 28 de ago. de 2022
- 6 min de leitura
Atualizado: 17 de nov. de 2023
Você já ouviu falar sobre Julia Kristeva?
Se não ouviu, fique conosco, pois hoje iremos dedicar esse texto, à filósofa, escritora, crítica literária, psicanalista, teórica feminista búlgaro-francesa.
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Julia viveu na França desde meados dos anos 1960. Ela tornou-se influente na análise crítica internacional cultural e em teoria feminista após publicar o seu primeiro livro, Semiótica, em 1969. E por sua enorme produção, a qual inclui livros e ensaios que abordam a intertextualidade, nas áreas da linguística, teoria e crítica literária, psicanálise, biografia e autobiografia, análise política e cultural, arte e história da arte.
Considerada como uma das principais filósofas estruturalistas. E influenciou o movimento feminista de sei tempo, ganhando um lugar importante também no pensamento pós-estruturalista.
Fique com as 26 frases mais marcantes da autora para você se inspirar.
"Quando o céu estrelado, uma vista de mares abertos, ou uma janela de vidro manchado derramando feixes roxos me fascinam, há um aglomerado de significado, de cores, de palavras, de carícias, há toques leves, aromas , suspiros, cadências que surgem, me levam, me levam além das coisas que vejo, ouço ou penso, o objeto "sublime" se dissolve nos arrebatamentos de uma memória sem fundo. (...) É uma lembrança, que, a partir do ponto de parar a ponto de parada, lembrança de lembranças, amor ao amor, transfere que se opõe ao ponto replóreio do dízide em que eu se desvio para ser."
“A pessoa deprimida é um ateu radical, sombrio.”
“Significância é inerente No corpo humano.”
“O amor é a hora e o espaço onde “eu” me entrego o direito de ser extraordinário .”
“A abjeção é acima de tudo ambiguidade. Porque, ao mesmo tempo em que se enforca, ele não corta radicalmente do assunto do que ameaça; pelo contrário, o abjeção reconhece que está em perpétuo perigo.”
“Marco de hoje é a loucura humana. A política é uma parte dela, particularmente em suas explosões letais. A política não é, como era para Hannah Arendt, o campo onde a liberdade humana é desperdiçada. O mundo moderno, o mundo da guerra mundial, o terceiro mundo, o mundo subterrâneo da morte que age sobre nós, não têm o esplendor civilizado do estado da cidade grega. O domínio político moderno é massivamente, na moda totalitária, social, nivelamento, exaustivo. Portanto, a loucura é um espaço de individuação antissocial, apolítica e paradoxalmente livre”
“Que a fé seja analisável não implica necessariamente um método por ficar sem ele. ..”
“Nomeando o sofrimento, exaltando-o, dissecando-o em seus menores componentes – que é sem dúvida uma maneira de conter o luto.”
"O exílio é o assassinato da língua materna."
"Somos humanos justamente porque somos capazes de idealizar. É isso que nos permite falar. Se não amamos ninguém, não falamos. A relação amorosa é a condição da nossa capacidade de falar. Se isso for negado, não só as pessoas são destruídas, mas também a possibilidade humana, sua condição de fala."
"Ser psicanalista é saber que todas as histórias acabam falando de amor."
"Escrever sobre a melancolia só faria sentido para quem está saturado de melancolia ou se a escrita viesse da melancolia. Estou tentando falar com você de um fardo de tristeza, de uma dor intransmissível que às vezes nos absorve, e muitas vezes, de forma duradoura, a ponto de nos fazer perder o gosto por cada palavra, por cada ato, o próprio gosto pela vida ."
"Finalmente, a viagem às origens é mais importante do que as próprias origens."
"Acho que uma das características mais significativas de nossa civilização é que ela tentou imaginar o indivíduo a partir da relação amorosa, face a face com o outro."
"Enterramos o amor no indizível, pelo prazer, pelo desejo, senão pela revolução, evolução, organização, gestão, numa palavra, pela política. Antes de descobrir sob os escombros dessas construções ideológicas, mas ambiciosas, muitas vezes exorbitantes, às vezes generosas, que eram tentativas excessivas ou tímidas de saciar a sede de amor."
"Todo texto é construído como um mosaico de citações, todo texto é absorção e transformação de outro texto."
"Quando um paciente vai ao psicanalista, surge o que Freud chama de transferência: uma reprodução de antigas situações amorosas. Graças a esse processo, o indivíduo coloca suas cartas na mesa, o que, por assim dizer, lhe permite renascer: como alguém mais aberto e com mais possibilidades."
"O romance é um gênero dialógico, como escreveu Mikhail Bakhtine. Em outras palavras, estabelece um diálogo com gêneros anteriores, como os escritos dos trovadores ou a cultura do carnaval."
"Como Simone de Beauvoir, acho que a liberdade se conjuga no singular, e tenho a sensação de que a maioria dos movimentos feministas tende a agrupar todas as mulheres sem distinção, ao invés de apostar na singularidade de cada uma delas."
"Só conhecemos o outro quando o amamos."
"O amor é o zênite da subjetividade."
"Só somos pessoas quando estamos diante do outro, nunca isolados. O que nos torna pessoas é o vínculo com o outro, a relação de amor."
"Não é o papel do analista ouvir todas as demandas. Assim como não é papel respondê-las. Na verdade, seu papel é deslocá-las, esclarecê-las, dissolvê-las."
"A experiência amorosa une indissoluvelmente o simbólico (o proibido, o discernível, o pensável), o imaginário (o que representa para se sustentar e ampliar) e o real (aquele impossível onde os afetos aspiram a tudo e onde não há ninguém que leve em conta o fato de que sou apenas uma parte)."
"O texto poético é produzido no movimento complexo de afirmação e negação simultânea de outro texto."
"O individualismo ocidental também é um valor importante que pode ser capitalizado positivamente, e enquanto lamentamos nossos excessos individualistas, os japoneses, por exemplo, sentem-se diminuídos por sua falta."
"Diferentemente de Freud, eu não afirmo que a religião é somente uma ilusão e uma fonte de neuroses. Chegou o tempo de reconhecermos, sem medo de ‘assustar’ pessoas de fé ou agnósticos, que a história do cristianismo preparou o mundo para o humanismo. "
"O texto não é um conjunto de enunciados gramaticais ou agramaticais; é aquilo que se deixar ler através da particularidade Dessa conjunção de diferentes estratos da significância presente na língua, cuja memória ela desperta: a história."
Julia foi uma grande crítica do totalitarismo e defensora da democracia na Bulgária. Outro aspecto de seu pensamento é a sua crítica feminista da sociedade, quando digo crítica, não é por não se partidarizar pela luta por igualdade material entre homens e mulheres. Pois ela é uma grande defensora e expoente do feminismo.
As críticas de Julia Kristeva, é pelos excessos cometidos sob o argumento do movimento feminista. Calma que explico.
Antes de continuarmos, é importante destacar "femismo" de feminismo. "Femismo", é o feminino de machismo, a ideia de negação do homem com uma ideia preconcebida e inferiorizante, o preconceito e o ódio pelo simples fato de ser homem. Enquanto, o feminismo é a luta por direitos iguais entre homem e mulher, não existe um desprezo pelo outro sexo pelo simples fato de ser homem, mas sim busca tornar iguais, na medida das peculiaridades de cada sexo, as relações de direito e culturais dentro de uma sociedade.
O "femismo" e o machismo, leva ao ódio e ao choque entre quem deve dominar quem na relação, ou mesmo ao desprezo pelo outro como um ser de direitos e deveres.
Enquanto, o feminismo, eleva o debate e tornar justa a sociedade, propiciando uma relação saudável e aproximada entre ambos os sexos. Levanta questões que não despreza o outro, pelo contrário, busca uma admiração mútua e trata de valores e problemas relevantes de direitos.
Neste aspecto, o feminismo radical pode beirar a ideia do femismo. Em que muitas vezes ao invés de promover igualdade gera discriminação entre as próprias mulheres, por desprezar a individualidade de cada uma, e tentar impor uma ideia de ruptura total com o outro gênero.
Julia foi contra concepção de que a maternidade é seria um meio de alienação do feminino pelo patriarcado, e defendeu, que o papel da maternidade pode ser um instrumento positivo no processo de construção do indivíduo.
Para Kristeva, a maternidade é um instrumento primeiro da construção do sujeito, que é encorajado na direção da afirmação de sua identidade durante a vida pós-uterina: a rejeição do papel da mãe conforme análise freudiana. Também a sua crítica a Simone Beauvoir aponta o risco de que o feminismo não adote, parcial ou totalmente, os abusos do machismo denunciados por ela.
Para além das concepções do feminismo sob sua ótica, Júlia disserta sobre mais variados campos de estudo, como Antropologia, Psicologia, Filosofia Política.
A filósofa é considerada a maior representante do pós-estruturalismo ainda viva. E uma grande pesquisadora da história da linguagem e suas implicações.
Ficamos por aqui, se deseja conhecer mais sobre a filósofa Julia Kristeva, deixamos o link para você verificar suas obras.
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